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We Can Be Heroes - Página 6 Empty Re: We Can Be Heroes

por Zeus 28/01/16, 12:41 pm

Zeus

Zeus
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano

Ela só quer ir para casa.

Era difícil ser mulher no seu mundo. Em qualquer um dos mundos. As mulheres não nasciam valorizadas. Não pareciam herdeiras naturais perante à natureza. Ou era esse somente a visão machista da humanidade perante ao mundo? Não importa.

O que importa era que ser mulher significava ter de superar a si mesma todos os dias. Todas as coisas que faziam os homens rir. Como caminhar com sapatos bonitos e desconfortáveis. Sangrar todo mês. Cólicas infernais. Ter de demorar tanto tempo ao usar o banheiro. Carregar, no ventre, a mais sincera manifestação de vida.

E talvez o mundo inteiro não saiba muito sobre as mulheres, e nem elas sobre si mesmas.

Mas sabem que é importante na vida, não necessariamente ser forte. Mas sentir-se forte. Se avaliar uma vez na vida. Se encontrar, pelo menos uma vez, na mais antiga condição humana. Encarando a cegueira, ficando surdo. Com nada mais para te ajudar além de suas mãos e a própria cabeça.

E Nora havia vencido tudo isso.

E se sentia bonita.

Bonita aos olhos do Criador. Bonita aos olhos daquela mulher, que sequer conhecia o nome, mas que já parecia ser mais grata a ela do que qualquer palavra poderia exprimir.

E Nora Al-Rashid não precisou de um homem para isso.

-

O nome dela era Elisheva.

Ou Elizabeth, em inglês. Assim que entraram à casa modesta do subúrbio, Nora sentiu-se leve. Leve como se sentia quando sua mãe cantava para ela, ou lia o livro sagrado. Leve como quando o filho de Elisheva, Abdullah, falou com ela. Leve como quando o seu próprio pai tocou-a com a ponta de seus dedos, em forma de raios solares.

A mulher mostrou-lhe o quarto do filho.

-
Ele disse-me que esperávamos visita. Por isso, preparou tudo.

E, de fato, preparou. O lugar era, quase que exatamente, como o que Nora dormia, na Síria. Só faltavam as armas, o cheiro de suor pela quantidade enorme de pessoas, e a sua mãe. Mas, assim que colocou os pés dentro dos limites do quarto, sentiu-se em casa.

-
Talvez eu possa ajudar. Mas amanhã. Descanse, ok? Preciso telefonar.

#51

We Can Be Heroes - Página 6 Empty Re: We Can Be Heroes

por Nora Al-Rashid 28/01/16, 07:00 pm

Nora Al-Rashid

Nora Al-Rashid
Filho(a) de Febo
Filho(a) de Febo
Quando eu estava no deserto lutando pelos rebeldes, eu não podia pensar que nada daquilo ia acontecer. Era impressionante como minha vida toda havia girado de cabeça pra baixo tantas vezes em tão pouco tempo. Tudo havia mudado 100% em uma velocidade incrível, e mudar totalmente a vida de uma militar com dezesseis anos não era algo fácil.

Mas agora eu estava ali.

Na casa de uma mulher que meu povo odiava, e que eu mesmo teria aversão a algum tempo atrás. Mas nesse momento eu não me sentia mal por isso, pelo contrario, eu sorria. Pela primeira vez entendia que a religião não define se devo ou não gostar de alguém, se deve ou não apontar um rifle para suas cabeças. Aquela mulher estava fazendo muito por mim, e eu estava fazendo muito por ela.

E ela era uma judia.
Enquanto isso os meus irmãos de religião do Estado Islâmico marchavam destruindo minha nação. Eles eram muçulmanos.

Eu estava tendo muitas lições em Israel, lições de todos os modos e maneiras. Estava redescobrindo minha identidade, uma nova Nora, ainda mais determinada e batalhadora.

“Ele trabalha de forma misteriosa”

Essa frase nunca fizera tão sentido na minha cabeça quanto agora, pois nesse momento eu sabia que tudo isso se tratava de obra dele. O Criador me guiava com sua mão invisível em meu caminho, levando-me na direção em que eu me tornava algo que nem mesmo eu acreditava.

No quarto de Abdullah, me ajoelhei. Meu corpo se pós na direção de Mecca e então eu agradeci. Não pedi nada, dessa vez apenas agradeci. Logo me levantei, achando um binoculo pendurado em alguma parede.

Eu realmente me sentia em casa.

Como em casa, eu fiquei na janela olhando por horas o horizonte com os binóculos. Eu fazia isso quando estava em minha torre de observação na síria, mas dessa vez eu não tinha um rifle nem inimigos para abater. Dessa vez era só e meus binóculos.

Mas eu realmente me sentia em casa.

Adormeci. Depois de tanto tempo não havia preocupações em minha cabeça, eu finalmente podia fechar os olhos em paz.

Eu fechei
e finalmente não ouvi o som de tiros e gritos em minha cabeça.

#52

We Can Be Heroes - Página 6 Empty Re: We Can Be Heroes

por Zeus 28/01/16, 10:20 pm

Zeus

Zeus
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
Estava escuro.

Mas Nora despertou com o barulho. A noite nunca foi uma grande aliada para a menina. Ainda mais agora, tendo sido reconhecida como filha do Sol. Demorou um pouco para recair em si, e lembrar que tinha dormido na casa de Elisheva, no quarto que pertencia ao filho da moça, e não na Síria.

O cenário lhe enganava.

Ouviu passos, e choro. Vinha do outro lado da porta.

#53

We Can Be Heroes - Página 6 Empty Re: We Can Be Heroes

por Nora Al-Rashid 30/01/16, 01:07 am

Nora Al-Rashid

Nora Al-Rashid
Filho(a) de Febo
Filho(a) de Febo
Meus sentidos jamais me traiam.

Antes que meus olhos fossem abertos, meu corpo já estava preparado para o combate. Em situações de guerra, ser capaz de despertar ao mínimo sinal de perigo podia ser a diferença entre a vida e a morte. Naquele caso, não parecia haver perigo de vida ou morte.
Ou eu estava errada?

Levantei-me ouvindo passos e som de choro, me levando a ficar alerta rapidamente. Mais uma vez minha mente era tirada do conforto de Israel e levada às trincheiras Sírias, trazendo consigo a rispidez a minha face.

Colei meu corpo a direita da porta, de forma que eu pudesse olhar para o corredor. Lentamente abri a porta, com os pulsos já fechados para realizar um soco. Abri o mais silenciosamente e devagar que pude, para assim ver o que estava atrás da porta antes que o que esta atrás da porta me visse.

Se o que eu vir for um inimigo, não me contenho.
Abro a porta totalmente e soco a cara do filha da puta.

#54

We Can Be Heroes - Página 6 Empty Re: We Can Be Heroes

por Zeus 31/01/16, 02:01 pm

Zeus

Zeus
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
Quando abriu a porta, não viu nada.

Apenas a escuridão. E então o choro baixo e constante que atravessava o corredor e vinha de outro cômodo da casa. Nora não conhecia e nem estava familiarizada o bastante com a construção para identificar exatamente o lugar de onde vinha o barulho.

#55

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por Nora Al-Rashid 31/01/16, 06:07 pm

Nora Al-Rashid

Nora Al-Rashid
Filho(a) de Febo
Filho(a) de Febo
Por um momento, senti um alivio por não ter visto nada. No entanto, meus sentidos não me enganam, ainda poderia haver perigo. Continuo com os punhos cerrados, e calmamente começo a sair do quarto.

Levo às costas a parede, caminhando sempre com as costas grudadas na mesma, para que dessa forma eu não seja surpreendida por trás e nem me perca. Continuo assim, caminhando em direção ao choro tomando o máximo de cuidado possível, sempre tentando ver antes de ser vista.

#56

We Can Be Heroes - Página 6 Empty Re: We Can Be Heroes

por Zeus 31/01/16, 09:41 pm

Zeus

Zeus
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
A postura de uma guerrilheira, a precaução de uma semideusa.

Nora chega até a origem do choro, mas a porta estava encostada. Teve de empurrá-la, devagar, e então ouvir o lamento solitário da mulher que escorria pela passagem da porta e inundava sua audição. Elisheva estava sentada, com o rosto afundado nas próprias mãos e uma figura alta estava ao seu lado.

Segurava o seu ombro.

#57

We Can Be Heroes - Página 6 Empty Re: We Can Be Heroes

por Nora Al-Rashid 02/02/16, 04:38 pm

Nora Al-Rashid

Nora Al-Rashid
Filho(a) de Febo
Filho(a) de Febo

Não precisava de muito para que a Nora que eu havia abandonado no deserto voltasse a tona, trazendo consigo toda a experiência e determinação de uma guerrilheira. Enquanto me arrastava pelos corredores eu não parava de pensar no que estaria no próximo, e no próximo, e no próximo.

Existe uma lição sobre atiradores de elite, uma lição bem simples:O atirador que avistar o atirador inimigo primeiro vence.

Eu levava essa lição para todos os meus combates, tentando sempre surpreender meus inimigos e avista-los primeiro. Furtiva e silenciosa. Um fantasma. Isso que eu tentava me tornar em situações de perigo.

Mas nem sempre eu era boa o suficiente.

Quando finalmente cheguei ao local do choro eu vi Elizabeth chorando mais uma vez. Facilmente imaginei que era por conta de seu filho, afinal ela era uma mãe de luto. Meus músculos relaxaram e eu soltei um logo suspirando, enviando a Nora guerrilheira de volta pro deserto.  

Foi quando vi a figura ao seu lado.

De alguma forma eu não havia o visto antes, mas quando vi dos os meus músculos se contraírem, trazendo como um trem bala a nora guerrilheira de volta. Como eu não havia notado Antes? Eu podia avançar pelas costas e derrubar aquele sujeito, mas se ele quisesse ferir a mulher obviamente teria feito antes.

Eu deveria saber quem ele era.

--EI VOCÊ! - Grito em Ingles. - O que esta fazendo aqui?

#58

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por Zeus 02/02/16, 09:18 pm

Zeus

Zeus
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
Elisheva desvia o olhar.

E seus olhos vermelhos e inchados encaram a hóspede muçulmana. Ela vira o rosto, encarando a pessoa que estava ao seu lado, e então balança a cabeça. Do fundo de sua garganta, um soluço escapa.

-
Shalom, Nora. Não deveria gritar nesse horário. - A filha do Sol conhecia aquela voz...

#59

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por Nora Al-Rashid 02/02/16, 09:46 pm

Nora Al-Rashid

Nora Al-Rashid
Filho(a) de Febo
Filho(a) de Febo

--Wa Alykom As-salam. – Respondo institivamente. Coloco a mão na boca, surpresa com as minhas próprias palavras. Aquele comprimento árabe havia saído da minha boca de maneira instintiva. Mesmo sendo línguas diferentes, meu comprimento completava o dele.

Shalon significa paz.
Wa Alykom As-salam significa que a paz esteja com você.

Após essas palavras, fiquei por muito tempo calada apenas olhando a face em lagrimas da minha anfitriã. O que estava acontecendo? Não, não pode ser! Uma lagrima escorreu do meu olho esquerdo no momento em que comecei a entender.

--Não é possível... – Disse com um soluço na voz. – Abdullah? Como?!

#60

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