- Você não precisa me amarrar, não é como se eu também não quisesse matar o demônio. - Digo, olhando para ele com as minhas sobrancelhas estreitas.
Quando ele sai, eu tento desgastar as cordas de alguma forma, seja pegando a minha espada, passando as minhas costas no tronco de uma arvore para desgastar a corda, qualquer forma que torne mais fácil de eu romper a corda. Quando ele chega, falo mais uma vez que seria mais fácil se ele me soltasse.
Durante o caminho, cochilo apenas se estiver muito cansado, tinha receio de dormir, o demônio aparecer e matar o garoto, por mais que eu duvide da facilidade disso. Também aproveito para observar o ambiente e ver se tinha algum sinal de que outras pessoas moravam por perto, ou até alguém andando por lá, os sons dos animais, do vento sob as folhas das arvores e a água dos riachos, me atentava a tudo isso já que não podia fazer nada perto do garoto. Tento usar a minha força para me livrar da corda, também para testar os limites de meu corpo, o qual eu já vi que não é o melhor nesse mundo, mas tenho certeza que ainda assim possuo um grande potencial.
Enquanto observo o ambiente, percebo que estamos perto de um lugar de meu sonho. Sabia que ficaria em apuros por lá, mas a minha vontade de ver o demônio morto é muito maior do que meu medo.
- Eu reconheço esse lugar, é parecido com o que eu estava correndo em meu sonho. Tome cuidado, pois ele é cheio de armadilhas. - Digo enquanto observo o ambiente, vendo se há alguma armadilha por perto, prestando atenção na luz, se algo estranho fazia ela ser refletida, como linhas. Caso ainda esteja amarrado, digo - Seria melhor se você me soltasse, eu vou me manter perto. Preciso ter pelo menos a mínima capacidade de me defender.