Guerra é fácil.
Haja luz. E houve guerra. Luz contra escuridão. E então seres rastejantes que competiam contra os que eram parecido consigo somente para tomar um posto mais elevado na cadeia alimentar. E filhotes desses seres, separados por milhões de anos, conseguiam ficar de pé sobre duas patas. Primeiro utilizavam o próprio corpo. Seus punhos, dentes, pernas. E então um osso, uma pedra, um galho. E o seu colega de tribo que o irritara estava morto.
E eles nunca mais pararam.
Adagas. Lanças. Espadas. Canhões. Mosquetes. Bombas. Revólveres. Rifles. Armas Nucleares.
Palavras.
Guerra é fácil. Hannah Arendt defendia que a violência não era natural e só se manifestava quando a autoridade falhava. Mas alguém como Nora sabia que a violência era intrínseca em todo e cada um dos seres humanos. Era por isso que ela, com quinze anos, era uma atiradora de elite. Era por isso que variações da mesma fé lutavam milenarmente por pouca coisa. Ou quase nada.
Radma Al-Rashid era uma mulher respeitada. Talvez não respeitada o suficiente para ser colocada a um posto de comando, mas ela também não gostaria disso. Sabia que pertencia ao campo de batalha. Com a adrenalina correndo em suas veias como gasolina. E uma simples faísca traria o maior incêndio que eles já viram.
Nada disso importava.
Pois o Estado Islâmico batia, como bárbaros aos portões de Roma.
Talvez seja o fim.
Talvez seja o fim de toda Síria.
Talvez seja o fim do oriente médio.
Talvez.
E todos esses talvezes fazia Radma temer pelo seu único tesouro em toda Terra. Sua filha.
Era por isso que Nora foi chamada pelo alto comando da resistência. E ele tinha uma missão especial para ela. "Você deverá ir atrás das linhas inimigas, Nora", um homem com uma barba longa e pontiaguda instruiu, "E retornar quando tiver informações relevantes".
A jovem Al-Rashid não precisava de muito para saber que aquilo era mentira. Tudo o que ela podia se perguntar era o tipo de coisa que a sua mãe teve que se sujeitar para conseguir isso. Um passaporte e documentos falsos foram dados para ela, juntamente com passagens de avião para Israel.
Foi praticamente enxotada da sala, e, no corredor, pôde enxergar a sua mãe. Seus olhos tinham lágrimas e o nariz estava vermelho, de chorar.
Porque a guerra é fácil.
Mas o amor...
Amor é difícil.
Haja luz. E houve guerra. Luz contra escuridão. E então seres rastejantes que competiam contra os que eram parecido consigo somente para tomar um posto mais elevado na cadeia alimentar. E filhotes desses seres, separados por milhões de anos, conseguiam ficar de pé sobre duas patas. Primeiro utilizavam o próprio corpo. Seus punhos, dentes, pernas. E então um osso, uma pedra, um galho. E o seu colega de tribo que o irritara estava morto.
E eles nunca mais pararam.
Adagas. Lanças. Espadas. Canhões. Mosquetes. Bombas. Revólveres. Rifles. Armas Nucleares.
Palavras.
Guerra é fácil. Hannah Arendt defendia que a violência não era natural e só se manifestava quando a autoridade falhava. Mas alguém como Nora sabia que a violência era intrínseca em todo e cada um dos seres humanos. Era por isso que ela, com quinze anos, era uma atiradora de elite. Era por isso que variações da mesma fé lutavam milenarmente por pouca coisa. Ou quase nada.
Radma Al-Rashid era uma mulher respeitada. Talvez não respeitada o suficiente para ser colocada a um posto de comando, mas ela também não gostaria disso. Sabia que pertencia ao campo de batalha. Com a adrenalina correndo em suas veias como gasolina. E uma simples faísca traria o maior incêndio que eles já viram.
Nada disso importava.
Pois o Estado Islâmico batia, como bárbaros aos portões de Roma.
Talvez seja o fim.
Talvez seja o fim de toda Síria.
Talvez seja o fim do oriente médio.
Talvez.
E todos esses talvezes fazia Radma temer pelo seu único tesouro em toda Terra. Sua filha.
Era por isso que Nora foi chamada pelo alto comando da resistência. E ele tinha uma missão especial para ela. "Você deverá ir atrás das linhas inimigas, Nora", um homem com uma barba longa e pontiaguda instruiu, "E retornar quando tiver informações relevantes".
A jovem Al-Rashid não precisava de muito para saber que aquilo era mentira. Tudo o que ela podia se perguntar era o tipo de coisa que a sua mãe teve que se sujeitar para conseguir isso. Um passaporte e documentos falsos foram dados para ela, juntamente com passagens de avião para Israel.
Foi praticamente enxotada da sala, e, no corredor, pôde enxergar a sua mãe. Seus olhos tinham lágrimas e o nariz estava vermelho, de chorar.
Porque a guerra é fácil.
Mas o amor...
Amor é difícil.
Última edição por Zeus em 11/01/16, 08:23 pm, editado 1 vez(es)