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Fórum de Mitologia Grega baseado em Percy Jackson e os Olimpianos e Os Heróis do Olimpo!


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Hades

Hades
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
O chão do deserto irrompe quando três Nasus bolados brotam da terra, idênticos aos demais. Lobos são pisoteados, areia voa pros céus. A Empousa Kelly duelava contra um dos gigantes, correndo pra não ser pisada e chicoteando-o enquanto corria com a arma que seu amo lhe emprestara. O caos só aumenta quando, para a surpresa de todos, a primeira lâmina cai do céu, fincando-se na areia. E então é seguida pela segunda, terceira, e por uma centena de espada em formato de pena que chovem do céu, perfurando os gigantes e rachando-os em diversos pontos. Os que estavam sem cabeça perecem, mas três ainda lutam fervorosamente para alcançar Enzo, enquanto o quarto aos poucos é vencido pela empousa.

O filho de Apolo ouve então o chamado de seu colega enquato disparava uma flecha contra o peito do gigante mais próximo. Nathan parecia emitir uma aura vibrante, o ar ao seu redor parecia quente e frio ao mesmo tempo. O garoto sabia que estava canalizando mais magia do que pdoeria normalmente, mais magia do que seu corpo, por mais treinado que fosse, estava habituado a lidar. Mas situações extremas demandavam apostas extremas, e medo não fazia parte do cardápio de sentimentos daquele semideus hoje.

- PORRRR QUEEEE VOCCCCÊEEEES NÃAA-OOO MOOOORRREEEEM!?!?!?

A voz de Youmu parece irromper da própria areia. 20 metros à frente ele encara Nathan, seu corpo ainda em chamas, que parecem ser aos poucos sugadas por sua pele. Ele urra e então seus chifres, assim como as marcas douradas em seu corpo, começam a brilhar. Sua sombra se alarga no chão, tornando-se forte, intensa, como a sombra dos filhos de Hades costumava ser. Como se um buraco no formato de Asas tivesse sido aberto no meio do deserto.

O monstro avança contra nathan de um salto. Suas asas batem com força, erguendo um muro de areia atrás de sí com a violência de seu deslocamente, lançando-se em uma velocidade imensa contra o garoto, que mal consegue ver a criatura com seus olhos, mas ele tinha um sentido mais desenvolvido do que a visão, com o qual ainda conseguia acompanhá-lo; seus sentidos mágicos.

Enzo observa horrorizado o monstro voar contra o filho de Hécate, até que torce, dobra e some, desaparatando no ar. Um vento frio atinge enzo pelas costas quando o demônio é invocado atrás dele, como avisara Nathan, mas a criatura não para seu rasante em alta velocidade, partindo como uma lança na direção do obelisco, acertando-o na base e rachando a pedra, que começa a ruir.

Chamas incolores irrompem da pele de Nathan. Como se sua energia estivesse incinerando-se em névoa dentro de si, fazendo o garoto sentir todo o corpo dormente e, ao mesmo tempo, quente. A energia da lua parecia transbordar dentro dele que, apesar da sensação de que poderia mudar o eixo da Terra se assim quisesse, sentia também que iria rachar a qualquer momento.

Dois gigantes se aproximam de Enzo, mas ao verem seu amo chocar-se contra o pilar urram de fúria. Um se vira pra Nathan e corre em sua direção enquanto o outro desce a espada contra o filho de Apolo. Ambos parecem porcos-espinho de tantas penas laminadas que saem de suas costas, mas tampouco aparentam sentir dor.


#71

Ω Enzo Stark

Ω Enzo Stark
Filho(a) de Apolo
Filho(a) de Apolo

Bem como o previsto. Eram mais cães de guarda de Youmu que emergiram da terra. A chuva de plumas ajudou a atrapalha-los e a vencer os primeiros que haviam surgido, e Nathan havia feito uma jogada mais que arriscada usando seu poder para teleportar o demônio para a ala ensolarada do campo de batalha.

Mas isso teve um alto custo. Vi de longe que o filho de Hécate havia quebrado todos os limites que seu corpo podia aguentar, e como alguém que já tratou de muitos semideuses com os mais diversos problemas, fossem de saúde, feridas de batalha ou mesmo exaustão, sei que os danos que uma pessoa sofre ao se esforçar demais podem ser até irreversíveis, dependendo da situação. Eu agora estava no meio de uma tremenda encruzilhada. Nathan havia criado a brecha perfeita para que pudéssemos derrotar Youmu, mas eu não poderia fazer isso sabendo que, se não fizesse algo pelo meu amigo, ele poderia acabar morrendo.

A minha decisão foi tomada. Retorno o arco para a tatuagem e pego minha lira. Sim, esta é a minha fiel companheira e também um de meus instrumentos mais poderosos. Aquela que estava comigo no lago de canoagem quando toda essa bagunça começou, quando conheci Martha.

Começo a correr na direção dos capetas invocados, tocando uma musica com meu [Acorde Perfeito] e quando estiver entre os dois que me perseguem, toco a [Sinfonia do Caos] para atordoa-los. Minha ideia era usar sua maior vantagem como sua maior vulnerabilidade: O tamanho. Se eu ficasse entre os dois, eles certamente tentariam me atingir, mas com o efeito da melodia caótica, eles perderiam seus sentidos e ficariam desnorteados temporariamente. Mas meu plano era um pouco mais ambicioso. Eu precisava que os dois gigantes já debilitados se autodestruíssem com seus ataques massivos. Portanto, aguardo o momento perfeito para ativar a habilidade enquanto me esquivo de seus ataques e deixo que eles se batam. Mesmo que eles não se atinjam fatalmente, terei me esquivado dos ataques e eles estarão atordoados, bem como a criatura que está indo na direção de Nathan.

Em seguida, uso a [Música da Cura] somada à [Bênção Celestial] no filho de Hécate. Eu precisava garantir que ele não se autodestruiria com os seus “circuitos mágicos” em pane. Portanto, usarei a combinação de minhas habilidades de curandeiro mais poderosas para fazer com que o filho de Hécate volte com tudo e me ajude a acabar com a batalha que nós dois iniciamos sem nenhuma baixa.

No mais, procuro ficar atento à movimentação de Youmu. Ele deve estar com dor no chifre depois do olé que levou do filho de Hécate, mas pode tentar nos atacar de surpresa, e se isso acontecer (acredito que por enquanto não vai por conta da sinfonia do caos), usarei, se necessário, o meu [Réquiem dos Amaldiçoados] para para-lo e fazer com que todos os movimentos que ele tentar com os pés e asas saiam ao contrário.

Habilidades Utilizadas:

#72

λ Nathan Fowl

λ Nathan Fowl
Filho(a) de Hécate
Filho(a) de Hécate
Tudo aconteceu rapidamente. Meu ódio estava sendo consumido em exaustão. Era estranha a sensação de poder me tornar fraco. Eu tinha me tornado uma bomba relógio e atingido meus limites. Penso em James. Lembrei da primeira vez que nos beijamos enquanto assistíamos o por do sol iluminar os campos de morango. Lembrei de quando eu o vi no dia do nosso casamento. Realmente quando estamos em situações mortíferas um filme se passa na nossa cabeça.

As lembranças iam cada vez mais fundo e lá estava eu na arena junto de Enzo enquanto uma harpia me jogava de cinco metros de altura. Lembro da dor física da queda, como eu queria senti-la agora. A dor que sinto é pior. É interna. Havia dado meu máximo e não tinha sido suficiente. Minha magia estava em combustão, um combustível perigoso. Minha vida era o aditivo. Meu futuro e o de Enzo era a corrida. Qualquer escolha errada e uma colisão nos mataria. Esses misto de emoções me fizeram revirar os olhos, [i]aqui não Nathan, aqui não.[i] Ali não era hora pra ficar matutando e criando historias na minha mente. Um monstro vinha em minha direção e por um milagre eu ainda estava vivo e pronto para lutar.

Aperto meu cajado com força ate sentir meus dedos pedindo por socorro. A sensação aliava a dormência, me fazia lembrar que eu estava vivo. Eu não tinha certeza por quanto tempo mais eu aguentaria lutar, mas sabia que não morreria naquele instante. Concentro me. vamos lá, você consegue.

Dentro de minha capacidade, eu tentaria atingir a criatura que rumava em minha direção no peito, como eu havia feito com a outra. Caso meu corpo aguente, eu tentaria me esquivar se fosse possível, e caso eu tome alguma porrada, tentaria proteger minhas partes vitais, colocando meu cajado a frente e ordenando que meu robe se transformasse em algo útil o suficiente para me manter vivo. Uma armadura ou uma bola gigante por exemplo. Assim pelo menos eu não me machucaria caso voasse longe.
Considerar:
CONSIDERAR

Pixie é um espírito da natureza que irá ajudar seu companheiro em suas missões. Elá poderá atacar o alvo que seu dono atacar com dano de ataque que será igual a 1/4 do WIS. Ou, com o comando do semideus, proteger alguém de danos físicos com uma barreira mágica igual a 1/2 do WIS. Se a barreira não for utilizada em 2 rodadas depois de ativada ela sumirá. A barreira entrará em espera durante 4 rodadas após de ser consumida ou não utilizada.
Pixie não é um mascote apesar de se parecer com um, e então não ocupa o lugar de um. É semi-imortal e viverá enquanto seu dono viver. Nathan pode se comunicar com ela, mas ela não pode se afastar dele se não for pra proteger outra pessoa.

Cajado: Madeira prateada, potencializa os poderes de Hécate e Luna.

¹ Concede 25% de bônus em magias de ataque dos feiticeiros. ²Restaura 20 de energia após utilizar 5 habilidades. (3/5)
Nível 8 - Alento da Encruzilhada: Sendo filho da deusa das encruzilhadas e dos caminhos, os filhos de hecate terão sempre uma melhor noção de qual caminho tomar em situações de difíceis escolhas.(+ 13 INT)

Nível 12 – Reserva de Energia Aprimorada [Intermediário]: Agora os feiticeiros são extremamente versados do consumo e produção de energia. Seus corpos as produzem com maior facilidade, gerando 12 de Energia por rodada, 25 à noite

Nível 13 – Regeneração Gradual de Energia II: Agora os filhos de Hécate recuperam 10 pontos de Energia por rodada.

Nível 16 – Perícia Mágica [Avançada]: Agora você é um mago experiente e um feiticeiro conhecedor das artes mágicas, conseguindo dominar as magias de diferentes áreas com facilidade. Consegue disparar magias com velocidade e poder, e precisão impecáveis.

#73

Hades

Hades
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
Youmu leva a mão à cabeça. O que estava acontecendo? Ele estava |Castellan|. Ele estava |Castellan| como não ficava há anos... Há milênios... Aos poucos ele relembrava daquela sensação estranha, aquela sensação desagradável e desesperadora de sentir medo. Suas mãos tremiam de raiva, de vontade de rasgar, de sede pelo sangue daqueles semideuses. Como podia? Como aquele outro garoto podia portar a luz também? Ele não tinha, não tinha! Não tinha o cheiro! Não tinha a Luz! Não emanava aquele calor nojento do sol, como faziam os outros, como fazia aquele outro ali! Ele sim, tinha aquele brilho, aquele halo que ofusca as sombras. Aquele cheiro de calor. Malditos, ardilosos fracos, debatendo-se na areia do deserto. Aquilo era inútil. Por novecentos anos ele fermentou e destilou seu ódio no deserto. Por anos aprendeu cada segredo oculto sob o sol. Por anos escondeu-se, esperou, chorou de ódio durante à noite, quando seu corpo deixava de existir. Quando lembrava-se que só poderia viver, que só poderia tocar, sentir, existir, sob o olhar daquele que o amaldiçoou, sob a permissão de quem o fez o que é.

O grito horrendo de raiva escapou-lhe da garganta. O obelisco caia atrás de sí, pedras pesadas se chocavam contra seu corpo. Tudo doía. Sentia o vazio em seu peito mais latejante do que nunca, mais vazio do que nunca, fragilizado, sensível. Seu temor nunca fora tão grande. Era como se a luz do sol pudesse entrar em seu peito a qualquer momento. Ele não poderia viver com aquilo. Já temera demais. Já sofrera demais. Agora, todos os outros iam sofrer.

O demônio derrubou o que restava da parede do obelisco, desobstruindo sua visão dos garotos. O som dos gigantes ainda enchia o ar,o que devia significar que deviam estar pisoteando os filhinhos da puta neste momento. Mas quando sua visão se acostumou, enfureceu-se novamente. Os Servos-da-areia debatiam-se. Socavam o ar a esmo, chutando a areia e chocando-se um contra o outro,completamente desorientados. Foi fácil encontrar o filho-do-sol por sua aura luminosa; ele estava ali, tocando um instrumento ao lado do garoto-feiticeiro-e-traiçoeiro. Ele o estava dando todo este trabalho. Por anos derrotou homens, mortais, guerreiros, sacerdotes. Semideuses. Mas nenhum deles conseguia fazer tantas aberrações. Olhou para cima por um momento, mais uma vez ofuscado pelos 4 astros no céu e pelas estrelas que dançavam no ar. Ele parecia estar perdido em meio ao cosmos, duplamente oprimido pela luz do sol, a qual lutava a cada movimento pra tapar antes que chegue a seu peito, antes que queime seu frágil interior com seu calor. Não. Não permitiria. Por anos, os segredos do deserto se desenrolaram sob seus olhos. Por anos lapidou, trabalhou, sofreu para tornar aquele corpo amaldiçoado em uma fonte de poder, para transformá-lo em seu instrumento de vingança.

Mas algo estava errado. Mais errado do que o que estava havendo até então. O garoto-sem-brilho estava parecendo absorver a luz do outro, como se esta o fortalecesse, como se o curasse. Impossível. Não, não depois de tanto trabalho. Não permitiria, não seria humilhado assim.

Os garotos viram o monstro surgir atrás dos escombros. Youmu respirava com certa dificuldade. Seu peito arfava e, sob o olhar atento de Enzo, o garoto pôde perceber suas mãos levemente trêmulas, o buraco em seu peito levemente maior.

Ele estava tocando sua música maldita e Nathan, parecia malditamente mais firme. Embora o garoto sentisse as dores em seu corpo amenizarem, as costelas que gritavam em queimação suavizarem, ele ainda sentir aquela sensação de calor e frio. Ele havia conseguido quebrar a perna do gigante com suas balas, e os lobos agora davam conta do que restava dele na areia. Embora parte dos lobos tivessem perecido na chuva de plumas afiadas quatro deles ainda permaneciam de pé.

Enzo ainda tocava sua lira. O garoto viu Youmu levar as mãos aos chifres. Diante dos garotos o monstrofe uma força descomunal enquanto urrava e, então, arrancou os chifres doo crânio. Sangue negro escorreu para a areia em abundância, e o demonio enfiou os chifres que agora se enegreciam, seu brilho morrendo exceto pelas pequenas pedras cravejadas nele, que mantinham uma lve luinosidade.

- Uma veee-zzzz maaa-is vocês verãaao a luzz! Uuuma vez mais, sentirãaaao a areia! Vermes, vocêees morrerão uma vez mais por mim!


Nathan sente uma onda de energia sombria saindo daquele monstro. Enzo, apesar de não ter a mesma sensibilidade mágica do amigo sente sua pele se arrepiar, e a sensação de que sua magia ficava mais fraca no ar. Uma dezena de vozes atormentadas encheu o deserto de ecos. A areia enegreceu em volta de Youmu, criando um campo de pó negro ao seu redor, e logo a aberração se formou: da areia nasceram, cresceram e se ergueram formas difusas. Fantasmas de carne, que urravam de dor enquanto flutuavam a esmo.

Spoiler:

Por onde passavam as criaturas gritavam. Suas bocas devoravam a luz a cada vez que berravam, deixando vãos escuros no ar, onde a luz do sol deixava de existir ante sua passagem aterradora. Pareciam criaturas marinhas, mas nadavam no ar e na areia, entrando e saindo do chão, tingindo de negro tudo o que tocavam .

O riso de Youmu encheu o ar.

- VEEEE-JAAA-AAA-AM... São aqueles que me amaldiçoaram... Aqueles que desejaram-me mal! Aqueles que rogaram ao SOL QUE ME FEEEESSE ASSIMM! Todos, presos a mim! Todos, atados a mim! Caçados um por um, como ratos em uma brincadeira de gatos... HAHAHAHAHA!

Os monstros, que tinham o tamanho de... motos (?) voavam como um cardume maldito, debandado, espalhando-se e consumindo a luz. Aos poucos aproximam-se dos garotos; alguns por baixo da terra, que começa a enegrecer, outros pelo ar, comendo a luminosidade dos astros, engolindo as estrelas invocadas por Enzo.

- Vocês logo se juntarão a eles... Há mais de uuum sé-cuulo não oodeio nin-guém ao pon-to de amaldiçoá-las assim... Mas vocês... Hahahahaha!


Youmu voa. Suas asas se abrem e ele flutua, tapando o sol e lançando sua sombra sobre os garotos que, naquele momento, têm a aterradora visão dos peixes voando enquanto seu senhor macabro os observava do alto; apenas uma figura negra contrastando com os sóis.

#74

Ω Enzo Stark

Ω Enzo Stark
Filho(a) de Apolo
Filho(a) de Apolo

De alguma forma, consegui chegar até Nathan e Martha. Isso me tranquilizou. Consegui ajudar meus amigos de alguma forma enquanto os lacaios da criatura estavam todos estonteados e alguns se destruindo.

O estrondo ao longe mostra que a figura de Youmu, debilitado, ferido e furioso se manifestava. A criatura pragueja novamente e fala que há muito tempo não sente ódio. Que ironia. Como pode uma criatura que destruiu centenas de vidas inocentes para saciar seu próprio desejo de vingança poderia sentir ódio? Se por algum momento tive pena daquela coisa por ter sido castigada por Apolo, ignoro este sentimento. Youmu deveria pagar pelo que fez.

A criatura ruge novamente e pragueja sobre as areias do egito e começa a liberar figuras em formas estranhas, como se estivesse cantando vitória ou contando algum tipo de vantagem.

“VEEEE-JAAA-AAA-AM... São aqueles que me amaldiçoaram... Aqueles que desejaram-me mal! Aqueles que rogaram ao SOL QUE ME FEEEESSE ASSIMM! Todos, presos a mim! Todos, atados a mim! Caçados um por um, como ratos em uma brincadeira de gatos... HAHAHAHAHA!”

- Você é desprezível – Retruco em voz baixa e virando na direção do demônio. – Quer dizer que você não só matou pessoas inocentes mas também as amaldiçoou e as transformou em aberrações que são obrigadas a devorar a luz. A mesma luz para quem clamaram e imploraram que você desaparecesse?

Aperto meu instrumento com força e começo a caminhar lentamente na direção de Youmu e das criatuas que apareceram no meio de todo aquele caos e tormento. Começo a concetrar todos os resquícios de sol e de luz que existem no ambiente em meu próprio corpo formando uma espécie de couraça, como uma [Supernova] se carregando.

- Nathan, obrigado pelo apoio, meu amigo. Mas acho que esse assunto aqui é um pouco pessoal. Você poderia ficar de fora por enquanto?

Havia duas razões para que eu pedisse aquilo para o filho de Hécate. Primeiro o fato de ele precisar descansar. Por mais que a bênção celestial tivesse curado seus ferimentos físicos, eu, como um exímio curandeiro sabia que ele não estava recuperado e em sua plenitude. Segundo. Youmu havia passado de todos os limites que alguém poderia passar, e eu não o perdoaria de forma alguma.

- Nenhum de vocês merece isso – Digo enquanto caminho lentamente contra as criatuas e lembro de todas as cenas horrendas que visualizei ao longo daquela viagem e daquela missão. A figura de um semideus soterrado na areia movediça. As palavras de Martha sobre serem muitos os filhos de Apolo que fracassaram na missão de derrotar o demônio, a alma dos meus irmãos que sorrindo melancolicamente após serem derrotados, depositaram sua força e confiança trazendo um segundo sol para o deserto.

– Se todos vocês foram amaldiçoados por Youmu, eu, em nome de Apolo o deus do Sol, os liberto neste momento de sua prisão sombria e das garras deste ser maligno.

Com minha lira, toco uma suave melodia conhecida como [Canção do Sol], acompanhada da minha [Cura Apolínea]. Meus poderes eram limitados a curar apenas um alvo com essa técnica, mas eu precisava arriscar. Se minhas previsões estiverem corretas, aquelas criaturas corrompidas eram almas de pessoas que um dia clamaram pelo poder da luz, mas que pereceram em suas batalhas contra Youmu ao longo da história. Enquanto toco, faço pela primeira vez em muitos anos uma prece para Apolo. Não por mim, mas por todas aquelas almas de guerreiros, sacerdores, mortais, semideuses e irmãos. Eles mereciam se libertar. Portanto, rogo ao deus do sol, que pelo menos uma vez, deixe que esta melodia se expanda e seja o raio de esperança que todas aquelas pobres almas anseiam, e que todas elas tenham o direito de descansar em paz a partir dali.


Encaro a criatura com um olhar que misturava raiva, seriedade e desprezo. Se minhas estimativas estiverem corretas e minha prece for atendida, todos os fantasmas terão suas almas libertadas e finalmente a oportunidade de descansar em paz o seu sono eterno. O monstro por sua vez teria que lidar com minha presença que absorvia a própria energia solar da Supernova + a luz que voltaria a cobrir o campo de batalha. A canção do Sol também dava o benefício de fortalecer todos os que estavam ao meu redor e enfraquecer inimigos.

Ao final, caso consiga chegar perto de Youmu, explodo a luz da supernova.


Habilidades a Considerar:

#75

λ Nathan Fowl

λ Nathan Fowl
Filho(a) de Hécate
Filho(a) de Hécate
Sinto a melodia angelical de Enzo me reestruturando. Era como se cada nota fosse levada diretamente para onde doía e remendasse. Aos poucos eu sentia vigor percorrendo meu corpo que estava a um passo de ser incinerado. Só não sabia se seria incinerado pela raiva que eu estava sentindo ou pelo uso exaustivo de magia que aquela missão estava me causando, eu não aceitaria ser derrotado, não por aquele demônio chifrudo. Assim como eu, ele tinha seus trunfos.

Sinto que se eu tivesse encontrado esse demônio em outra circunstancia, teríamos dialogado mais. Ele de alguma forma tinha alguma semelhança comigo. Ele trabalhava da mesma forma. O ódio alimentava sua magia. Eu sentia ódio quando aqueles que amo estavam em perigo. Ele já era diferente, um ser como aquele era incapaz de sentir amor.

Um gatilho se passou na minha mente. Eu estava sendo movido pelo amor também, não apenas raiva. Isso talvez fosse uma vantagem, ou não. Sou pego de surpresa quando a energia do ambiente muda e o ar parece falhar em meus pulmões. Sinto uma energia moribunda, como aquela das almas em sofrimento no mundo inferior. Logo minha visão foi tomada por criaturas horrendas comedoras de luz solar? Mas que diabos?

Eu não sabia que nível de poder contra a gente aquelas criaturas teriam. Então eu teria que tentar nos proteger. Aparentemente o demônio, agora sem chifres as estava controlando. Eu tinha que tentar isso. De alguma forma eu sabia que teria que nos proteger.

-Kelly e Pixie nos protejam. Escudo e chicotadas se for necessário

Em seguida respiro fundo. Olho para Enzo. Eu havia prometido que o levaria para casa em segurança, mas após ver aquelas almas sofrendo sem poderem ir para o pós vida, eu sabia que tinha mais seres necessitando de ajuda.

Por isso, utilizo meu poder sobre minha voz. Eles estavam amaldiçoados pela eternidade. Aquilo não era justo, Apolo estava se mostrando cada vez mais egoísta. Meu estomago revira de nojo novamente. Eu não permitiria aquilo. Com a voz o mais firme que posso, recito alto, com fé em minha mãe que isso iria funcionar, fito as luas esperando que algo aconteça. Eu sou Nathan, eu consigo fazer isso;

-
Oh Hécate deusa do véu de névoa;

Eu teu filho oro pra ti e vogo por tuas graças novamente;

Dessa vez não é para uso pessoal;

Oh minha senhora do inferno, almas injustiçadas aqui jazem em agonia;

Obrigadas a se levantarem e a engolir a luz do dia;

Liberte-os e com tuas tochas ilumine o caminho para o mundo inferior;

Para que tenham o julgamento adequado e desencarnem totalmente.


Dou uma pausa rápida. Não sabia se aquilo funcionaria, mas eu era filho da dama infernal. Eu não podia deixar tal injustiça acontecer, e prossigo com minha voz ainda embebida em magia, mas dessa vez eu não falo com as divindades e sim com os atormentados.

-Parem! Lutem contra isso! Me ajudem agora e eu os libertarei. Eu sou Nathan. Filho das duas luas, filho daquela que é temida no inferno. EU OS LIBERTAREI!

Considerar:


CONSIDERAR


Pixie é um espírito da natureza que irá ajudar seu companheiro em suas missões. Elá poderá atacar o alvo que seu dono atacar com dano de ataque que será igual a 1/4 do WIS. Ou, com o comando do semideus, proteger alguém de danos físicos com uma barreira mágica igual a 1/2 do WIS. Se a barreira não for utilizada em 2 rodadas depois de ativada ela sumirá. A barreira entrará em espera durante 4 rodadas após de ser consumida ou não utilizada.

Pixie não é um mascote apesar de se parecer com um, e então não ocupa o lugar de um. É semi-imortal e viverá enquanto seu dono viver. Nathan pode se comunicar com ela, mas ela não pode se afastar dele se não for pra proteger outra pessoa.



Cajado: Madeira prateada, potencializa os poderes de Hécate e Luna.



¹ Concede 25% de bônus em magias de ataque dos feiticeiros. ²Restaura 20 de energia após utilizar 5 habilidades. (3/5)

Nível 8 - Alento da Encruzilhada: Sendo filho da deusa das encruzilhadas e dos caminhos, os filhos de hecate terão sempre uma melhor noção de qual caminho tomar em situações de difíceis escolhas.(+ 13 INT)



Nível 12 – Reserva de Energia Aprimorada [Intermediário]: Agora os feiticeiros são extremamente versados do consumo e produção de energia. Seus corpos as produzem com maior facilidade, gerando 12 de Energia por rodada, 25 à noite



Nível 13 – Regeneração Gradual de Energia II: Agora os filhos de Hécate recuperam 10 pontos de Energia por rodada.



Nível 16 – Perícia Mágica [Avançada]: Agora você é um mago experiente e um feiticeiro conhecedor das artes mágicas, conseguindo dominar as magias de diferentes áreas com facilidade. Consegue disparar magias com velocidade e poder, e precisão impecáveis.

#76

Hades

Hades
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
A risada do demônio ecoa no ar, cada vez mais longe enquanto as mentes dos garotos se afasta levemente daquele lugar. Diante de seus olhos se desenrolava o que provavelmente era a cena mais horripilante que já tinham visto em suas vidas. Fantasmas sofrendo em carne morta e deformada flutuavam pelo ar. Seus olhos abriam-se; opacos como janelas para outro mundo. Um outro mundo de pura dor e sofrimento, que existia apenas dentro de suas mentes, de suas almas amaldiçoadas. Seus sofrimento era tamanho que transbordava de seu corpo, ecoando até os semideuses, que sentem sua pele formigar, suas entranhas revirarem-se em dor, sua consciência esmigalhar-se em nada além da sensação de ser queimado. Queimado por aquela luz; Aquela luz bendita, aquela luz maldita. Aquela luz a que recorreram para livrar-se de um demônio, luz que agora queimava sua pele fina, luz que fazia ferver suas vísceras deformadas que coziam em sangue dentro de si. A única coisa que lhes era cabível para escapar de seu sofrimento era devorar aquela luz. Mordiam-na, consumiam-na, queimavam-na em sí na esperança de um dia alcançar o sol e desfiá-lo nos dentes. Devorá-lo para que nunca mais brilhasse aquela luz insuportável.

Mas aos poucos, até mesmo aqueles gritos ficaram mudos aos ouvidos daqueles dois semideuses. Dois jovens, duas crianças em um mundo tão vasto. Cada um em seus pensamentos, cada um em sua oração. Cada um motivado pelos seus próprios sentimentos, pelos próprios corações. Amor e ódio. A piedade e a justiça. A responsabilidade e o voto de fé mútuo.

Os fantasmas aproximavam-se cada vez mais. Suas preces chegaram ao fim. Youmu ainda ria. A areia do deserto inda se enegrecia.

- ONDE ESTÁAAAA O SEEEE-UU DEEE-USSSSS SOLL AGORA, SEEEEMIDEUS!?

A voz do demônio cortou o silêncio daquele momento, enquanto as sombras dos fantasmas amaldiçoados enegreceram o brilho dos astros, cercando os garotos.

Então... Escuridão. O crepúsculo claro como o dia virou noite. Uma noite escura, sem luas ou estrelas. Uma noite profunda como o ódio e inexorável como o amor que queimavam naquele deserto. Os morais ao longe certamente estariam vendo um belíssimo show no céu daquela noite, perguntando-se que eventos inexplicáveis estariam ocorrendo para deixar a própria natureza confusa.

O ódio de Youmu desfiou-se no ar. O que exalava agora era medo. Medo, surpresa, solidão. Os gritos das almas cessaram. Nem mesmo Nathan estava enxergando nada naquele breu absoluto. Até que uma luz se acende na escuridão. Aos poucos, os raios dourados de luz tímida ganharam força. Enzo brilhava, como se dentro de sí nascesse um sol naquela escuridão. Aos poucos seu brilho cresceu e iluminou as dunas, alcançou os fantasmas, alcançou Youmu. As almas começaram a sussurrar. Algumas voltaram a comer a luz, desesperadas, apavoradas de voltar a sentir aquela dor de novo. Mas por mais que chegasse a seus olhos vazios, a luz não as queimou. A luz era aconchegante; contrastava gostosamente, calorosamente, agradavelmente contra o frio que caiu com aquela noite absoluta. Aos poucos, curiosas, envolvidas pela primeira sensação além de dor e vazio que sentiam em nove séculos, as almas aproximaram-se daquele sol que brilhava em meio à escuridão.

Quando enzo tocou sua primeira nota, uma ondulação dourada percorreu os feixes de luz. Como uma onda no ar, os fantasmas foram engolfados pela luz; seus corpos começando a rachar, como se sua couraça, como se sua forma maldita fosse purificada, arrancada pela luz. Aos poucos aqueles corpos malditos se desfizeram no ar, a areia voltou à sua cor habitual, e a única coisa que restou dos fantasmas foram os espectros humanos das almas livres de seus corpos já mortos. Todas olhavam para enzo e em seus rostos, apenas surpresa e admiração incabíveis podiam ser vistas.

E assim, os garotos focaram seu olhar em Youmu. O demônio estava arqueado no chão. Sua boca escancarada em um berro mudo, preso na garganta, enquanto ele se contorcia, enquanto sua pele ameaçava se desfazer também. A escuridão em seu peito latejava. A ondulação de luz havia penetrado por seu coração, atingindo-o diretamente por dentro. Não o suficiente para matá-lo, mas o suficiente para fazê-lo lembrar o que era dor. O suficiente para fazê-los queimar como queimavam aqueles que amaldiçoou; o suficiente para fazer suas entranhas se contorcerem e seu sangue ferver.

- OOOO-OOOOOOOH" OOOOAAAAAAAAHHHH - Finalmente, irrompeu o grito. Dor, ódio, medo. Seria impossível dizer o que predominava. Os olhos de Youmu queimaram contra enzo enquanto ele rastejava, batendo debilmente suas asas. A luz do garoto agredia-o. Agredia seus olhos, agredia seu interior. Ele tinha de ser morto. tinha de ser morto! Ele tinha de desparecer, aquela luz tinha de se apagar! Ele poderia suprotar um Sol no céu. Mas não u na própria Terra.

Youmu lança-se pra frente, planando como consegue em suas asas que parecem fragilizadas, despedaçadas. Ele avança contra Enzo descontrolado, desorientado. Os urros que escapam de sua garganta juram mortes, mas nada que os semideuses possam compreender. Enzo sente como se cada passo do monstro fosse em câmera lenta. Podia ver seus olhos cheios de medo e podia ver seu peito exposto. As sombras girando ali dentro, contorcendo-se por contato com a luz. Temendo, tentando esconder-se em si mesma para fugir daquela bendita maldição. Naquela noite mística e sem estrelas, o demônio que reinou no deserto lança-se contra o garoto sol com todas as suas ultimas forças, tendo como testemunhas de seu desespero apenas as almas dos que odiou.

#77

λ Nathan Fowl

λ Nathan Fowl
Filho(a) de Hécate
Filho(a) de Hécate
As criaturas seguiam, minha oração não surtira efeito. Praguejo em grego antigo. Eu não conseguiria nos ajudar nem acabar com o sofrimento das pobres almas moribundas do deserto. A ideia de simplesmente deixar a escuridão nos consumir passa rapidamente pela minha cabeça. Os gritos de tormento das criaturas estavam perto demais. Eu podia sentir a dor delas, eu podia sentir, calor?

Eu estava aliviado com a cena que eu assistia. Enzo com seu tato e dons musicais libertou as almas da dor, uma a uma os espectros humanos iam surgindo pelas dunas do deserto. Passei a sentir meu coração aquecido. Orgulho, alívio e magia, um misto de sensações bondosas me transbordou. Orgulhoso de ver meu amigo tão forte, ele evoluiu tanto... Aliviado em ver o sofrimento das pobres almas cessar e a magia de sua canção fluindo no ar.

Eu estava radiante. Enzo me encheu de esperanças. Podíamos de fato vencer. Ele iria completar a missão. Ele seria o filho de Apolo a colocar um fim nesse ciclo vicioso. Ele libertaria a alma de seus irmãos. Poderiam ir para os Elísios. Nenhum semideus morreria ali no deserto. Sim, eu acreditava na capacidade do meu melhor amigo.

Assistir o monstro em agonia aumentou minhas esperanças. A luz de Enzo o afetou de alguma forma. Esboço um sorriso e dou uma risada silenciosa. Eu sabia que eu tinha que aproveitar a deixa e tentar enfraquecê-lo ainda mais. Vamos Enzo, vamos terminar com isso.

Aproveito que o demônio está focado em Enzo e conjuro um pentagrama nele. Dessa vez ele não escaparia. Eu ajudaria a enfraquecê-lo. Essa era a chance de Enzo terminar aquilo que fora designado a ele. Da mesma forma que a profecia veio, ela iria. Sem mais profecias no deserto.

Meu sorriso se fecha ao ver meu feixe de luz indo na direção da criatura. Havia conjurado mais uma vez meu ataque luminoso contra aquele ser. No lugar do sorriso, meus dentes mordiam meus lábios fortemente enquanto minha habilidade era projetada na direção da criatura. Não me importava mais na sensação dormente ou em nada. Eu estava tão perto de ter Enzo a salvo. Um passo de cumprir minha promessa e levar meu cunhado de volta em segurança.



Considerar:



CONSIDERAR


Pixie é um espírito da natureza que irá ajudar seu companheiro em suas missões. Elá poderá atacar o alvo que seu dono atacar com dano de ataque que será igual a 1/4 do WIS. Ou, com o comando do semideus, proteger alguém de danos físicos com uma barreira mágica igual a 1/2 do WIS. Se a barreira não for utilizada em 2 rodadas depois de ativada ela sumirá. A barreira entrará em espera durante 4 rodadas após de ser consumida ou não utilizada.

Pixie não é um mascote apesar de se parecer com um, e então não ocupa o lugar de um. É semi-imortal e viverá enquanto seu dono viver. Nathan pode se comunicar com ela, mas ela não pode se afastar dele se não for pra proteger outra pessoa.



Cajado: Madeira prateada, potencializa os poderes de Hécate e Luna.



¹ Concede 25% de bônus em magias de ataque dos feiticeiros. ²Restaura 20 de energia após utilizar 5 habilidades. (3/5)

Nível 8 - Alento da Encruzilhada: Sendo filho da deusa das encruzilhadas e dos caminhos, os filhos de hecate terão sempre uma melhor noção de qual caminho tomar em situações de difíceis escolhas.(+ 13 INT)



Nível 12 – Reserva de Energia Aprimorada [Intermediário]: Agora os feiticeiros são extremamente versados do consumo e produção de energia. Seus corpos as produzem com maior facilidade, gerando 12 de Energia por rodada, 25 à noite



Nível 13 – Regeneração Gradual de Energia II: Agora os filhos de Hécate recuperam 10 pontos de Energia por rodada.



Nível 16 – Perícia Mágica [Avançada]: Agora você é um mago experiente e um feiticeiro conhecedor das artes mágicas, conseguindo dominar as magias de diferentes áreas com facilidade. Consegue disparar magias com velocidade e poder, e precisão impecáveis.

#78

Ω Enzo Stark

Ω Enzo Stark
Filho(a) de Apolo
Filho(a) de Apolo

À medida que eu caminhava na escuridão do deserto invocada por Youmu, eu sentia que, diferente de todas as outras vezes, o sol parecia estar comigo. Mas não como um simples astro no céu que potencializa minhas habilidades, mas como alguém que estava comigo e ao meu lado. Era uma sensação estranha, pois era a primeira vez que eu sentia aquele tipo de calor específico, e eu não sabia se poderia ser uma resposta à minha prece ou se meus falecidos irmãos estavam caminhando comigo como haviam me dito.

O fato é que os inúmeros feixes luminosos que eram originados por minha lira à medida que eu tocava, fazia com que as almas corrompidas e amaldiçoadas tivessem finalmente sua libertação. A cada passo que eu dava em direção a Youmu, a alegria e o alívio de ter libertado tantas pessoas de um tormento de séculos parecia me preencher e me fortalecer cada vez mais. Mentalmente agradeço a todos que de alguma forma colaboraram para isso. Martha, Nathan, Meus preciosos irmãos, Hera e também Apolo, meu pai.

Reconheço que tocar lira sempre foi meu hobbie e porto seguro para desafogar minhas angústias pessoais desde criança, quando ainda era um indefinido que morava em um abrigo de órfãos e assolado por monstros. Acho que pela primeira vez na vida eu sentia que a minha música não afetava apenas aqueles que estavam ao meu redor, ela também me fortalecia, me revigorava, me animava e principalmente, fazia com que aos poucos, todo e qualquer sentimento ruim que eu tinha sobre a vida de um semideus, sobre as provações e caprichos que deuses nos obrigam a atender e agora, sobre a vida do demônio que estava ali, na minha frente, desaparecesse.

À medida que Youmu se aproximava, como se estivesse em câmera lenta, eu lembro das palavras da alma de meu irmão que conheci dentro da pirâmide e das imagens gravadas nas paredes que contavam a história do autoproclamado rei do egito:

Há muito tempo, nestas terras desérticas, sob este céu eternamente azul,
reinava um homem que não era mortal, e tampouco deus...
Descendente dos antigos sacerdotes, herdeiro de uma linhagem divina,
seus poderes se expressaram aos 16, e despertaram por completo aos 30.
Ele foi caçado em sua infância, por sua aparência em destonância,
e por décadas fermentou sua vingança; O rei matou e o reino tomou,
e a si mesmo imperador do deserto proclamou.
Desesperados e acuados, aos deuses do deserto os sacerdotes rogaram,
por cem dias de sol oraram sem comer e sem beber, e por fim, com seu sangue o deserto mancharam.
O homem que nem deus nem mortal era então, foi amaldiçoado.

Respiro fundo quando finalmente a ficha novamente cai para mim. Youmu, em meu entendimento, era um de nós. Uma pessoa com uma linhagem semidivina que, incompreendido, perdeu tudo o que possuía e por isso, amaldiçoou a si próprio e aqueles que estavam ao seu redor. A consequência com o passar dos séculos foi que ele se tornasse uma criatura amargurada e sombria, completamente oposta a tudo o que alguém como eu poderia ser. Tais sentimentos fazem com que meus olhos cuja visão é aguçada ficassem marejados. Será que um dia ele foi um humano falho como todos nós somos? Será que o que essa criatura é hoje, é fruto de escolhas erradas e consequência de atos impulsionados por sentimentos autodestrutivos? Isso eu certamente não saberia responder, mas havia algo que eu poderia fazer, naquele momento, colocando um ponto final naquela historia. Por mim, por meus irmãos, por meu pai e por todos.

Quando vejo que a criatura avança em minha direção completamente débil faço um segundo pedido prevendo o fim eminente daquele combate. Eu estava carregado de energia solar e o monstro parecia estar em uma tentativa desesperada de agarrar-se à pouca vida que lhe restava.

- Eu espero honestamente que você se arrependa de tudo o que fez e que sua alma seja purificada e salva. Espero ansiosamente pelo dia em que nos encontraremos novamente, não como inimigos, mas como aliados. Rei do deserto, permita que este filho de Apolo lhe conduza para o descanso e repouso que toda e qualquer alma merece, e que a luz do nosso astro-rei seja o guia que lhe concederá a paz.

Ao me aproximar de Youmu, descarrego o poder da [Supernova], acreditando e desejando do fundo da minha alma que aquela criatura também possa ser salva ao final disso tudo, e entrego seu destino nas mãos dos deuses.


Habilidades a Considerar:

#79

Hades

Hades
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
Youmu voava. Embora não sentisse suas asas, ainda as batia com toda a força que conseguia reunir. Movido pelo ódio. Pelo medo, pela vingança. Pelo desespero de perder tudo - tudo o que já tinha perdido, tudo o que havia retomado. A visão das almas ao seu redor o enchiam com um sentimento tão horrendo que ele não conseguiria classificá-lo mesmo se tentasse. Seria raiva? Seria rancor? Desprezo? Pavor? Ele jamais havia sentido aquilo. Jamais havia imaginado sequer que se podia sentir algo como aquilo...

Olhou para o garoto que brilhava como o sol. Seus olhos queimavam contra ele, sua pele formigava, seu peito ardia em ondas de dor tamanhas que faziam todo o seu corpo tremer. Mas ele não poderia parar. Ele não poderia... Preferia morrer a passar mais um dia na escuridão. Aquele desespero já havia perdurado demais, já havia tomado-lhe tempo demais. Durante doze horas existir, e por doze horas apenas odiar. Apenas esperar pelas 12 horas seguintes. Não queria mais aquilo. Não aguentava mais aquilo. Todas as noites eram como a anterior, e como a seguinte: um vazio impreenchível de rancor. Sabia que jamais se habituaria, que jamais se curaria, que jamais se conformaria.

A luz irrompeu do semideus. Como uma erupção solar diante de seus olhos. O calor o envolveu, o penetrou, o aqueceu de dentro pra fora. Aos poucos, não sentia mais nada. O olhar no rosto do garoto não era de raiva. Não era de desprezo. Aquele, que ele tanto odiava, sequer chegava a sentir o mesmo por ele. No rosto do garoto o que viu foi pena. Pela primeira vez, em novecentos anos de sua existência, alguém parecia apiedar-se dele, e não odiá-lo. Saberia aquela criança quantos ele matou? Saberia aquela criança por que ele era o que era? Jamais entenderia, jamais compreenderia. Mas ali estava; Iluminando-o com o sol por uma ultima vez em sua vida.

As cinzas que sobraram de Youmu foram levadas pelo vento. Desapareceram na noite longe do brilho daquele Sol que emanava de Enzo. Para além da noite trazida pelas orações do filho das Luas. Aos poucos, o brilho do semideus se abrandou, sua luz dourada emanando de seu corpo com timidez mais uma vez. Enzo olhou para as almas diante de sí, que ainda olhavam em dua direção com um sorriso bobo no rosto. O garoto acompanhou seus olhares até perceber que estranha mente, olhavam para trás dele, e não pra ele próprio. Quando se virou, Enzo também não pode deixar de sorrir. Uma vez mais, dois astros brilhavam no deserto; desta vez, na areia. Enzo, um sol dourado. Nathan, envolto por um halo de luz prateada como a lua, que parecia captar o brilho do filho de Apolo e convertê-lo em sua própria luz, que aos poucos ficava mais forte.

Os espíritos se aproximaram lentamente do filho das Luas, postando-se à sua volta, olhando-o como quem aguarda as instruções de o que fazer agora, de como prosseguir agora. O garoto sentia aquele calor dentro de si esmaecer aos poucos, como se ele próprio estivesse alimentando suas forças. Como se ele próprio fosse a lua de onde tira seus poderes. Iluminadas pelos dois astros, as almas circulam aquela lua, sentindo seu brilho pela primeira vez em tanto tempo que não conseguiriam contar.

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