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Herois do Olimpo RPG

Fórum de Mitologia Grega baseado em Percy Jackson e os Olimpianos e Os Heróis do Olimpo!


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We Can Be Heroes - Página 3 Empty Re: We Can Be Heroes

por Zeus 14/01/16, 09:50 pm

Zeus

Zeus
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
Quase como se estivesse sendo guiada por Alá, Nora avança.

Seu ataque fora quase perfeito. O cotovelo esmaga a meia-cara da criatura, e um som esquisito escapa do demônio. Meio grito, meio destruição de sua face. Remexendo-se em desespero, a criatura tenta uma última ação desesperada, fugir de Nora e ir até o quarto do menino, que havia gritado antes.

Por ser ágil e tão esguio, o demônio consegue se desvincilhar e corria numa velocidade bastante alta, dando as costas para a menina.


Nasnas: 35%

#21

We Can Be Heroes - Página 3 Empty Re: We Can Be Heroes

por Nora Al-Rashid 14/01/16, 11:50 pm

Nora Al-Rashid

Nora Al-Rashid
Filho(a) de Febo
Filho(a) de Febo

--NÃO! – Grito.

Começo a realizar uma |Corrida| em alta velocidade, tentando chegar à criatura que corria desesperada em direção ao garoto. O que aquele monstro queria com o pobre filho de um casal islâmico? Teria de descobrir isso depois.

Aproveitando que a criatura estava correndo para seu objetivo e fugindo de mim, aproveito do seu momentâneo desespero para saltar e tentar acertar uma voadora utilizando de toda a força concedida pela corrida. Com os movimentos acelerados pela corrida, junto da minha agilidade e o desespero da criatura de costas, eu teria grande chances de acertar.

Rezo par que isso seja o suficiente para acabar com aquele monstro.


Nível 1 - Corrida I: O herói ganha mais velocidade que o normal, sem perder o fôlego. O uso desta habilidade requer 10 pontos de energia para cada 5 metros.

Nível 1 - Destreza [Inicial]: O herói é mais rápido, ágil e veloz que os demais campistas. (+5 AGI)

#22

We Can Be Heroes - Página 3 Empty Re: We Can Be Heroes

por Zeus 15/01/16, 12:53 am

Zeus

Zeus
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
Cheio de fúria e motivação, a voadora de Nora acerta a cabeça da criatura.

Que explode em poeira dourada. A poeira banha a menina muçulmana e transforma aquele campo de batalha novamente no que era. Um lar. Fonte no meio do deserto. Abrigo na tempestade. Tanto para uma adolescente da resistência Síria, quanto para um menininho criado em Jerusalém sob a vigilância severa dos judeus.

O menino saí do seu quarto com cuidado, empurra a cortina para o lado e vê Nora, ajoelhada no chão, cansada e ferida da pior batalha que enfrentou. Mas não seria a última.

Sua mãe estava longe, e talvez até já havia sido alcançada pelos membros do ISIS. Seu país mergulhado na guerra civil que ficava cada vez pior para o lado que ela decidiu defender. Sua religião recebia tentativas de ser morta dia após dia.

Mas estava tudo bem.

Por um momento, tudo isso deixou de existir. O barulho constante que escutava em seu ouvido, se calou. Sabia que barulho era aquele, embora tentasse dizer que não. Era o choro do mundo. Ou talvez, o choro do Criador.

Mas estava tudo bem.

Porque, por alguns momentos, o menino tão inocente, que segundos atrás estava assustado, procurou conforto em seus braços.

E então estava tudo bem.

-

Não estava tudo bem.

Após o episódio, os pais do garotinho ficaram brevemente irritados por terem móveis quebrados por Nora. Aquilo foi ignorado, mas então o filho não conseguia dormir, aflito por pesadelos e todos eles envolviam a babá.

A mãe da família queria expulsá-la imediatamente, e o pai, que anteriormente tinha desejos carnais pela menina, começou a dizer que ela era amaldiçoada.

Novamente, a menina estava sem casa.

E não estava tudo bem.

A saudade aperta, mas a fome também.

Entretanto, as portas já não estavam mais tão abertas quanto antes. Naquele pequeno bairro periférico de Jerusalém, as notícias correm rápido. E logo todos sabiam que Nora Al-Rashid era amaldiçoada por Alá e que demônios vinham em seu encalço. Era por isso que fora expulsa do grupo de jovens pró-Palestina. Do seus trabalhos.

E, eventualmente, do bairro.

Estava sem saber o que fazer. Sem ter onde ir.

Era como se estivesse sido empurrada para o mar mas, até agora, só tivesse molhado a ponta dos dedos no oceano. E o horizonte parecia querer afogá-la. Ela se sentia afogada. Só de olhar.

Mas quem se afogava mesmo, eram os seus olhos.

As lágrimas eram inevitáveis. A saudade de casa, de sua mãe. A dor da rejeição.

Tudo isso vinha como uma maré avassaladora, capaz de destruir qualquer estrutura.

Mas então, encontrou abrigo. Ou parecia ter encontrado. Uma mão firme em seu ombro, e uma voz masculina com tom suave como a brisa de uma manhã de primavera:

-
Precisa de ajuda?

#23

We Can Be Heroes - Página 3 Empty Re: We Can Be Heroes

por Nora Al-Rashid 15/01/16, 01:11 pm

Nora Al-Rashid

Nora Al-Rashid
Filho(a) de Febo
Filho(a) de Febo
Abraço o garoto com amor e carinho, transmitindo segurança para a única pessoa que eu tinha tido afinidade durante todo o meu pequeno, porem desgastante mês de estadia na cidade dos reis. Em meus braços, a criança parecia tão pequena e indefesa. Eu precisava protegê-la do mundo e de suas criaturas malignas

--Esta tudo bem – Menti. Um beijo foi selado na testa da criança, enviando calor entre nossos corpos.

Não estava tudo bem.

Primeiro fui expulsa da casa. O homem nojento que antes me desejava, agora cuspia falácias sobre a minha pessoa, dizendo que o criador me amaldiçoara. Muito pelo contrario, aquele demônio estar ali fora uma dadiva do altíssimo, apenas uma oportunidade de enviar um dos seus inimigos de volta o colo de Iblis.

Mas de nada adiantou, eu estava na rua.

Depois fui expulsa do grupo pró-palestina, não que eles fizessem falta. No entanto, com todas as portas se fechando eu não tinha nenhum lugar para ir.

Sentei-me em uma praça nas imediações do bairro, portando as poucas coisas que eu tinha em uma mochila velha. As preocupações pediam de minha cabeça e a fome cantava em meu estomago. Apoiei-me com a mão recostada em uma mesa de pedra, enfiando a cabeça entre meus braços.

Eu não havia chorado na guerra

Não havia chorado vendo meus amigos morrerem

Não havia chorado em momentos piores.

Mas com todas as portas se fechando, e a saudade batendo forte, eu finalmente chorei. Meu corpo esquentava enquanto as lagrimas descia pelo meu rosto de traços árabes. Perguntava-me o motivo de Allah estar me fazendo passar por aquela aprovação. Eu sei que ele nós testa, mas a solidão não era a maior das provações?

De repente, uma voz quente como incenso de Jasmin sumiu com todas as preocupações. Como se o próprio Maomé falasse comigo, me virei dizendo:


--Sim. – Falei engolindo o choro.

#24

We Can Be Heroes - Página 3 Empty Re: We Can Be Heroes

por Zeus 16/01/16, 02:45 am

Zeus

Zeus
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
Ao virar-se, o que viu foi estranho.

Não saberia dizer exatamente a etnia daquele homem. Ele parecia árabe. Mas, por outro lado, também poderia parecia judeu. Tinha a pele brevemente queimada pelo Sol, e os olhos cor-de-mel crepitavam como o calor de uma fogueira no inverno. Os cabelos castanhos enrolados num coque tipo samurai e um breve sorriso gentil de soslaio.

-
Não chore. - Com a gentileza de um cavalheiro, ele a tocou, limpando uma das suas lágrimas e, com o toque, Nora sentiu-se leve.

Leve como uma pluma.

#25

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por Nora Al-Rashid 16/01/16, 03:14 am

Nora Al-Rashid

Nora Al-Rashid
Filho(a) de Febo
Filho(a) de Febo
Aquele homem me tocara como nenhum outro havia feito antes.

Não que muitos homens tivesse me tocado, eu não me permitia. Os dois únicos homens que tinham me visto pelada era o instrutor do exercito rebelde e o medico que fez meu parto. No entanto, aquele ser de aparência curiosa me transmitia uma sensação boa.

Deixei que sua mão me tocasse.

Poderia deixar que ela continuasse ali por horas.


--Você pode me ajudar? – Disse.

Com a outra mão puxei para fora da mochila o livre de capa verde, o alcorão. Vi as letras douradas em árabe e logo minha autoestima cresceu ainda mais.

Estendi o livro ao homem.

--Você pode ler pra mim? – Perguntei. Era estranho, mas sempre que minha mãe lia as passagens pra mim eu me sentia leve.

Leve como uma pluma.

Da forma que eu me sentia agora.

#26

We Can Be Heroes - Página 3 Empty Re: We Can Be Heroes

por Zeus 16/01/16, 04:06 am

Zeus

Zeus
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
O homem tomou o livro sagrado com as mãos.

Seus olhos sorriram junto com a boca enquanto ele examinava o objeto em suas mãos. Estavam em uma rua pouco movimentada, e ele não parecia se importar, quando se sentou no chão. Fechou os olhos, e sussurrou uma prece. Abriu o livro, e então os olhos. Seu olhar foi em direção ao rosto de Nora, um sorriso decorou a sua boca e então se colocou a ler o alcorão.

-
Se alguém matar uma pessoa seria como se ele matasse toda a humanidade, e se alguém salvar uma vida, seria como se ele salvasse a vida de toda a humanidade - As palavras recitadas, em árabe, eram um tiro de sniper em seu coração.

As mesmas que a sua mãe usara, naquela última despedida.

O homem sorriu.

-
Bonito, não? - Ele continuava a falar em árabe.

#27

We Can Be Heroes - Página 3 Empty Re: We Can Be Heroes

por Nora Al-Rashid 16/01/16, 04:18 am

Nora Al-Rashid

Nora Al-Rashid
Filho(a) de Febo
Filho(a) de Febo
Como? Era tudo que eu conseguia me perguntar, como?
Aquele homem me transmitia sensações que eu só sentia ao lado de minha progenitora. Aquela frase me atingira como o tiro do meu abandonado rifle. Senti um calor subir pro meu peito, prendendo-se em minha garganta com um nó. Tentei respirar, e por pouco não consegui.

O que era aquele homem?

Ele não era normal, era diferente de qualquer um que eu já havia conhecido. Eu precisava saber...


--Q-quem é você? - Continuei a conversa em árabe.

#28

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por Zeus 16/01/16, 03:22 pm

Zeus

Zeus
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
Com um leve sorriso ao rosto, e olhou para cima.

E os raios solares brilharam fracamente ao seu rosto, roçando sua barba média e acariciando o desenho do rosto. Seus olhos pareciam mais claros sob a luz do Sol. E sua aparência era tão etérea.

-
Ehyeh asher ehyeh - Falou, recitando agora o Torá. Seus olhos foram de encontro aos de Nora, e encarou-a profundamente. - Chamai-me de Abdullah. - Respondeu então em árabe e a moça conhecia o significado daquele nome: Servo de Alá. - Você e eu somos parecidos.

#29

We Can Be Heroes - Página 3 Empty Re: We Can Be Heroes

por Nora Al-Rashid 16/01/16, 05:23 pm

Nora Al-Rashid

Nora Al-Rashid
Filho(a) de Febo
Filho(a) de Febo
Olhei incrédula para aquele homem. Minha boca se abria em uma expressão de admiração e susto ao mesmo tempo, junto dos meus olhos que se arregalavam como se não acreditassem no que estavam vendo. Quis toca-lo, mas meu corpo vibrava de uma forma que tudo que eu podia fazer era gaguejar enquanto tentava formar alguma palavra.

Olho para o homem, apreciando toda a imensidão de seu ser.

--Eu sou o que sou. – Repito em árabe.

Aquelas palavras criaram uma leveza imensa em meu coração, eu nunca havia me sentido tão simples. Era como se todos os terrores que corroessem minha mente tivessem desaparecido. Senti então, que pela primeira vez eu poderia dormir e não ter pesadelos.
--Somos parecidos – Concordei – --Você também serve aquele que tudo criou.

#30

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