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Herois do Olimpo RPG

Fórum de Mitologia Grega baseado em Percy Jackson e os Olimpianos e Os Heróis do Olimpo!


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Hades

Hades
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
O guri se levanta. Os ferimentos na mão e no peito ardem, mas não o matariam. O sange escorre incomodamente do ferimento no membro, enquanto o guri se aproxima da saída de luz. A cada passo o ar vibra com mais força... Mesmo que fosse surdo, Cris pdoeria ouvir aquele som através das vibrações nos ossos de seu corpo. Tudo vibrava, inclusive o chão. O garoto esgueira-se pela parede até a esquina e olha por lá...


O que ele vê, é uma cena bizarra e inédita. A alma solitária que ele acompanhava agora não estava mais tão solitária assim... Descia uma rampa que dava para uma enorme galeria esculpida na terra, com centenas de metros quadrados. O garoto na verdade mal consegue ver o fim do outro lado. Luzes multicoloridas e lasers verdes riscavam o ar, intercalando a escuridão total com luminosidade ofuscante. O som vibrava no ar fazendo os raios de luz se distorcerem. Almas e almas dançavam ao mesmo ritmo hipnotizante.

Ele leva um tempo para perceber o padrão na movimentação das almas. Elas pareciam andar a esmo mas na verdade seguiam uma espécie de fila indiana em zigue-zague que seguia tortuosa e lentamente em direção ao outro lado da caverna.

Há alguma coisa do outro lado, certamente. De lá vêm a maioria das luzes eletrônicas e o som tortuoso que parecia invadir o corpo do garoto através de sua própria pele. Nenhuma das almas dá atenção a ele.

#21

Cris Rock

Cris Rock
Filho(a) de Mercúrio
Filho(a) de Mercúrio
O brilho daquele lugar incomodava minhas retinas, o local estava repleto de almas, era como se todos os fantasmas da região tivessem marcado uma rave ali e eles dançavam completamente perdidos...ou não; de cima eu podia ver o padrão encontrado na dança das almas errantes, conduzindo os fantasmas para algum lugar fora da minha visão.

Mas tudo bem, as almas pareciam completamente hipnotizadas, sequer percebiam a minha presença no local...eu teria carta branca pra seguir em frente? Por via das dúvidas, tentei imitar a dança dos fantasmas e o padrão, seguindo a fila até o destino.

Claro, eles iam extremamente devagar e isso era completamente incômodo, então durante meu avanço tentava cortar a fila avançando algumas "casas", tentando alcançar o outro lado mais rapidamente.

#22

Hades

Hades
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
Os fantasmas não se alteram enquanto Cris vaga entre eles. O garoto sente-se frio por dentro a cada vez que uma alma atravessava seu corpo sem querer, como se tivessem jogado um balde de água gelada naquela parte de seu corpo. O garoto vai furando fila como crianças num refeitório no recreio, e aos poucos começa a atravessar aquele enorme salão. O som fica mais intenso. Seus ossos vibram no ritmo da melodia e, aos poucos, ele percebe que seu corpo se movia sozinho, pulando na mesma frequência que os fantasmas, que as outras almas, que a batida da música.

Enquanto se aproximava ele conseguia discernir mais sons, mais tons escondidos sob os primeiros. Chegou a pensar ter ouvido vozes... Até que, de fato, percebeu que as ouvia. Aproximou-se o suficiente pra diferenciar um palco à frente. Havia quatro coisas, quatro criaturas sobre uma plataforma de pedra ao fim de uma escada. O garoto observa com atenção. Havia algo como o tronco de uma árvore mais atrás e também notou que a fileira de mortos subia, em fila indiana, e desaparecia de alguma forma um pouco à frente da árvore, depois das figuras cantantes.

Ele olha com mais atenção, aproximando-se lentamente pela multidão semitransparente de mortos. Seus pés começam a pisar em grama, ele percebe. Grama negra, crescendo sobre terra negra. As quatro formas que estavam mais à frente lá em cima estavam mais visíveis. Pareciam... Pessoas? Não, não pessoas.

Spoiler:

As figuras estão com as bocas escancaradas, e o ar ao redor delas chega a tremer. Da chama em seus crânios vazios escapam os feixes e os flashs de luz que iluminavam o cenário. Suas vozes ecoavam em mil tons, criando o ritmo doentiamente contagiante que parecia ser ouvido pela própria alma do garoto. De alguma forma, ele se sentiu atraído até elas. O que diziam? Que palavras saiam de suas bocas, o que seus sussurros prometiam? O que havia adiante delas?

- Nada bonito, não é mesmo?

A voz falou tão próxima de Cris que ele teve vontade de saltar, mas, não conseguiu. Virou-se lentamente para dar de cara com um cara alto em um traje completamente negro. Usava um capuz que cobria-lhe a cabeça, deixando apenas os contornos de seu rosto visíveis sob a luz das almas e das chamas espectrais naquelas coisas lá em cima.

Spoiler:

[Considere o traje negro sob a roupa]

O homem encara Cris. O garoto fita os olhos castanhos do deus, ficou paralisado. Ele sabia que não era uma pessoa normal diante de sí. A presença... Era diferente. Tinha vindo do nada, e ele percebeu que toas as almas ao redor tinham parado. Simplesmente parado... O som parou, a luz parou. Ele conseguia ver os lasers em pleno ar, cruzando as almas como se fossem névoa. A única coisa destoando era o pirulito na boca do homem.

- Um lugar atípico para nos conhecermos, Cris Rock. Não costumo ir a raves, mas esta está demasiado animada.

O tom do homem é o mesmo durante toda a frase; calmo, suave, de uma frieza sutil como a neve, como uma sombra, como a morte. Morte. Sim, morte. A lamina de uma foice brilhava por trás da cabeça do homem, certamente segurada por suas mãos às costas. Ele sabia que aquele homem de feições angelicais diante dele era Tânatos, o deus da própria Morte.

- Não tema, garoto. Não vejo a sombra de Mim sobre você ainda. Estou aqui apenas para... Instruir - Ele olha para o palco adiante, sobre a plataforma de terra no fim da escadaria de terra, cobertos de grama negra - As coisas diante de você são as alças do Pote das Almas... São a canção desta peça maldita e a forma que age em prol de seus detentores que, cá para nós, foram muitos através da história. Esta coisa invoca estas aberrações todas as vezes que é usada, e atrai todas as almas vagantes que ouvem seu canto. O pote as atrai com o cheiro, com a aparência, com a energia dos Elíseos, com a promessa de um paraíso, mas encontram apenas um recipiente frio para habitar como picles em conserva. Você entende, garoto? Entende o desequilíbrio que este artefato causa aos nossos mundos? Ah... - Ele passa a mão na cabeça, revelando um chifre negro solitário escondido entre seus dreads, e aparenta estar levemente cansado - Sabe. O pote... já esteve em minhas mãos algumas vezes mas sempre foi roubado. Ele tem uma tendencia natural a, bem, ser furtado de seus donos pelos novos. Então desta vez decidi fazer as coisas do jeito dele. E, quem melhor do que um filho do deus dos ladrões? É o que espero... Então, garoto. Se estiver disposto a ajudar, posso recompensá-lo devidamente, justamente, se conseguir desancorar o pote e entregá-lo a mim. Esta coisa que o está utilizando... Não subestime suas capacidades por sua aparência. Sua consciência é plena, e vasta... E sorrateira. Tristes, tristes almas... Já as vi serem comidas, mas... Adubo? Triste.

O deus olha pra Cris em espera a uma resposta à proposta. Mas que tipo de recompensa traria um deus como Tânatos, afinal?

#23

Cris Rock

Cris Rock
Filho(a) de Mercúrio
Filho(a) de Mercúrio
Estar hipnotizado pelo som era incrivelmente incômodo, meu cérebro gritava para que eu me coloque em meu devido lugar, mas meu corpo se movia alegremente diferente de minha vontade. A partir daquele momento, pude crer que estava condenado e rendido à minha própria curiosidade; seria levado como as almas e nada poderia ser feito.

Fazendo minha última jornada, fui visualizando todo o bizarro evento e as quatro figuras no palco, a forma como elas conseguiam controlar todos os fantasmas era assustadora; pra onde todos estávamos indo?

Os pensamentos foram cessados com a voz masculina atrás de mim, meu corpo queria reagir, mas eu não tinha o controle. Me virei até encarar a figura encapuzada, sua presença era completamente diferente, o próprio ambiente reagiu perante ele, o evento havia sido pausado e eu podia ouvir claramente o que o deus dizia. A foice atrás do anjo me alertou, aquela era a face da morte, mas por que havia vindo ao meu encontro? 

Me lembrei de todas as visitas à arena, eu nunca havia ficado frente a frente com a morte, em nenhuma das situações de risco que eu enfrente; era um absurdo eu ser ceifado naquele local, dançando com espectros na rave mais esquisita de todas, na única rave sem drogas que eu conhecia.

"Instruir..." a palavra ecoou em meu íntimo, eu receberia instruções da própria morte, mas para quê? A pergunta foi respondida no mesmo instante, ouvindo toda a explicação do deus sem dizer qualquer palavra. Pote das almas, aquilo era cruel, as almas iam na esperança do paraíso, não bastava estar morto vagando por este mundo, na pós-morte ainda seriam iludidos.

— Roubar? Mas de quem? — A tarefa era esquisita, eu teria que roubar um artefato tão poderoso como aquele, de alguém que outrora havia roubado este mesmo item da própria morte; que tipo de ladrão era esse? — Que tipo de recompensa? As chances de eu voltar vivo disso são minúsculas, não é?

Nem parecia que momentos antes eu estava congelado perante o deus, a explicação dele havia sido totalmente esclarecedora; seu objetivo era exatamente me atrair para que eu realizasse aquela tarefa, mas eu precisaria de muito mais informação antes de simplesmente aceitar.

#24

Hades

Hades
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
O deus dá um meio sorriso para o garoto, parecendo achar seus questionamentos engraçados.

- Você não o , não é? Quer dizer... Você o vê, mas não o enxerga. Sim, é isto o que o torna tão perigoso. Foi o que eu também fiz, o que o permitiu roubar o Pote de mim. Mas na hora certa, você verá. E é claro, eu lhe darei a ajuda necessária para isto, da mesma forma que lhe dei o dom de ver os mortos, guri. Percebeste que não surgiu do nada?

O deus fala com um sotaque antiquado enquanto ergue a mão até a asa negra direita às suas costas e puxa de lá uma pena. Enquanto ele trazia a mão até a frente para Cris ver, a mesma se transformou... Se alongou e espalhou no ar, até que de repente o deus tinha uma espécie de tecido, uma capa, erguida diante de sí.

- Enquanto usar isto, será invisível à maioria... Poderá se mover como se fosse ainda menos real do que estes fantasmas. Assim, ele também não o verá. Mas O Pote tem seus truques. É um artefato tão perigoso quanto seu portador... Aquelas coisas talvez o percebam e alertem seu Dono. É uma missão perigosa; resgatar o Pote, e trazê-lo à Mim. Você a aceita?

As almas e a luz ainda pareciam estáticos no ar ao redor, como se aguardassem como o deus a decisão do garoto. Ele olhava para o palco e nada via além das 4 figuras cantantes, a grama negra, a árvore pálida. A fileira de mortos parecia ir em direção a um ponto à frente da árvore, visível entre os dois esqueletos cantantes do meio na frente. Uma das almas parecia estar se dissolvendo mais à frente, congelada no tempo.

#25

Cris Rock

Cris Rock
Filho(a) de Mercúrio
Filho(a) de Mercúrio
A forma como o deus falava me deixava apreensivo, eu podia vê-lo, mas não o enxergava; alguém que pode se camuflar perfeitamente em meio ao restante? Tão perfeitamente que nem mesmo um deus conseguia enxergá-la? Era arriscado e eu teria grandes problemas, mas era pra correr esses riscos que os semideuses existiam.

— Certo, eu aceito sua proposta, mas eu preciso de pelo menos um horizonte, não consigo simplesmente roubar algo sem saber no mínimo uma pista de onde ele está.

Olhei ao redor, meus olhos pararam no fantasma que parecia se dissolver, aquela imagem era esquisita em meio a todo o resto, se destacava entre as demais; mas ignorei, tudo aquilo era extremamente estranho pra eu me preocupar com algo assim.

#26

Hades

Hades
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
O deus da Morte olha pro garoto e faz um Ué

- Ora garoto... Ele está bem ali. Não consegue ver? Para onde todas as almas rumam. Para o centro destas bestas cantantes. Para adiante de seu dono. Não se deixe intimidar pelo formato do Pote... Ele é só um pote com uma skin legal - o deus balança a mão - Mas não sei o que acontecerá depois de você tocá-lo... Algo me diz que estas criaturas aí não o deixarão ir tão facilmente. Mas... Não importa, não é? Tudo o que precisa fazer depois de roubá-las é entrega-lo a Mim... De um jeito ou de outro, acredito que conseguirá, afinal.

O deus joga a capa sobre o garoto. Quando Cris a tira de cima da cabeça, o deus havia sumido. Ele se assusta com o TUTS TUTS quando o tempo volta a correr ao seu redor e seu coração acelera ainda mais.

Cris está a uns 80m ainda do "palco" daquela rave louca. Ele percebe que seu corpo parece uma simples sombra no ar quando coberto pelo manto... Em meio às almas ele estava basicamente invisível.

#27

Cris Rock

Cris Rock
Filho(a) de Mercúrio
Filho(a) de Mercúrio
Certo, a partir daquela explicação muitas coisas que eu havia entendido errado haviam sido esclarecidas; aparentemente aquele local não estava sob controle de Thânatos, não havia sido criado por ele para me atrair, enquanto eu achava que o pote estava em algum outro lugar, ele me tranquilizou dizendo que estava ali. Minha missão parecia extremamente mais fácil, se não fosse pelo fato de que o deus estava ali, tão próximo do pote, mas não realizou a tarefa para tomá-lo para si; o guardião do pote era algo muito maior do que eu imaginava.


A música retornou de uma vez, fazendo meus pelos eriçarem ao me assustar com meus pensamentos. Me envolvi no manto, sentindo a diferente sensação de utilizar a capa ofertada pelo deus; seus atributos eram realmente magníficos, seriam de grande ajuda. Usando o artefato, tentei me aproximar do palco com velocidade, de acordo com Thânatos o guardião não iria me ver enquanto oculto pela capa...exceto os truques do pote. 

Todavia me recordei das palavras da divindade: "Aquelas coisas talvez o percebam e alertem seu Dono." as alças do pote talvez pudessem me ver, por isso tentei estar próximo aos fantasmas, me mover como se fosse um deles, na tentativa de me camuflar perante todos os presentes, até estar perto o suficiente do pote.

#28

Hades

Hades
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
O garoto segue rapidamente até um ponto mais próximo da fila. Segurava a capa próxima ao corpo para encobri-lo por inteiro. A cada passo o som que saia daquelas criaturas aumentavam reverbando em seu corpo. O garoto não sente dificuldade em ir naquela direção... Na verdade, algo dentro dele queria ir naquela direção. Ele conseguia sentir o poder do pote chamando por sua alma e esta, teimando em atender o chamado.

Aproximando-se das criaturas, o garoto opta por disfarçar-se entre os fantasma que entravam. Ele prossegue passo a passo próximo dos esqueletos. As chamas aqueceram-lhe até quase queimá-lo, mas não o feriram, nem os esqueletos que pareceram não notá-lo... Teve a sensação de entrar em um território sagrado. Viu as almas à sua frente olharem ao redor, parecendo buscar algo, parecendo admirar algo. Elas caminharam para a frente. A grande árvore estava à frente. Cris teve um sentimento ruim ao olhá-la de perto, um pressentimento negativo. Ele viu à frente, através dos corpos translúcidos dos fantasmas, uma coisa no chão... Uma espiral negra, um buraco que se estendia para um vazio negro, no chão entre as raízes da árvore. As almas iam naquela direção, desorientadas.

A pedra das escadas era aos poucos substituida por grama e raízes daquela frondosa árvore. As almas caminharam pela pedra e, assim que pisaram na grama, seus corpos etéreos foram enrolados por uma camada de grama e vinhas até os tornozelos. E então, sua luz e sua força aos poucos absorvidas pelas raízes.

O garoto estava a uns 3m da grama ainda. Ele conseguia ver que o terreno à frente era em grande parte grama e raízes, com alguns pontos de rochas entre elas... O buraco no chão que parece chamar por ele e pelas almas está uns 6m à frente entre raízes.

#29

Cris Rock

Cris Rock
Filho(a) de Mercúrio
Filho(a) de Mercúrio
Perceber que estava sendo seduzido por aquele poder era confuso, eu precisava lutar contra minha vontade de querer ir até ele, mas mesmo assim ir até lá. De forma cautelosa observei os esqueletos, que nada fizeram conforme eu me aproximava, talvez permitissem a minha permanência no local...ou não percebiam?

Observar a árvore era realmente perturbador, principalmente após ver a espiral e a energia dos espíritos sendo drenada de uma vez; era assustador e me convenci de que, não iria pisar naquela grama. Em meus calcanhares asas se materializaram a partir das botinhas especiais, me permitindo flutuar alguns centímetros acima do solo e visualizar bem de perto o que ocorria naquele local.

#30

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