Voar em um pégaso era mais calmo do que o esperado. Montar cavalos alados era uma experiência diferente de um comum e a minha falta de experiência nisso deixava isso claro, mas eles sabiam o que fazer e para onde ir, então desço no solo e faço um carinho no meu antes que ele se vá, sorrindo fracamente.



Após terminar de falar, eu observo a minha companheira e espero sua resposta. Fico em alerta, afinal nunca se sabe o que pode aparecer, uma vez fora da proteção do acampamento seria um pequeno imã para monstros.

Assim que Akali volta eu a escuto com atenção, então ela conseguira boas informações na banca de jornal. Abro um sorriso e concordo com ela, parecia confiante e isso me anima mais ainda. Assim que ela comenta sobre o fato deles aparecerem após o sol se por, penso que podem não ser apenas cães selvagens.

- Realmente, isso de eles aparecerem apenas de noite me lembra muito cães infernais...  É uma possibilidade. Você conhece a cidade, né? Vamos então.

Ela parecia saber aonde estava e aquele era um local movimentado, mas não iria baixar a guarda. Começo a seguir o caminho com Akali até a 78th enquanto observo as coisas a nossa volta.


Não queria ficar em silêncio durante toda a missão, enquanto falo fico de olho nas pessoas a nossa volta, segurando o cabo de meu Gladius que está devidamente guardado em sua bainha na minha cintura. Sempre me pergunto o que os mortais enxergam quando veem semideuses trajados pra batalha, deve ser algo bizarro.

- Entendi. Que foda, no acampamento Júpiter nós temos um grupo semelhante, as Amazonas, elas não servem Diana mas tem a sua proteção. E elas são guerreiras excelentes, treinadas pra matar.  Sobre nós, não somos tão diferentes, eu acho. Embora o meu acampamento seja mais militarizado e organizado, a proposta é a mesma e somos todos uma família. Não só os meio sangue, mas os grupos como as caçadoras. - Eu pisco para Akali, de forma fraterna. Pela sua despreocupação com monstros na rua entendi que deveria ser mortal. - Fico feliz que tenha encontrado uma causa para lutar, isso é importante... todos devemos seguir um caminho.

Não demora para chegarmos frente a um hospital, que por sinal estava extremamente movimentado. Ambulâncias e pessoas se aglomeravam na entrada e parecia impossível entender o que estava acontecendo. Para nossa sorte, algumas pessoas comentavam e pegamos trechos soltos, informações valiosas. Qualquer criatura que fossem, não deveriam ser subestimadas. O estrago era grande.

Akali me puxa para um canto e a escuto com atenção. Observo as pessoas que por ali passavam, a ideia era boa, só não poderíamos deixar nenhum civil se machucar. - Boa ideia, tem que ser alguém que caia na armadilha e vá para os becos... que tal... - aponto. Era uma garota, parecia alheia a tudo o que acontecia, estava sentada num dos bancos próximos a entrada do hospital e utilizava fones de ouvido, que por sinal deveriam estar em seu volume máximo. Ela parecia terminar um café enquanto folheava uma revista qualquer.


- Mas como vamos fazer com que ela vá pelos becos? E temos de nos certificar de que nada aconteça com ela. - Olho minha companheira de missão. - Não sabemos quantos serão, mas eu posso tentar segurar a linha de frente, ganhar tempo para que ela saia em segurança. Acho que eles não vão atrás dela comigo por perto, semideuses tem um cheiro que atrai os monstros.