Durante a corrida, Dite e Onze ainda brilhavam em Dourado. E uma fumaça começava a sair de seu corpo em direção às Runas. Com isso, Dite e onze ficavam cada vez mais cansados. Até que desmaiaram.

Dite acordou, sentindo uma picada no braço. Em quanto a agulha a perfurava. Pessoas que se pareciam medicas andavam em sua volta fazendo anotações.

Seria engraçado se não fosse assustador. A Filha de Afrodite que sempre teve as atenções voltadas a ela por conta de sua beleza absurda era ignorada. Os médicos e médicas vinham e examinavam seu corpo como se ela fosse apenas um objeto. A menina fez força com a braços e então percebeu, que estava presa a uma cama. Seus braços e pernas estavam fixados a mesma. E não importava quanta força fizesse, não era forte o suficiente para quebrar as amarras.

Dite olha para o lado, e percebe uma coisa realmente assustadora. Onze pendurado pelas costas em um gancho daqueles de carne. Seu peito estava aberta e alguns de seus órgãos estavam para fora. Mesmo aquela distância, Dite conseguia ver o coração do rapaz batendo. Dite repara uma coisa, que talvez fosse o mais assustador de tudo aquilo. Onze estava de olhos abertos. E mesmo que aquilo causasse dor o mesmo apenas olhava para o nada. Como se tentasse manter a cabeça longe daquela situação

Dite percebe que todos os seus itens haviam sido levados. Mais pessoas entram na sala. E Dite escutá a voz de Onze:

- O poder dos Deuses não funcionam aqui. Mas fique calma senhorita Maniel. Quanto mais lutar pior será.

As pessoas que entram na sala, prendem mais cordas em Dite. Uma menina deveria ter no máximo 12 anos entra com uma máquina de cortar cabelo e uma tesoura. Logo começam a raspar o cabelo da filha de Afrodite. Em quanto isso, outra pessoa entra no recinto com uma máquina de tatuagens. E um número começa a ser tatuado nos pulsos de Dite.

Sem efeito algum, a marca da Luz falha completamente. Dite tem seu cabelo raspado e números tatuados no pulso. Um saco preto cobre sua cabeça e ela é levada para uma sala totalmente escura. Com uma porta de Metal. Não havia luz alguma na sala e o cheiro de feses dominava o lugar.

Era impossível imaginar, como alguém conseguiu suportar aquilo durante toda uma vida. E ainda manter um sorriso no rosto como Onze fazia. Dite começava a se concentrar e imaginar algo que pudesse lhe dar um pouco mais de força. Mas parecia que nada a ajudaria. Exceto uma pequena voz em sua cabeça, que não existia de fato. Que dizia:

"Não desista,pelo amor e pela família não desista minha flor."

Dite mal sabia se era uma mensagem de sua mãe ou Patrona. Ou apenas uma ilusão causada por sua própria cabeça. Tudo que ela sabia. Era que aquilo era algo que talvez ela pudesse se agarrar. O local em que a comida passava se abre. E dele um pequeno bilhete cai ao lado de Dite.

"Se prepare,em Duas Horas. Eu te tiro daqui "