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Herois do Olimpo RPG

Fórum de Mitologia Grega baseado em Percy Jackson e os Olimpianos e Os Heróis do Olimpo!


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Will Kross

Will Kross
Filho(a) de Netuno
Filho(a) de Netuno
A ambição de Jimmy fora algo inesperado. Aparentemente havia estranhado a sua reação enraivada e seu olhar desapontado comigo. Não entendia o que havia falado de errado, talvez tivesse entendido errado a mensagem que quis passar. Ele retirou-se do quarto, aparentemente sem desejar retornar ali para dividir o lugar comigo mais tarde. O que seria saudável se minhas suspeitas pudessem estar corretas. As pérolas até que podiam afetar a mente das pessoas, ou talvez o garoto só tivesse achado que eu era o interesseiro desta história. Não podia confiar no rapaz andando por aí com itens tão estranhos como aqueles, algo me incomodava, como se eles tivessem ligações com algo. Comigo. Percebia que tentar refletir sobre isso só me levaria a palpites e a chutes bastante desamparados que poderiam não passar de puras tentativas de previsões. Havia tentado seguir Jimmy, mas as nuvens de tempestade acabaram por desligar-me a ponto de perdê-lo. O clima estava mudando e os ventos começavam a soprar para o lado do perigo, literalmente. Velejar em um clima desses seria tão complicado quanto excitante. Cerrei meus punhos e me dirigi à procura do capitão. Estava sem escolhas e sem tempo, precisava descobrir algo sobre aquelas pérolas antes que ficasse mais paranóico. Frye as ter, definitivamente, deixou minha mente em caos.. As peças repousavam, pendendo em seu cinto, com o mesmo brilho das minhas e as de Jimmy, que poderia estar em qualquer lugar do navio agora.

O que estas esferas faziam por aí? Não tinha as identificado quando vira o brincalhão, então talvez o capitão tivesse a achado recentemente. Alarmante. Claro, poderia somente ter as equipado agora e já tê-las encontrado antes. Ele estava ocupado. Guiando os veteranos a como agir perante o que estava por vir, talvez não fosse uma boa hora para intervir e falar sobre estas. O meu colega não havia reagido bem, apesar de que um adulto poder ter uma reação bem melhor, era perigoso arriscar. “É só mais um interesseiro usando este navio.” Dissera Jimmy. Suspirei, o mar estava em minha volta. Litros e litros do líquido que me fazia se sentir melhor, mais forte, confiante. Logo, a água da chuva poderia tocar minha pele, banhando-me caso eu desejasse, o barco velejava por um dos domínios do meu pai, conseqüentemente, onde eu estaria mais poderoso. Se existe um sentimento que eu não teria nesse momento, neste lugar, seria o medo. Caminharia em direção a Freye, esperando a hora certa para chamá-lo, citando o fato de ter encontrado pérolas semelhantes ás dele por aí, caso necessário para chamar sua atenção. Buscando evitar falar na frente de outras pessoas ou chamar a atenção destas, não poderia comprometê-las.


Seria arriscado, bastante arriscado, podia por em risco a minha imagem para com o líder ali, um ato idiota principalmente nos tempos que viriam. Tomaria somente as ações do capitão como amostra, para saber em que posição estava para com as esferas. Visando como prioridade, saber se Freye tinha alguma coisa a ver com o aparecimento repentino dos itens, sem acusá-lo em hipótese alguma. Perguntando se possível mais sobre elas, isso CASO este já as tenha em posse á algum tempo. Almejava parecer o menos ambicioso possível. Explicando suavemente, tentando não por a vista dos outros marujos as minhas peças brilhantes. Não poderia arriscar falar sobre Jimmy, além de ser uma falta de companheirismo, ele poderia muito bem ter entregado-as para o capitão, e talvez sujado a minha imagem. Tentaria ser o mais compreensível, explicando a situação com calma e com suspiros fundos, não recuando e tentando não ser afetado por atos inesperados. Procurando ser o mais forte e maduro possível. Oferecendo-me claro, para ajudar com as tarefas no navio, afinal esperava que precisassem de mais um par de mãos. Agindo de acordo com a situação, acatando a ordem que me fosse dado, na medida do possível e do bom-senso claro. Agindo como semideus na presença de qualquer evento suspeito, sem medo de utilizar meus recursos trazidos para a missão para me proteger até ter uma chance de reagir.

Itens:

Passivas de Poseidon:

#31

Dylan C.

Dylan C.
Filho(a) de Marte
Filho(a) de Marte
As informações de Lewis complementavam as minhas, como peças de um quebra-cabeças se unindo. No entanto, muitas peças faltam para entendê-lo por completo.

O tempo passava de forma devagar dentro do ônibus, formando apenas uma sensação de puro tédio. Até aquele momento.

Olhava para a janela quando a jovem que havia visto antes apareceu, nos oferecendo algumas balas. Não pude recusar tal gentilesa, então as aceitei, olhando nos olhos da garota e murmurando um “Obrigado!”. Com um pouco de desconfiança, é claro.

E guardei as balas no bolso.

Após isso, fiquei o resto da viagem em silêncio, aguardando até que chegássemos em Los Angeles. E iniciássemos, finalmente, nossa missão.


Ps: Malz o post bosta, mas tive que fazer com pressa.

#32

Lewis Thompson

Lewis Thompson
Filho(a) de Hades
Filho(a) de Hades
Repassar as informações para Dylan foi muito esclarecedor para nós dois. A percepção de que estávamos na mesma missão era incontestável. Um quebra cabeça com pedaços para nós dois. E seguir em frente já não era mais uma opção e sim uma obrigação. Eu deveria levar as almas de volta, eu era um dos príncipes do submundo. Era horrenda a ideia das almas não terem seu devido fim, o julgamento e o guia para a vida pós morte.

Afastei um pouco aqueles pensamentos ao ver uma moça nos oferecendo doce. Tento reparar se ela havia alguma alma do submundo, monstros podiam enganar com a aparência, mas o cheiro de submundo ficava impregnado neles. Minha aura fria denunciaria que eu era filho de Hades, portanto, ganharia pelo menos um tempo até que ela nos atacasse se fosse realmente um monstro.

Mesmo não sabendo a procedência da senhora, tento parecer educado, porém curto. Odiava dialogar com pessoas, meus pensamentos eram o melhor lugar para falar, só. Colocar meus pensamentos em ordem e organizar os fatos ocorridos para poder pensar no que fazer daqui para  frente.

- Eu adoraria aceitar senhora, mas tenho diabete e alergia a corantes. – Digo tentando parecer sério. Eu sabia que humanos respeitavam doenças e alergias, doces sempre têm corantes na composição, provavelmente ela não iria me incomodar.

Mesmo não sabendo o que esperar de reação, mantenho minha mão no cabo de minha espada longa de ferro estígio. Caso ela tente nos atacar e revelar ser um monstro, eu sacaria a espada e faria com que a lamina atravessasse seu peito em um único solavanco. Seria um ato de surpresa para ela, então minhas chances eram maiores.

Por alarde, presto atenção nos arredores também. Havia muito tempo que não éramos atacados, e pela proporção da missão, isso era algo suspeito. Se a mulher fosse um monstro provavelmente ela não estaria só. Então passo a procurar por outra pessoa suspeita, alternando entra olhar a moça e as pessoas ao redor, mantendo sempre minha audição apurada para ouvir possíveis sinais de ataque e mantendo minha mão no cabo da espada, para saca-la se fosse preciso.

#33

Hermes

Hermes
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano

Will


O filho de Poseidon havia constatado algo importante: Aquelas não eram Pérolas comuns. Um rapaz amigável como Jimmy acabou por tornar-se ambicioso de uma hora para outra sem mais nem menos. Para piorar, o capitão estava com duas delas. Ir até ele e perguntar sobre as joias era algo aparentemente arriscado, mas, se ele estivesse encrencado, não teria para onde correr.

O capitão então ouve as peguntas do rapaz atentamente mas não aparenta se incomodar com nada. Aparentemente a descrição e cautela tenham dado certo.

- Essas pérolas? Encontrei alguns minutos atrás dentro do refeitório. Não tenho ideia de como algo tão valioso tenha se perdido tão facilmente. Minha única hipótese é que tenham se perdido há muito tempo. Esse navio viaja com diversas cargas e muitas vezes, eu não me espantaria se algum desastrado as perdesse. Acho que estou com sorte, não é?

O homem então pede licença pois precisa ajudar a ajustar as velas e orienta Will a entrar. Na visão do capitão ele era jovem demais para trabalhar no cenário tempestuoso que se formava. Ele então segue a orientação e sai dali. Contudo, a sensação de tranquilidade que deveria aparecer não veio. Pelo contrário. Em sua cabeça, uma voz familiar gargalhava e dizia estar perto, cada vez mais perto.

Will olha para trás mas vê apenas o capitão e tripulação trabalhando. Cerca de 20 minutos depois de entrar ele ouve um grito, de outra voz familiar, era Jimmy, vinha da parte interna do navio, aparentemente do depósito, onde o filho de Poseidon encontrou as primeiras pérolas.

#34

Will Kross

Will Kross
Filho(a) de Netuno
Filho(a) de Netuno
A esta altura, levando o meu TDAH em consideração, já devia ter anotado algo em uma folha de papel, as pérolas eram a chave do mistério. Em uma viajem, com um semideus a bordo, dois tripulantes têm sorte e encontram duas pérolas cada um. Começara a perceber que talvez as peças não afetassem a mente humana de forma mágica, talvez fosse bem mais simples, acreditava ser a ambição humana. Tentara me colocar no lugar do garoto, me perguntava, se não soubesse que existissem seres me querendo morto, talvez agisse da mesma forma. Ambição. Um dos primordiais sentimentos individuais. Se as esferas não fossem uma isca para mortais, estaria severamente desapontado com minha capacidade de dedução. Tentava barrar os sentimentos em um momento delicado como este. O de culpa, por Jimmy. Antes era meu melhor amigo nesta embarcação, agora, me olhava julgando-me como um ser movido a interesse material. Barrava a tensão, de estar no meio de um jogo de xadrez com um ser possivelmente mitológico ou de estar enlouquecendo com paranoias neste navio perante um evento de extrema coincidência. Tentava fazer a calmaria dominar, manter-me firme e sensato para não deixar os outros tripulantes confirmarem as suposições de que eu era somente uma criança medrosa. Era ouvir a voz da razão supor que eles achavam isso de mim. Prometi a mim mesmo que consertaria as coisas, que protegeria Jimmy e o capitão. Suspirei, já fora do convés, onde toda aquela preparação acontecia. O capitão havia me convencido a permanecer fora daquilo, afinal não tinha experiência suficiente. O que estava pensando? Ele nunca deixaria uma criança participar disto, tudo que fizera até agora fora ajudar com atividades domésticas. Todas as suas ações até agora, tinha fé na liderança dele, Freye é um bom homem.

Ele achara as pérolas no refeitório. Quatro lugares diferentes, oito pérolas, três pessoas as portando. Era uma situação bastante não-linear para um filho de Poseidon. Não conseguia ficar tranquilo, não tinha essa habilidade. Estava aflito com a situação e a qualquer momento o destino exigiria de mim, física e mentalmente. A voz viera para bagunçar ainda mais. Os pelos de meu corpo se arrepiaram quando ela chegou, uma sensação de mal agouro cobriu meus pensamentos e então decidi me preparar para o pior. Algo estava se aproximando. Não estava ali agora, mas chegaria. Tivera alguns inquietantes minutos após entrar, cerca de vinte, checava meus itens observando se não havia perdido nada, encarava meu tridente e aquecia meu corpo sempre que podia procurando ser o mais natural possível para não atrair muita atenção. Mas acima de tudo, fitava as pérolas, tentando não mais decifrar o segredo que elas escondiam, mas indagando quanto tempo deveria esperar para descobri-lo.

E então o grito veio. Ativando as engrenagens do meu corpo, e fazendo o sentimento aventureiro fluir junto de mais dezenas de emoções. Identifiquei a voz. Vinha de uma parte mais interna, possivelmente do local em que havia encontrado as primeiras pérolas. Segurei com força o cabo dourado e pus-me a me movimentar, ignorando e almejando não esbarrar em ninguém, levando meus itens em uma corrida para ajudar um amigo. Além disso, veria se era a única pessoa a ter escutado este som, fora alto, e eu provavelmente não era o único nesta parte no navio. Toda via, não atrasando-me em movimentos lentos. Acreditava que conhecia o caminho por já ter ido lá uma vez, desta forma não perderia tanto tempo tentando me guiar pela voz. Era uma armadilha. Deveria ser, mas não podia evitar. Um amigo estava em perigo. Havia prometido ajuda-lo. Ao chegar no local, iria checar a situação, tentando chegar a tempo de notar se Jimmy estava sendo atacado ou fora apenas um alarme falso. Uma vida provável que estivesse em risco, e eu era um dos que podiam salvá-la. Talvez, o que quer que estivesse se aproximando, havia chegado.  Agindo de forma defensiva para qualquer ameaça e buscando utilizar diplomacia caso necessária para manter meu companheiro vivo, não era bom com palavras, mas teria de me esforçar nesse caso extremo. Abusaria de toda forma do meu escudo e da minha movimentação para esquivas, utilizando meus reflexos para manter-me sem danos e objetivando manter-me a salvo junto de Jimmy, rezando aos deuses para não ser inútil agora. Explorando o cenário ao meu favor caso possível.


Itens:

Passivas de Poseidon:

#35

Hermes

Hermes
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano

Will


A tempestade começou a cair no mesmo instante em que o filho de Poseidon brandiu seu tridente. Ele sentiu que o mar estava começando a se enfurecer gradativamente, como se estivesse se movendo pela vontade de alguém.

O garoto correu pelo mesmo caminho anterior. Não teve dificuldades em chegar até aquele ambiente e tudo o que encontrou foi o corpo de uma pessoa inconsciente. Jimmy não estava morto, sua pulsação estava normal e ele respirava normalmente. Mas o que diabos poderia ter feito ele parar ali? A resposta veio ainda mais rápido que o raciocínio de Will.

Pérolas. Os objetos que não paravam de surgir, mesmo que aos poucos pelo navio, começaram a se reunir. Elas saíam de dentro de caixotes de madeira, pequenos buracos no chão, por trás de algumas cortinas velhas. Eram várias. As que Jimmy e Will possuíam começaram a se mover também, como se estivessem sendo atraídas, e elas foram.

Nesse momento, Kross sentiu o verdadeiro terror se aproximar. A voz que ecoava em sua cabeça finalmente foi reconhecida. A imagem da arena veio à mente do garoto. Uma pessoa estava lá, era Kjell, o filho de Deméter que veio a falecer em uma trágica batalha. Seu corpo também estava inerte no chão, até ser chutado por uma criatura enorme, que ria diabolicamente. A mesma risada que agora voltava  se propagar ali, naquele navio.

- Sentiu minha falta, irmãozinho? – Disse o ciclope, que tomou sua verdadeira forma a partir daquelas pérolas.

Tudo agora fazia sentido, afinal, Pérolas foram o objeto que o próprio Poseidon havia transformado o monstro, evitando o conflito naquela ocasião. Mas agora, ele estava ali novamente. Trajava uma armadura completa de escamas e bronze. Também possuía um tridente enorme e seu olhar era o de alguém muito furioso.

- Dessa vez, papai não vai salvar sua pele. Estamos navegando pelo mar de monstros, onde o poder dele não tem tanta influência. Se eu fosse você, começaria a rezar... Ou não, afinal, nenhum deus vai poder te ouvir.

Jimmy ainda estava ali, aos pés do monstro. Talvez lutar dentro de um espaço pequeno como aquele colocasse mais uma vida a mercê do cruel gigante que ria, sem tirar o foco do semideus.

#36

Will Kross

Will Kross
Filho(a) de Netuno
Filho(a) de Netuno
O mar se agitava abaixo de mim, carregando uma fúria dentro de si, aparentando estar compartilhando sentimentos com outro alguém. Podia sentir, como se estivesse frente a frente com a personificação do oceano. Empalideceria se não fossem as circunstâncias atuais. Hipóteses viriam a minha mente caso não mantivesse o foco, teorias sobre o que podia estar acontecendo ao meu redor. Aos poucos, enquanto corria para ajudar um amigo, dava-me o luxo de começar a perguntar-me se existia algum outro filho de Poseidon envolvido, indagava a mim mesmo se existia algum meu meio-irmão cruel a ponto de pôr em risco a vida dos presentes na embarcação. Parei ao chegar ao meu destino, olhando o garoto deitado ao chão, inconsciente. Almejava correr ao seu encontro, mas não fui, permaneci paralisado, orando aos deuses para que estivesse vivo. Percebi que Jimmy respirava, seu coração ainda não havia desistido. Não pude ficar totalmente aliviado, mas serviu para tornar-me menos desesperado, percebia que demoraria muito para tirar o fardo que sentia em minhas costas. Comecei a respirar fundo, buscando recuperar o fôlego da corrida e então esbocei um leve sorriso. “Obrigado” agradeci mentalmente. O que havia acontecido antes de minha chegada? O que diabos poderia ter feito ele parar ali? Eventualmente, uma resposta não tardou aparecer para dar fim ás minhas dúvidas. As pérolas vinham, reunindo-se em um único ponto. Espantava-me com a quantidade massiva destas, vindo de caixotes, cortinas e buracos. Revelando-se para mim. Antes que pudesse segurar as que carregava comigo, elas se foram caminhando junto as de Jimmy.  Meus sentimentos explodiram mais uma vez, meu corpo estremeceu e então senti que iria mergulhar em mais uma viajem para lembranças fatídicas, em um pesadelo real.

- Não pode ser – Falei perplexo, reconhecendo a voz que falava em minha cabeça, arregalando meus olhos para o evento que prosseguia rapidamente. O corpo de Kjeel apareceu, inerte no chão. A culpa veio à tona. Queria me desculpar com ele. Falar com o filho de Deméter e convencê-lo de que eu tentei salvá-lo. Sabia que era tarde demais. O corpo foi chutado por um pé enorme. Um riso diabólico chamou minha atenção, fazendo meus instintos pulsarem. Dobrei meus joelhos, pondo-me em posição defensiva, com o tridente frente a meu corpo inclinado para o rosto da criatura. O mesmo rosto. Talvez o verdadeiro sorriso culpado. Suas palavras vinham como socos em meu estômago. Não conseguia sentir inveja de sua armadura ou de seu tamanho, de seu tridente ou de sua força. Possuía ódio e não tinha a mínima vontade de uma reconciliação familiar. Lembrei de meu pai. De seu pedido. De sua ordem. Tentaria com todas as minhas forças atende-la. Não por estar me rendendo ao ego do ciclope, mas por ser forte o suficiente para acatar uma ordem. Não o mataria. Tudo conspirava para que lutasse contra ele. Eu queria lutar. Todavia, não seria ali. O lugar era notavelmente pequeno, além de ter a presença do outro garoto. O capitão provável que perceberia o paradeiro das joias e eu poderia ser um dos fortes suspeitos a tê-las furtado pelo questionamento antes da tempestade. Jimmy era um mortal, estaria confuso ao acordar e talvez até me culpasse de tê-lo deixado inconsciente. Parecia sensato para mim sair do depósito. O gigante mantinha a sua atenção em mim, o que talvez salvasse Jimmy de ser chutado como Kjeel. Tinha de fazê-lo se afastar do garoto, ele estava com raiva de mim, uma profunda raiva do que fizera com ele até agora. Acreditava que explorar isso era uma decisão idiota e arriscada, mas necessária.

- Vem dançar com o irmãozinho –
Falaria zombando dele. Tinha noção da agilidade do monstro, da sua força e da sua velocidade. Conhecia ele tanto quanto ele me conhecia. Ele estivera dividido em todos os cantos do navio como itens, talvez estivesse consciente quando nesta forma. A única vantagem que tinha era a calmaria, a instável paciência. Iria manter a concentração. Esquecer Kjeel, o que tentara várias vezes sem obter sucesso. Tinha de conseguir. Não podia deixar-me abalar por provocações ou por sede de vingança, seria a minha ruína. Correria, caso o monstro avançasse em minha direção, abusando do fato de estar mais próximo da saída do que ele, logo seguindo pelo mesmo caminho que havia chegado até aqui. Avançando pelo navio enquanto fuçava em minhas memórias um lugar vazio para manter uma batalha sem vítimas inocentes. Aproveitaria toda a minha agilidade e velocidade, julgando que ele estava nas mesmas situações que eu por conta da sua armadura e arma. Esquivaria sempre que possível de algum golpe do gigante, levando em consideração que sua arma tinha um alcance médio, invocando meu escudo em qualquer oportunidade propícia para salvar minha vida. Evitando ao máximo tropeçar ou ser ferido, buscando lugares estreitos para uma criatura do porte dele. Explorando o cenário por mim conhecido e atacando sempre que houvesse brechas causadas por obstáculos.


Itens:

Passivas de Poseidon:

#37

Hermes

Hermes
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano

Will


O filho de Poseidon sabia que deveria sair dali.

Por mais que ele quisesse lutar e se vingar da morte de seu companheiro, ele sabia que o espaço era pequeno e ponderou que o sumiço das pérolas chamaria a atenção do capitão e qualquer outro que chegou a portá-las. E pior, ele seria um suspeito por não ser um marujo oficial do navio e por ter indagado sobre elas pouco antes de se reunirem e desaparecerem.

Mas ele teria de se preocupar com isso depois.

O ciclope estava determinado a dar um fim à vida de Will e não caiu na provocação do garoto.

- Então você vai mesmo sair e deixar seu outro amiguinho a minha mercê? – Diz a criatura maliciosamente enquanto agarra Jimmy, que ainda estava inconsciente pelo braço, exibindo seu refém para o irmão.

- Entenda de uma vez que um dos dois vai morrer. Você decide  se vai ser você ou ele. Apesar que, se você deixa-lo morrer aqui eu vou continuar atrás de você. Teria coragem de sacrificar mais vidas no lugar de resolver logo seus assuntos, maninho?

Will então olha para o garoto e percebe que ele já tinha alguns hematomas e sinais de tortura prévios. Alguns gemidos baixos de dor indicavam que a criatura estava apertando seu pulso. Tudo para provocar Will.

#38

Will Kross

Will Kross
Filho(a) de Netuno
Filho(a) de Netuno
Suspirei, sentindo as batidas do meu coração diminuírem. Uma mera sensação. Estavam acelerando, sabia que estavam. Não podia ser diferente. Permanecia estático, lutando contra os instintos que corriam por minhas veias, tendo de fazer uma escolha fatal. Um ato suicida. Ou somente mais uma ação de um jovem louco. Desde que começara a minha vida como semideus, sabia que teria de viver lutando e morrer nas mãos de uma batalha sangrenta. Sortudos eram os que morriam em uma cama, com a paz em seus pensamentos e sem o sofrimento de um ferimento aberto em sua pele. Novamente tinha de enfrentar o risco de dar fim a minha vida. Apostando que as parcas haviam decidido que este não seria o meu fim. A emoção era iminente na maioria das vezes que fazia essa aposta. Na maioria. Agora era diferente. Uma vida estava em jogo. Uma vida mortal e inocente que não tinha chance de reação. O único que poderia impedir a morte dele seria eu. De novo.

Cerrei meu punho em torno do cabo do meu tridente, empurrei o ar para fora de minhas narinas e grunhi. Tinha nojo do meu irmão. Uma raiva pulsante corria por meu sangue. Não é meu irmão, disse para mim mesmo sem ousar movimentar os lábios ou emitir som.
- Deixe-o e venha levar a minha vida em troca, quero ele longe das suas mãos. Essa é a garantia que quero de que somente irá machucar a mim. – Pronunciaria com a voz firme. Não deixando o medo ou o ódio tomar partido dos meus atos em qualquer momento. Jimmy estava em jogo. Não só um colega de quarto, um amigo. Não me perdoaria se ele morresse por minha culpa. Também não desistiria. Daria passos em direção ao ciclope, sem jogar meu tridente ao chão ou tirar meus olhos da criatura. Buscaria manter uma distância de três ou dois metros no mínimo, evitando ficar perto demais e ser atingido mais facilmente. Tendo em mente o alcance de nossas armas, sendo a vantagem dele pela extensão de seu membro. O espaço estava contra mim no momento, não tinha um coliseu para correr, mas também não me impossibilitava de tentar fazer algo. O que devo fazer é garantir que Jimmy estará em segurança e então travar batalha com o meu irmão, almejando satisfazer o espírito vingativo.

Ao passo de qualquer ataque, me moveria, da melhor forma, buscando não dar saltos para não acabar atrapalhando a mim mesmo, girando 90º no máximo enquanto dou passos rápidos, recuando se preciso. Invocaria meu escudo no caso de um ataque que viesse a me acertar, recuando e tomando noção melhor do ambiente e da sua agilidade atual, afinal agora o ciclope trajava-se de forma diferente, talvez sua força e agilidade tivesse mudado com o tempo. Aperfeiçoada. Priorizaria a segurança de Jimmy, seguida da minha integridade física. Não atacando-o por hora, colocando-me em defesa total ao ver que o garoto estava seguro. Colocava fé na hipótese dele permitir que o garoto viva. Outra vida em minhas costas não, por favor.



Itens:

Passivas de Poseidon:

#39

Hermes

Hermes
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
Will

O monstro dá mais uma gargalhada, que poderia facilmente ser confundida com um grunhido.

- A única garantia que posso lhe dar é de que eu terei minha vingança!

O monstro então larga o garoto inconsciente no chão e avança contra o filho de Poseidon, que não perde tempo em invocar seu escudo e se proteger de um ataque de tridente. O espaço da sala era pequeno demais para um combate de lanças e as chances de haver uma luta sem atingir o mortal Jimmy era muito pequena. Todavia, ele não estava nas mãos da criatura. Isso daria uma maior gama de possibilidades ao semideus, uma vez que a criatura não está mais com seu refém em mãos.

Will sente ainda que o oceano está se tornando um tanto quanto agitado. Uma tempestade continuava a se aproximar e pelas vozes vindas do convés, todos já haviam terminado seus trabalhos e voltado para o interior da embarcação. Aquele lugar certamente seria melhor para um eventual combate. Restava saber como o garoto agiria, seja numa luta em espaço fechado ou numa nova tentativa de atrair seu adversário, que parece recuar e preparar uma nova investida frenética.

#40

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