Sigo a mulher voadora xingando-a mentalmente. Só conseguia pensar em como iria perder o ônibus e ter um puta trabalho para seguir minha viagem, e em como isso era, provavelmente, o meu destino; passar o resto da vida sem conseguir dar um passeio em paz.
E pela primeira vez, vi alguém com mais azar do que eu. O guri otaku do ônibus estava em maus bocados ali. Vinhas ansciam do chão, mas parecia completamente inútil contra a força da criatura. Vejo o interesse da garota no evento e percebo que ela deveria estar esperando o garoto morrer para levar sua alma como fizera com os guris. Uma pequena, bem pequena parte de mim dizia que eu talvez devesse salvar o guri, porque isso era o certo a se fazer e também evitaria que o monstro viesse contra mim sozinho depois. Outra parte dizia que eu podia assistir e ver no que daria.
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Hmmm então, está na hora desse aí morrer, é? - Pergunto para a ceifadora logo que me aproximo. Qual seria o critério determinante para a hora-de-morrer de alguém? Teria a morte de uma pessoa específica, em um momento específico, alguma utilidade? O que haveria de diferente entre os dois irmãozinhos e aquele garoto ali?
Se ela me ignorar eu reviro os olhos e ergo a mão. O guri estava em uma situação difícil Aponto o dedo para o golem e ergo-o para cima, se preciso andando para a frente para me aproximar mais, e fazendo uma
Rocha do Submundo pontuda brotar em baixo do golem, sua ponta negra e afiada mirando direto na pelvis da criatura de pedra tentando quebrá-la e desmontar sua cintura usandoa força e peso do avanço dele pra aumentar os danos.
Olho de soslaio para a ceifadora para ver sua reação enquanto começo a caminhar na direção do guri, me perguntando como deveria abordá-lo. Deveria ser legal? Simpático? Henry sempre era simpatico e isso parecia dar certo para ele, então seleciono esta personalidade para a ocasião.
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Hey, você tá bem, cara? Isso foi perigoso. Deixa eu te ajudar.Se o golem ainda estiver de pé ou se movendo o suficiente pra atacar, fico esperto pra desviar ou manter-me fora do alcance de seus ataques, aproximando-me apenas para agarras o guri pelos ombros e ajudá-lo a se afastar. Com uma pisadinha mais incisiva, faço o solo se romper abrindo espaço para que passe um pequeno grupo de esqueletos, aos quais eu dou a ordem de cercar o golem. Se algum ataque vier contra mim e eu não tiver reflexo suficiente para desviar, ergo meu braço transformando o anel em meu dedo em um escudo, e bloqueio enquanto pulo para trás tentando reduzir o impacto.
Se a ceifadora me responder, porém, eu aguardo junto a ela a resolução da situação.
Nível 7 – Rochas do Tártaro I: O filho de Hades consegue fazer uma estaca de pedra brotar do chão ao redor, extremamente afiada. Consome 35 pontos de Energia e entra em espera por 5 rodadas.