North [Teste Guardião de Pã]

por **Minerva** 08/01/20, 07:30 pm · por **Minerva** 08/01/20, 07:30 pm

Minerva

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Aron estava aproveitando a folga durante a manhã de inverno para treinar basquete com alguns sátiros que insistiam em tentar acertar arremessos mais distantes que os do filho de Apolo.

Para uma manhã fria até que era uma atividade divertida para o semideus. Isso antes de um dos sátiros estacar ereto no meio da quadra com os olhos arregalados e vidrados. Depois de alguns segundos de expectativa de todos que estavam ali, uma voz profunda e macia se fez ouvir na mente de todos. A voz provinha do sátiro, mas definitivamente não era dele.

- Aron... Você deve ir ao Norte. Meu reino é mais poderoso nos locais selvagens do planeta, mas ele está saindo do meu controle. Preciso que descubra o que está acontecendo e salve a natureza do Polo Norte!

O sátiro voltou ao normal logo em seguida, dando algumas tocidas, enquanto todos continuavam estarrecidos. Uma comunicação de Pã era raríssima, principalmente direcionada unicamente para um semideus.

por **Aron Tinuviel** 08/01/20, 08:26 pm · por **Aron Tinuviel** 08/01/20, 08:26 pm

Aron Tinuviel

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Desde o susto que tivemos que passar com a invasão egípcia, tínhamos intensificado as patrulhas ao redor do acampamento e eu estava sempre nos turnos diurnos, talvez por me sentir culpado pelo fracasso da primeira missão que participei, mas finalmente pude desfrutar de uma folga...Que não durou muito ao que parece.

Um chamado de Pã não era exatamente surpresa para mim, ele já havia me incumbido de resgatar um de seus Guardiões que ficara preso no labirinto outrora, missão em que tive sucesso total ao derrotar uma esfinge fora de si.

O problema estava na falta de pistas que o chamado repentino havia deixado para trás. Precisava ver o Conselho de Casco Fendido. Talvez eles tivessem algum problema que ainda não haviam partilhado com o acampamento.

- Vocês estão sabendo de alguma coisa que está acontecendo no Norte? - Inqueri aos sátiros ao meu redor.

Havia a possibilidade de não saberem de nada, mas eu tinha que tentar. Após isso eu me dirigirá ao Conselho dos Sátiros, que talvez tivessem alguma informação sobre o que está acontecendo no Norte.

Fosse possível ou não obter uma informação, com os Sátiros, voltaria para meu chalé e pegaria meus equipamentos, informando ao Conselho dos Chalés e pedindo recursos necessários para missão.

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por **Minerva** 08/01/20, 08:47 pm · por **Minerva** 08/01/20, 08:47 pm

Minerva

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Devido a falta de informações, o filho de Apolo tinha que ter uma boa ideia para começar, e teve. Pediu imediatamente uma reunião com os sátiros no Conselho, no que foi atendido de prontidão.

Ao contar a história para os 3 anciões, percebeu que os sátiros que assistiam a audiência estavam tremendo e cochichando amedrontados, porém ninguém parecia saber exatamente o que estava acontecendo.

- Pã nunca nos chama para o Norte. São terras hostis para sátiros. Nada bom para os cascos... andar na neve. Aquelas terras são poderosas para o Senhor Pã, pois são pouco exploradas pela sua espécie, mas nós não nos atrevemos a andar por lá. Os únicos seres da natureza que conhecemos que passam perto daquelas terras são os centauros selvagens. Se está acontecendo algo, não é do nosso conhecimento. Mas como reconhecimento pela missão recebida por você, lhes oferecemos essas moedas, muito valiosas no nosso mundo.

O velho sátiro estende para Aron 3 moedas de madeira com chifres entalhados em uma das faces. Elas tinham cerca de 8 centímetros de diâmetro e não apresentavam qualquer sinal especial além do entalhe.

Após a declaração do líder do conselho, todos foram dispensados sob o clima de tensão. Aron não tinha conseguido informações suficientes para começar, mas percebeu que não conseguiria nada melhor falando com seres da natureza que viviam tão ao sul.

Ao se reunir com os conselheiros, percebeu que todos também ficaram preocupados com o fato de um filho de Apolo tão jovem ter que ir sozinho ao norte, local onde poucos semideuses se aventuravam, principalmente no inverno, quando seus poderes eram mais fracos. Porém, eles sabiam que essa era a vida dos semideuses, um dia aparecia uma missão muito complicada que pode marcar a evolução ou a morte do campista.

Björn, por ser o conselheiro de Atena, tomou a palavra em nome de todos:

- Como irá ao norte, não podemos te oferecer tanto auxílio. Os deuses são menos poderosos lá, com algumas poucas exceções. Podemos te prover o de sempre: um saco para dormir, 200 dólares e pedir a que bênção dos deuses te acompanhe na jornada, até onde eles alcançarem. Daqui pra frente, você está sozinho. Boa sorte.

Todos olharam Aron com semblantes de despedidas e depois se foram. O semideus só teve tempo de pegar os equipamentos e os suprimentos referidos na Casa Grande para enfim partir.

por **Aron Tinuviel** 09/01/20, 11:10 am · por **Aron Tinuviel** 09/01/20, 11:10 am

Aron Tinuviel

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Bom...Eu não podia exatamente dizer que estava surpreso com a falta de pistas iniciais para aquela confusão toda, afinal, caso algo estivesse acontecendo tão ao norte, já teríamos alguma informação passando pelos agentes da Corvus. Graças a confusão causada no ano passado, sob a liderança dos campistas, a Guarda do acampamento vinha tentando se adiantar aos acontecimentos, com relatórios chegando de todo o mundo sob coisas que parecessem suspeitas.

Até resolvi passar no Quartel General dos Estrategistas para inquerir a Connor se havia ouvido algum rumor sobre alguma anormalidade no Canadá ou acima disso, mas não estava com muitas esperanças de encontrar nada além de um adolescente pulando pelas camas do lugar, como se o chão fosse feito de lava. Ele podia ser um gênio, mas ainda era uma criança.

Com os recursos que me foram oferecidos, tratei de guardá-los junto ao resto dos meus pertences, me dirigindo ao estábulo para tomar um dos pégasos, enquanto tocava uma melodia simples, dedicada ao meu avô.

"Tu que se assentas no trono dos deuses, e de lá dá ordem as tempestades
Arrefeça o teu furor sobre este humilde servo, que por seus domínios pede passagem
Dai-me segura guarida sobre os céus que governa e abençoa todo o percurso durante a viagem.

Era uma oferta simples e eu não sabia dizer se Zeus a aceitaria, mas era tudo o que eu podia fazer naquele momento.

Enquanto selava o cavalo, permiti-me ser tomado pelo espírito de Profecia, a fumaça verde subindo pelas minhas pernas até finalmente se apossar de minha mente, me dando um vislumbre do que estava prestes a enfrentar ou de onde encontrar os Centauros Selvagens.

Nível 6 – Auxilio do Profeta: A profecia será concedida pelo narrador. Os filho de Apolo receberão essa profecia falando ou escrevendo uma poesia (Ou seja, nada de visões que te fazem ficar vulnerável), neste terá uma profecia do que irá acontecer. A habilidade melhorará de acordo com o nível de profecia que o filho de Apolo tiver. No nível básico apenas um breve movimento de seu inimigo (não pode ser usado em PvP), no nível intermediário ele poderá prever algo sobre a narração ou luta, no nível Avançado a profecia é quase perfeita sobre os acontecimentos, e no nível Mestre o filho de Apolo poderá prever básicamente o que ele quiser. O Narrador deverá apresentar a profecia e não pode ser uma mentira. O custo dessa habilidade requer 30 pontos de MP pro nível básico, 50 pontos pro intermediário, 70 pontos para o avançado e 90 pontos para o Mestre. Entrará em espera durante 10 rodadas.

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por **Minerva** 09/01/20, 02:01 pm · por **Minerva** 09/01/20, 02:01 pm

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Após juntar seus pertences, Aron decidiu ir aos estábulos. Não queria gastar recursos tão cedo, então apelou para a ajuda de seu avô.

Os primeiros quilômetros foram tranquilos. A cada cidade que passava lá embaixo, mais frio o ar ficava e o semideus começava a perceber a realidade e dificuldade da missão, sentindo tamanho frio e ainda tão longe do destino. Sem nada para fazer, o filho de Apolo resolve testar seus dotes proféticos para tentar descobrir algo sobre o que o aguardava.

Depois de alguns segundos ouvindo somente o barulho do vento, o garoto escuta uma voz feminina em sua mente.
Por terra, água e ar, ao norte longínquo você irá viajar
Mais longe dos deuses e mais perto da morte estará
Sob a geleira você deverá ir para lutar
Pois caso contrário, em fogo o mundo queimar irá

Aron nem teve tempo de raciocinar sobre o que ouviu, pois assim que a voz se calou, 5 abutres de bicos e garras de bronze começaram a circundar o garoto, se preparando para atacá-lo. O pégaso não parecia nem um pouco confortável com a situação.

por **Aron Tinuviel** 09/01/20, 02:46 pm · por **Aron Tinuviel** 09/01/20, 02:46 pm

Aron Tinuviel

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— Desça! — Gritei para meu companheiro, tão logo percebi a presença dos abutres, entendendo que eu estava em seu território e não o contrário. Mesmo sendo capaz de atirar flechas, talvez eu abatesse um deles, mas não poderia fazer nada contra os demais.

Invoquei meu arco direto da minha tatuagem, enquanto, como um bom arqueiro, avaliava a situação, aguardando o primeiro a avançar, me beneficiando da | Profecia Intermediária | para acertá-lo mesmo diante da confusão, usando meu | Saque Rápido II | para sacar duas flechas que automaticamente se incendiariam graças ao encantamento do arco que eu dispunha. Estava pronto para o solavanco do mergulho, mas precisava cuidar para que meu meio de transporte não fosse imediatamente avariado, já que tínhamos um longo caminho pela frente e não estava nem um pouco ansioso para virar panqueca de semideus.

Era uma manobra arriscada, mas eu não tinha escolha.

Nível 7 - Flecha Certeira [Intermediário]: A flecha tem maiores chances de acertar o alvo, quase sempre indo direto ao alvo. O uso da habilidade requer 20 pontos de energia.

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por **Minerva** 09/01/20, 03:02 pm · por **Minerva** 09/01/20, 03:02 pm

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A desvantagem do semideus era clara, portanto ele não teve escolha senão tentar voltar para o solo, onde teria alguma chance de vitória. Enquanto descia, Aron logo percebe que os abutres podiam voar muito mais rápido que o pégaso, o que o obrigou a sacar o arco e duas flechas para se defender.

Todos os monstros pareciam prontos para atacar ao mesmo tempo, mas assim que o primeiro entrou na linha de tiro do filho de Apolo, foi alvejado, se desintegrando no ar. Parecia um começo promissor, mas o semideus não pode evitar quando um dos outros pássaros se aproximou pelas suas costas e com o bico de bronze cortou a alça de sua aljava.

Tudo que Aron conseguiu foi assistir suas flechas caindo céu abaixo. Ele mesmo não estava tão longe do chão, mas precisaria de muita sorte para descer no mesmo lugar que a aljava caíra. Isso sem contar o perigo iminente em que ele se encontrava, com 4 monstros voadores no seu cangote, prontos para arrancar cada pedaço da sua carne, assim como do pégaso.

O cavalo alado, por sinal, começava a ficar com as asas doloridas devido a viagem já um pouco longa e o tamanho esforço para se manter vivo que fazia naquele momento.

por **Aron Tinuviel** 09/01/20, 03:35 pm · por **Aron Tinuviel** 09/01/20, 03:35 pm

Aron Tinuviel

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— Aguenta amigão! — Não sei se gritei para o pégaso ou para mim mesmo. — Tente pousar o mais próximo possível da aljava, por favor! — Era uma ordem, mas que eu sabia ser difícil de ser cumprida. Sem minhas flechas o que me sobrou foi uma maldita alternativa kamikaze.

Enfiei a mão no bolso da mochila onde sabia que ficavam minhas esferas explosivas e, com um saque rápido digno de um filho de Apolo, calculei o lançamento, de modo a garantir que, ao menos conseguiríamos uma folga na perseguição dos abutres, mas não reclamando se a explosão da esfera pequena levasse consigo mais um das criaturas.

Não era algo que talvez adiantaria muito, mas fiz questão de alcançar as orelhas do pégaso instantes antes de saber o momento da explosão. Minha perícia em arquearia podia até me dar suporte para o lançamento da esfera, mas eu não podia prever a reação do pégaso à explosão, embora imaginasse que já estivesse acostumado às interpéries de servir ao acampamento.

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por **Minerva** 09/01/20, 03:56 pm · por **Minerva** 09/01/20, 03:56 pm

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Aron realmente não tinha muitas opções. Ainda nem havia saído dos Estados Unidos e já via a morte lhe dando a mão. Num movimento quase desesperado, mas consciente, o semideus lança uma esfera explosiva no ar. O que ele não contava era que a esfera não acompanharia a velocidade de queda deles, a não ser que explodisse não mão do campista.

Assim que ele a solta, ela explode alguns metros acima sem provocar muitos danos às aves. O que ela fez, ao contrário do que ele queria, foi lançá-los mais rapidamente ao chão. O pégaso perdeu o controle das asas e deu um coice para trás no ar. O movimento fez com que Aron fosse jogado para fora da cela em pleno ar, caindo de quase 4 metros de altura.

Quando se dá por si, o filho de Apolo está no chão. Se arranhou em algum dos pinheiros que via a sua volta, além de estar com dores no ombro direito. Nada parecia quebrado, mas ele sentia muita dor, além de estar completamente zonzo e desorientado. As aves tampouco quiseram descer ao solo para ver a situação e voaram para longe. Do pégaso não havia nenhum sinal de vida. Se ele houvesse sobrevivido, certamente teria voltando para o acampamento naquele mesmo instante, com as poucas forças que lhe restavam.

por **Aron Tinuviel** 09/01/20, 04:46 pm · por **Aron Tinuviel** 09/01/20, 04:46 pm

Aron Tinuviel

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Por terra então...

A profecia que havia recebido, dizia que eu teria que cruzar pelas três formas de viajar e aparentemente a terra tinha certa ânsia por sua vez, tanta que me abraçou com avidez quando finalmente os abutres me derrubaram do céu — Não...Pera...Acho que não foram os abutres.

Fosse qual o resultado, eu não tinha um veículo para ir por céu e mau sabia em que ponto da viagem eu estava.

Avaliei o meu corpo como um | Curandeiro | que era para saber que tipo de cuidados tinha que tomar a partir daquele ponto, mas não aprecia que nada era grave a não ser, é claro, a dor da queda, mas eu teria que suportá-la a partir daquele ponto. A primeira coisa a fazer era procurar a aljava perdida.

Olhei para o céu para precisar as horas e tentar me orientar para saber mais ou menos em que parte da região em que me encontrava eu havia perdido o utensílio. Sem ele, eu era praticamente indefeso. Minha capa me ajudaria a me esconder, de modo que puxei o capuz e me embrenhei na vegetação em busca da minha tão preciosa aljava e aproveitando para explorar o local e descobrir exatamente onde eu estava.

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