Acordo me sentindo uma rock star, mas não levanto de óculos, vestido e muito menos all star. A minha pele formigavam como se tivesse voltado a pé da escola até em casa, o que daria facilmente umas quatro horas de caminhada. Me levanto sentindo o asfalto quente e fico confusa com a turbulência de pessoas ao meu redor... aquele realmente não era o chalé de Dionísio e muito menos algum lugar dos estados unidos Alguém esbarra no meu corpo e eu escuto uma palavra em minha lingua nativa, uma euforia cresce dentro de meu ser só de ouvir aquela pequena palavra e observando a multidão, percebo a placa. 25 de março????

Meu coração começa a bater mais forte, eu conhecia aquelas ruas desde que me entendia por gente. É claro que isso envolvia desde os meus onze anos, pois foi quando minhas irmãs começaram a me levar para fazer compras naquele mar de gente e produtos baratos. Estava realmente perto de casa... estava no Brasil. Era como se eu fosse explodir de felicidade, até ver que segurava um celular. Eu nem tinha celular, que diabos estava fazendo ali com aquele aparelho? Eu começo a ler a tela brilhante, vidrada e sedenta por informações sobre aquela situação muito misteriosa... mas mãos ágeis roubam o fruto de esperança que eu segurava. Eu olho o pivete correr com o aparelho que até poucos segundos atrás eu nem sabia da existência, mas ao terminar de ler, sentia como se fosse algo vital para minha própria paz. Então, antes de correr eu coloco minha mochila virada para frente pra que ninguém roube meus preciosos equipamentos e depois, faço o que qualquer brasileiro faria, saio correndo atrás do 157. Eu sabia como as ruas da 25 funcionavam. Ali, você não pedia licença e esperava a pessoa abrir espaço, você fazia a pessoa sair da frente. Disparo entre as pessoas, empurrando e falando "Cença moça, moço, desculpa, cença, xô passar, to cum pressa! Minha mãe!!!" Sabia que as pessoas ouvindo isso não se importariam tanto e faço o necessário para não perder o garoto de vista.

Equipamentos:

Chego num beco que parecia a arena do acampamento grego onde eu aparentemente morava, ou sei lá, como decidir o seu lar se em um momento está no Brasil, depois nos eua e agora em Sampa novamente? Então, no final eu vejo o responsável pelo furto... um anão? não pode ser! Ele era velho, mas corria como um jovem e tinha uma espada. Eu saco meu sabre, avaliando a pequena criatura.

- Sua mãe não te deu educação não?! - Eu falo olhando-o, plenissima por dentro. - Velho desse jeito fica roubando as crianças. Tisc tisc, cai pra dentro!

Eu começo a avançar, mas fico atenta a sua reação, não sabia se ele iria fugir ou querer lutar, mas de qualquer maneira me preparo para um combate ou uma corrida árdua novamente. Eu precisava daquele celular... e iria pegá-lo na marra