Ouço a deusa me perguntando se tinha sido uma escolha sábia, mesmo. Suas instruções eram claras e simples... Mas eu conseguiria? Esperava que ela cumprisse com a parte dela.

Aguardo até que a realidade mude ao redor para eu voltar para onde estava e começo a correr imediatamente para a direita assim que retomar meu corpo. Tento mais do que nunca ignorar a dor no braço, e corro até a segunda porta fechando-a atrás de mim e trancando-a.

- Vamos, vamos - digo para meus sapatos enquanto analizo o lugar ao redor, vendo que tipo de cômodo era e se tinha algo que pudesse me ajudar contra as criaturas ou se tinha uma rota de fuga para algum outro corredor, etc.

No mais, se eu estiver isolado e os monstros baterem na porta, enfio a espada perfurando na altura do peito através da madeira para tentar atingir algum monstro lá fora, e puxo a lamina em seguida. Fico pronto pra cortar o primeiro que passar, mas se parecer seguro por alguns instantes aproveito para pegar uma poção de cura Heroica e beber metade dela, depsejandoa outra metade sobre o ferimento pra adiantar meu lado e tentar estacar o sangramento mais rapidamente.

Se houver um corredor eu corro e me posiciono nele. Caso minhas botas façam mesmo o que a Vaca havia dito que faria, eu dou meu melhor para pegar um pouco de distância no corredor, ficando uns 3 metros à frente e quando o primeiro Rakshasa aparecer, avanço de um bote perfurando-o no peito, usando o impulso da bota alada para isso. Dou meu melhor para me equilibrar usando aquela coisa, torcendo pra não ficar girando no ar.

No mais, tento usar minha espada pra me proteger e se houver algo no lugar, como alcool em gel, folhas, etc, pego com a mão livre e uso pra jogar na cara dos atacantes pra atrapalhá-los.

Agarro a espada com ambas as mãos e brando-a na diagonal para decapitar o Rakshadsa, percebendo que teria de agir sem hesitar, sem pensar muito, se quisesse ter uma chance de acompanharas botas.

Que merda é essa? Geralemnte a gente usa os calçados, e não o contrário. Mas não poderia reclamar, até então Hera estava fazendo a parte dela melhor do que eu poderia pedir. Com a espada segura em ambas as mãos tento manter a firmeza para atacar usando a força dos braços e do tronco pra manter o equilíbrio e ainda conseguir segurar a espada pra balançá-la no ângulo correto para atacar ou me defender. Apesar do coração batendo forte no peito, tinha uma sensação engraçada de excitação agora. A pausa para conversar com Hera tinha ajudado a me acalmar e afastar da mente o sentimento de morte. Ao menos, da minha morte. Agora que a opção de matar todos era uma coisa viável, meme via atraído pela ideia de cortá-los com uma espada.

Fico esperto pra me equilibrar e deixar as botas trabalharem. Já que era assim, iria apenas reagir às reações da bota; se me empurrase para a frente, atacaria. Se me puxasse para trás, retesaria o corpo pra ficar firme. Se me girasse, iria tentar me adaptar para reagir corretamente e assim por diante.