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Herois do Olimpo RPG

Fórum de Mitologia Grega baseado em Percy Jackson e os Olimpianos e Os Heróis do Olimpo!


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Hermes

Hermes
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
Owen bola um plano para tirar a mãe da criança da jogada.

Furtivamente, o rapaz consegue invadir o banheiro sem ser notado e cria uma armadilha infantil e eficiente. Assim que sai para verificar o que acontece, a mulher é trancada pelo semideus dentro do banheiro e começa a gritar desesperada por socorro e pelo seu filho, que também se chama Owen.

- Socorro! Alguém me ajuda! Owen! Owen! MEU FILHO!! SOCORROOOO

O semideus sente o desespero da mulher enquanto sua cabeça parecia estar cheia de dúvidas e incertezas. Ao entrar no quarto, ele se depara com o carrinho e o berço próximos à cama. Ao ir em direção ao berço, ele encontra um bebezinho de colo. Ele era branquelo e seus olhos azuis como o próprio céu se destacavam ao olhar inocentemente para Owen. Ele ergue uma de suas mãozinhas e sorri para o rapaz. Ao olhar melhor, o indefinido também percebe que o garoto parecia querer brincar com as bolinhas e estrelas de pelúcia que ficavam pendurados no teto do berço.

A trilha sonora eram os gritos desesperados da mãe no cômodo vizinho.

#41

[Teste de Reclamação para Hades] - Owen C. Black - Página 5 Empty Re: [Teste de Reclamação para Hades] - Owen C. Black

por Owen C. Black 25/05/22, 12:51 am

Owen C. Black

Owen C. Black
Filho(a) de Hades
Filho(a) de Hades
Naquele momento, algo pareceu quebrar dentro de mim... Algo comi um jarro de vidro que, ao se quebrar, derramou uma torrende de lembranças e sensações em meu peito. Os gritos. O som das batidas de corpos contra madeira. O desespero de uma mãe gritando por seu filho, seu filho prestes a morrer. .

Parado diante daquela criaturinha, cada segundo do que vivi naquele fatídico dia, o dia em que me descobri um semideus, passou por minha mente. A mulher cobra, os gritos de minha mãe, o frio em meu peito que me fez sair pela porta naquele dia sem olhar para trás, o mesmo frio no meito que havia me feito prender a mãe daquele garoto no banheiro. O vazio de ego ou culpa, de preocupação ou temor. Aquele vazio, percebi, era desespero. Como uma dose de anesresia em meu peito.

Sorrio para o garoto. Eu sou o monstro desta vez.

Que piada mais sem graça. O garoto se chamava Owen também? Eu jamais tinha conhecido alguém com o mesmo nome que eu e, agora, essa. Rio pro garoto enquanto suas mãos balançam atrás dos penduricalhos de seu berço e ofereço-lhe meu dedo para segurar.

É apenas um bebê.
Um bebê semideus.
Sim, mas ainda um bebê. E se alguém tivesse sido enviado para te matar enquanto você era um bebê?
Bem, então eu nem saberia, estaria morto antes mesmo de parar de me cagar, não é? Que diferença faria?
Faria diferença para sua mãe.


Levo a outra mão ao rosto, surpreendendo-me com as lágrimas que molhavam meu sorriso torto.Minha mãe... O que pensaria de mim? Poderia olhar em seus olhos, se seguisse adiante com aquilo? O que os deuses fariam se descobrissem? O que Hera faria, se eu desistisse? Eu também não queria morrer. Eu ainda queria ver minha mãe. Eu ainda queria viver. Ainda queria ser forte. Crescer... Comer, ver filmes, chorar. A sensação de que um ser onipotente me observava impaciente e cheio de malícia fazia minha nuca se arrepiar. Os outros deuses talvez não me conhecessem, talvez não soubessem de minha existência, mas Hera certamente sabia... E não deixaria barato uma traição. Eu estar ali era a prova disso. Se eu deixasse o bebê viver então, eu seria o próximo alvo do próximo assassino da deusa. e lgoo em seguida, o bebê iria pelo mesmo caminho, provavelmente.

Justificativas. Você está inventando desculpas.
Não, são fatos.
São desculpas pensadas em um momento de desespero. De medo. Você sabe que sim, então por que se engana com isso? Vire-se e fuja. Fuja.


Solto meu dedo da mão do bebê e viro-me para a porta. Fuja. Os gritos da mulher no banheiro. Owen!. Fuja! Owen! Fuja! Owen!

Levo as mãos à cabeça, querendo que tudo parasse. Querendo gritar e correr. Já não sabia se estava ouvindo minha mãe ou a mulher, se os gritos eram para mim ou para o bebê sorridente. Querendo apenas que tudo aquilo acabasse eu saco a espada de bronze celestial. Com um olhar de raiva, medo e desespero, ergo-a sobre a criança, olhando uma ultima vez seu sorriso inocente que jamais seria visto por sua mãe de novo.

- Me desculpe - digo com a voz fraca antes de descer a lâmina sobre deu peito diminuto, enquanto sinto um frio tamanho em meu próprio peito que poderia muito bem estar apunhalando a mim mesmo.

Puxo a espada e recuo. Ele sentiu dor? Ele vive? Ele morreu? O que acontece agora? É isso? Está feito?
Owen!
Fuja! Fuja!
Owen!
Fuja!


Viro-me e corro. Me bato na porta, puxando-a e disparando pelo corredor. Calço meus sapatos com pressa demais para enfiar o pé inteiro. Pego o escudo com ambas as mãos, sentindo os braços fracos como gelatina e fecho a porta atrás de mim. Desço as escadas segurando o corrimão enquanto pulo os degraus de dois em dois, sentindo que precisava sair dali e me afastar o máximo possível, como se deixar aquele lugar para trás fosse deixar também no passado o que eu havia feito. Corro pelas ruas sem rumo até encontrar um beco escuro onde me enfiar, sentar em um canto e chorar.

#42

Hermes

Hermes
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
Com um turbilhão de pensamentos e sentimentos, Owen toma sua decisão. Com sua espada, ele atravessa o corpo da jovem criança, que morre de olhos abertos. O sangue jorra do buraco aberto pela espada e respinga no semideus.

Owen tenta correr imediatamente, mas não a tempo de ver a mulher arrombar a porta e olhar em sua direção com os olhos cheios de lágrimas e uma expressão de desespero.

- VOCÊ! POR QUÊ? MEU OWEN... MEU FILHO! MEU FILHO!

A mulher fica para trás aos prantos enquanto o semideus parte. Do lado de fora, a garoa continuava caindo em uma cidade cinza. O céu estava coberto e gata gota que caía parecia carregada de lágrimas e melancolia. Era como se o próprio céu estivesse chorando. Enquanto se afastava do prédio, Owen vê uma figura feminina envolta em um manto negro sobrevoar o prédio. Ela tinha uma foice presa às costas e transmitia uma sensação de melancolia que só piorava a cabeça do rapaz.

Ao correr pela cidade chuvosa, o garoto para em um beco, próximo a um container de lixo e começa a chorar com a cabeça entre os joelhos.

#43

[Teste de Reclamação para Hades] - Owen C. Black - Página 5 Empty Re: [Teste de Reclamação para Hades] - Owen C. Black

por Owen C. Black 25/05/22, 01:28 am

Owen C. Black

Owen C. Black
Filho(a) de Hades
Filho(a) de Hades
Você fez!
Fuja daí. Fuja daí! Você não pode mais ficar aqui, ou em lugar algum. Fuja logo.
Por que eu fiz isso? Por que apenas não recuei?


O rosto da mulher estava cravado em minha mente. Com os olhos fechados, tudo o que eu via eram seus olhos, e agora quando lembrava de minha mãe, ela também tinha os olhos daquela mulher, e eu não sabia dizer se sempre foram assim ou se eu estava ficando louco. Provavelmente eu já estava, ou não teria feito aquilo. Ninguém com juizo são teria feito aquilo. Minha vida toda u tinha suspeitado que era louco por causa das criaturas que via e, agora, eu percebia que estava quase certo, embora pelos motivos errados.

Meu peito parecia rachar em dois. Tudo o que eu queria era ver minha mãe, abraçá-la e chorar por todo o resto de minha vida. Mas ao mesmo tempo algo me dizia que eu nuca a veria de novo. Como eu poderia voltar para casa, vê-la e abraçá-la, depois do que fiz? Aquela mãe jamais abraçaria seu filho novamente. Jamais ouviria seu choro ou o aninharia, quente, em seus braços. Por que, que direito teria eu de receber este conforto de minha mãe? Eu havia negado uma vida. Sepultado um filho, condenado uma mãe. Eu, que por uma mãe havia sido salvo. Há! Por que? Era esta a ironia da vida de um semideus? Não era possível. Por que eu? Por que Hera havia pedido isso a mim?

Em meio aos soluços descontrolados, rio da desgraça de tudo aquilo. Esfrego as mãos na cabeça com força, enfiando os dedos entre os cabelos molhados, puxando-os em todas as direções até o couro cabeludo arder. O que fazer agora? Quais eram as opções? Contar ao Henry, e a todo o Acampamento? Fugir e viver nas ruas, como alguém desprezível como eu deveria? Internar-me em um sanatório? Voltar ao Acampamento e fingir que nada havia acontecido, que missão alguma tinha sido dada e, muito menos, cumprida?

Poderia simplesmente procurar por uma ponte. Uma ponte, uma corta e uma pedra bem, bem grande. O pensamento me fez rir, mas não porque era engraçado, mas porque tudo parecia terminar em morte. Sentia que poderia resolver qualquer coisa com isso, assim como Hera havia feito. Meu marido tem um filho? Só matar. O semideus me traiu? Só matar. Eu sou um merda? só me matar.

Levanto-me frouxo e deixo a chuva cair sobre mim por mais um minuto, de olhos fechados. Aquela mulher nunca calaria a boca? Por quanto tempo sua voz ainda iria reverbar em meus ouvidos? Por quanto tempo aquele guri ainda sorriria para mim de seu berço, quando eu fechasse os olhos? Que saco. Quero que isso acabe, penso cansado. Quero que simplesmente acabe...

Pego em meu bolso a bússola de Hera e vejo se há algo de diferente nela. Se nada houver ali eu apenas jogo-a na lixeira mais próxima e saio andando em direção ao lugar de onde achasse ter vindo até ali, seguindo pelas ruas sem muita certeza, firmeza ou destino, olhando para o chão e para as nuvens negras no céu, pensando sobre a imagem da morte que tinha visto chegando no prédio. Quando a veria de novo, a Morte? Jamais tinha imaginado que de fato existisse. Mas agora, neste momento, me parecia a coisa misteriosamente bela que já havia visto.

#44

Hermes

Hermes
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
Owen começa a tentar se reerguer, apesar de ainda estar afetado com todos aqueles sentimentos que passavam em sua cabeça. Medo? Arrependimento? Raiva? Tristeza? Não era possivel distinguir um sentimento específico naquele momento.

A chuva fina continuava caindo e aos poucos o garoto se levanta. Ele volta a olhar para a bússola e para sua surpresa, as palavras estavam descritas em dourado: "Well done". E o item apontava agora para o oeste, na direção de uma lanchonete.

Owen precisava decidir se jogaria o item fora e seguiria na direção apontada ou se viraria um ser errante naquela cidade.

#45

[Teste de Reclamação para Hades] - Owen C. Black - Página 5 Empty Re: [Teste de Reclamação para Hades] - Owen C. Black

por Owen C. Black 25/05/22, 12:55 pm

Owen C. Black

Owen C. Black
Filho(a) de Hades
Filho(a) de Hades
Desolado e sentindo agora ódio brotar em meio àquele misto de sentimentos, como se uma uma serpente vevenosa tive me picado e injetado-o em minhas veias.

Pego meu escudo e sigo na direção da lanchonete apontada pela bússola. Hera. Maldita Hera. Por que não tinha mandado, sei lá, um cachorro de rua matar o garoto, já que era uma deusa? Por que eu, ou qualquer outro semideus? Isso não fazia sentido.

Chegando lá eu entro e olho em volta em busca do semblante belo e maravilhoso, cheio de discórdia e veneno da deusa e vou até ela, parando em silêncio.

#46

Hermes

Hermes
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
Owen vai até a lanchonete.

Dentro do estabelecimento, o tempo parece parar, e ele busca pela presença da deusa em meio a todo aquele cenário congelado, de garçonetes andando com pedidos ou louça, mortais comendo seus sanduíches, bebendo ou batendo papo. Em uma mesa mais afastada estava Hera, com um prato e um pedaço de lasanha à mesa, e do outro lado, outro pedaço bem quente parecia esperar por Owen, que inicialmente fica parado diante da deusa.

Ela solta um suspiro e acena para que o garoto se sente com ela e a acompanhe.

- Fez um excelente trabalho. Acho que mesmo meus campeões não teriam feito melhor. Tens meus cumprimentos, Owen. - Essa era a primeira vez que a deusa menciona o nome do rapaz, que ainda está com os nervos à flor da pele. Ela olha diretamente nos olhos do rapaz e solta um sorriso que deixa Owen ainda mais confuso sobre o que estava sentindo. Aquele gesto transmitia um misto de emoções positivas. Felicidade, satisfação, acolhimento. Aparentemente a dúvida de Owen sobre o por quê dele ter sido designado fora respondida ali mesmo: Hera sabia o que estava fazendo.

- Não precisa se sentir mal com isso, minha criança. Esse não é o primeiro ou ultimo bastardo que meu infiel marido faz descer sobre este mundo. Considere que você não fez nada de errado, apenas me ajudou a colocar tudo nos eixos.

Hera então coloca as mãos sobre o rosto molhado e encara os a essa altura marejados olhos de Owen.

- Você não precisa carregar culpa ou arrependimentos.

Aquelas palavras começaram a ecoar na mente do rapaz e pareciam se sobrepor aos gritos e à imagem do sorriso que o jovem indefinido tinha em sua mente, fazendo com que ele fique estático por alguns segundos. Era como se aquelas palavras e gestos da deusa fossem uma anestesia em meio à dor e sofrimento que ele passava. Ao voltar para a realidade, ele se vê com uma deusa o olhando com um olhar alegre e satisfeito, e ela gesticula para ele sobre o prato de lasanha quente que está a sua frente, convidando-o a desfrutar daquele momento.

#47

[Teste de Reclamação para Hades] - Owen C. Black - Página 5 Empty Re: [Teste de Reclamação para Hades] - Owen C. Black

por Owen C. Black 25/05/22, 01:22 pm

Owen C. Black

Owen C. Black
Filho(a) de Hades
Filho(a) de Hades
Eu queria com toda a força acreditar nas palavras de Hera. Queria deitar e dormir com aquele pensamento na cabeça; Não era culpa minha. Não era reponsabilidade minha, não era... Não era. Aos poucos senti meus ânimos se acalmarem, minha cabeça perder uns quilos, e então suspiro como se expulsasse tudo aquilo de meu peito.

Mas ainda restava algo alí. Restava a voz de Henry, e o cedo do nome Owen quando a deusa falou comigo. A voz de Henry falando-me sobre como era manipuladora, e meu nome ecoando em três vozes diferentes. Uma com medo e amor. Outra com horror. E agora, com veneno. Haveria pois um nome tão maldito como este? Sabia que Hera estava tentando desviar minha atenção, amenizar o que sentia... Mas naquele momento, apesar de repudiá-la, eu estava extremamente agradecido por isso, por esta paz que, talvez, fosse momentânea, mas me devolvia o controle de minha mente mais uma vez.

Com o estomago embrulhado eu pego os talheres e começo a comer da lasanha.

- Quem é meu pai? - Pergunto sem rodeios antes de enfiar a primeira garfada na boca, sentindo gosto de terra, folha verde e couro velho. Mastigo como se fosse uma bola de fígado crú.

#48

Hermes

Hermes
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
Hera sorri como se pudesse ler Owen como um livro aberto.

- Desculpe, não posso te falar abertamente sobre isso - responde a deusa brincando com um garfo após terminar sua lasanha. - Mas posso te adiantar que ele está muito mais perto do que você pensa. Se queres descobrir, posso ajudar-te. É isto que desejas em troca da ajuda que me ofereceu?

#49

[Teste de Reclamação para Hades] - Owen C. Black - Página 5 Empty Re: [Teste de Reclamação para Hades] - Owen C. Black

por Owen C. Black 25/05/22, 02:27 pm

Owen C. Black

Owen C. Black
Filho(a) de Hades
Filho(a) de Hades
Dou uma risadinha, pensando em como eram engracadas as coisas que os deuses podiam ou nao fazer, os assuntos em que podiam ou nao se meter.

- Não, não, está tudo bem. Acho que não importa muito, afinal.

Corto, abocanho e mastigo mais um pedaço insosso de lasanha. Engulo-o como se estivesse engolindo todos os meus sentimentos, todo o meu desagrado.

- Eu gostaria de pedir outra coisa.

Conto-lhe resumida e apaticamente a história do dia em que me descobri um semideus, sobre como minha mãe havia lutado por mim e eu havia sido resgatado por Henry.

- Minha mãe... Você pode proteger ela? Mantê-la em paz, saudável e bem? Ela é a unica familia que me resta, e ja que você é a deusa da família, não poderia haver pedido mais justo.
E com isso, se ela atendesse meu pedido, eu tiraria mais um peso do peito. Um peso que eu nao sabia se poderia suportar; a reaponsabilidade de ir até ela e vê-la de novo, se estava bem, se estava sã.

Havia mil e uma coisas plausiveis de se pedir a uma deusa... Incluindo para que nunca mais me procurasse. Mas neste momento me contento com isso.

- O que acontece com o garoto agora? Digo... Uma criança. O que acontece com... a alma, ou sei la o que? Ele vai para o inferno? Hades por acaso come a alma de bebezinhos na sobremesa, ou ele vai simplesmente reencarnar em outra criança?

#50

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