O jovem filho de Hades ao invocar a rocha do tártaro fica perplexo ao ver que invocaram um monólito que despedaçou completamente o grande escorpião de cristal, enquanto isso os corvos dão cabo do restante das aves juntamente com as flechas... esforçadas de Henry.

O combate é breve, carregado de uma quebra de expectativa dados os fatos que acabaram de ocorrer. Quando eles estavam prestes a seguir em frente, eles escutam uma voz que parecia estar na mente deles, sem qualquer explicação:

-Outra falha... esperava mais de Verônica. - diz a voz perturbadoramente tranquila na cabeça dos semideuses.

Confusos e inseguros sobre o que estava acontecendo, Henry percebe que havia um pequeno animal que rapidamente se desfez em sombras, fazendo toda aquela sensação estranha se esvair como se nunca estivesse ali em primeiro lugar. Um dos corvos que Shoto enviara consegue avistar o polifemo deformado, porém Verônica não parece estar por perto do local. O alvo de sua missão se encontrava a cerca de 2 quilómetros a noroeste dali. Henry sente uma energia sinistra emanando do cristal rubro que se encontrava entre os espólios da criatura que fora obliterada.

Olho com uma sobrancelha erguida para os restos mortais do escorpião. Será que aqueles cristais valiam alguma coisa? Inclusive aquele roxo?

Olho para os corvos vitoriosos e sorrio satisfeito para eles. Puxo meu diamante e calmamente vou coletando todas as almas ao alcance. Se os monstros tiverem morrido muito longe, faço um dos corvos brotar o diamante em seu bico e sobrevoar o lugar, absorvendo as almas. Eu realmente não poderia pedir ajudantes mais fofos e eficientes do que as avezinhas negras. Caso consiga roubar os fragmentos de almas eu aproveito para tentar sondar sua essência, ver se havia alguma perturbação ou alteração nelas causada pelas mutações induzidas pela filha de Phobos alquimista.

Olho para o horizonte como quem tenta ver um dos corvos ao longe, que se comunicava indicando ter encontrado o Polifemo. Faço o corvo com Henry falar pra ele que o grandalhão de duas cabeças estava mais à frente, e então me aproximo lenta e cuidadosamente dos restos mortais do monstro, atento à presença de qualquer hostilidade por parte do cristal, mas me surpreendo com a voz que pareceu sussurrar direto em meus ouvidos.

"Outra falha... esperava mais de Verônica."

Acendo os olhos por um momento, alerta, olhando ao redor em busca da origem daquela voz mas não vejo nada.

— Você escutou isso? Foi como sua comunicação mental? — Pergunto a Henry pelo corvo, afinal ele certamente era mais sensitivo do que eu àquelas coisas.

Anyway, se parecer seguro me aproximo dos restos do monstro de cristal e cutuco as pedrinhas enquanto as avalio critica e gananciosamente.

Ergo um para Henry, numa pergunta silenciosa de "Será que vale algo?". Então dou de ombros e estico minha sombra no chão até em baixo de alguns cristais e pego alguns pedaços. Pediria ao Roran para avaliá-los depois. Quem sabe não podiam ser vendidos ou utilizados em alguma forja? Não faria mal levar alguns. Mas deixo o cristal roxo ali para avaliarmos com mais calma, pois aquela coisa cheirava a maldade e eu não queria ele dentro de minha sombra.

A voz que falou do nada me deixou reflexivo sobre alguém estar decepcionado com Veronica. Então, a vagabunda não era a líder daquela seita escravizadora de semideuses? Era uma capanga... Isso era uma péssima notícia. Sinto-me irado pensando que havia filhos da puta ainda mais fortes que ela por aí, e fecho os punhos com força ansioso para encontrá-la. Eu esperava honestamente que Henry fosse o mais cruel e indelicado possível enquanto explorava a mente dela em busca de pistas. Eu assistiria de perto, bem de perto. De cima dela, com dois corvos em seus ombros prontos para arrancar e comer seus olhos se ela parecesse precisar de algum incentivo para abrir a boca. Depois eu deixaria os olhos em suas mãos para que ela pudesse sentí-los. Rio um pouco com a ideia, mas então suspiro e olho para Henry e para o cristal, indagando o que fazer com aquilo.

Nível 1 – Ladrão de Almas: O filho de Hades aprende um truque que vai lhe ser muito útil até o resto de suas vidas; roubar a alma de seus inimigos mortos em batalha. São capazes de absorver a alma dos mortos para o seu Diamante das Almas, por um preço de 10 pontos de Energia. Requer somente 1 ativação por rodada independente de quantas almas tenha para coletar.

Shoto acaba bem entretido pelos espólios, sendo capaz de absorver 9 deles antes q o restante se desfizesse num pó e logo em seguida nada. Henry por outro lado ao pegar naquele cristal cruza olhares com Verônica que acaba levando um susto com surpresa da situação, como quem não soubesse q fosse possível tal coisa acontecer. Ela, num ato desesperado, faz um corte no dedo e murmura um encantamento que o filho de Afrodite não consegue entender. Ele então sente a conexão desfazer num estalo mental encarando o cristal rubro, que agora era apenas um catalizador vazio.

Aquilo deixa o campista com ainda mais perguntas não respondidas. Ele engana Shoto dizendo que não ouviu nada e ambos seguem para noroeste dali.

Durante a caminhada, eles percebem que a partir dali tudo estava deserto, nenhuma criatura tocavam em seus radares. A cidade que antes estavam agora é apenas uma paisagem no horizonte. Adentrando campos abertos com ocasionais árvores decorando a cena. Eles sentem então a criatura logo acima de uma colina. Ele estava parado lá, fitando o nada, como se estivesse em transe segurava o tronco de uma árvore como se fosse um grande porrete. Ao terminarem a caminhada ligeiramente íngreme, eles veem uma espécie de clareira logo abaixo de uma segunda colina, essa por sua vez possuía muitas árvores e uma estranha cabana no topo. Ambos sentiam uma presença dentro da cabana, mas assim que deram um passo para dentro da clareira, o polifemo virou rapidamente a sua cabeça transplantada e em seguida sua própria cabeça. Ele continuava com a expressão atordoada e Henry percebe que a criatura estava sendo controlada, possivelmente por Verônica. Após um brilho do cristal rubro acoplado ao monstro emitir um brilho leve e pulsante, o polifemo ruge com uma força que provavelmente lhe causara danos, deixando os campistas com um zunido nos ouvidos mesmo estando a quase 100 metros da criatura.

Shoto então percebe que seu chamado havia de fato sido atendido, ele sente uma fenda se abrir na encosta do morro expelindo uma torrente de almas carregadas de ódio e sede de vingança que agora pintavam o local com tons lúgubres e funestos, formando uma espécie de redoma de quase 500m de diâmetro ao redor do filho de Hades, aguardando seu comando. O polifemo por sua vez não parece ligar nenhum pouco para aquilo, batendo o tronco da árvore no chão lançando uma onda de choque na direção dos semideuses, onda essa que os atingiria e pouco menos de 20 segundos.

Olho ao redor, maravilhado. As almas flutuavam em volta como uma corte fantasmagórica, bela e impassível. Há certa beleza na morte, penso com admiração. Eu tinha lido esta frase há muito tempo em algum lugar que já não me lembrava, e eu jamais tinha lhe encontrado nenhum significado; Até agora.

Ouço o rugido do ciclope. Dos ciclopes. Tanto faz. Logo aquilo seria carne morta ressurgindo no Tártaro. Eu me sentia ótimo… Me sentia incrível. Me sentia, de uma forma selvagem e violenta, preenchido de êxtase e felicidade. Podia sentir a minha, a nossa vingança chegando a galopes rápidos, fortes e brutais. Henry estava certo, afinal. Rosa não combinava comigo. Então visto algo apropriado para aquela ocasião; um manto negro e belo, elegante como deve andar um enviado da realeza do Hades. Afinal, era isso que eu era naquele momento; minha missão a Quíron não importava mais. Agora eu tinha uma missão com o próprio submundo a cumprir, uma missão àqueles que, alguns diriam, eram meus servos como um príncipe do submundo.

— Encontrem a puta — falo cheio de alegria para as almas, ordenando os mais próximos da extremidade da cúpula a se espalharem para buscar por sinais de Verônica, sobretudo no casebre que tinhamos visto antes. Sentia-me estranhamente satisfeito por ser ouvido pelos mortos, como se fosse óbvio que fossem eles a companhia ideal para mim o tempo todo, e eu apenas não tivesse notado isso antes.

Controlo também os corvos sobre nossas cabeças para que voem projetando sua sombrasobre mim. Sumo na penumbra, Passeando nas Sombras do corvo enquanto ele se move sobre a onda de choque, incólume. Como uma revoada, avançamos. A ideia era passar por cima do ciclope, projetando sobre ele e seus arredores uma dezena de sombras. Se fosse apenas o Polifemo, iria só correr até ele e cortar seu olho da forma mais covarde possível, mas com aquela cabeça de rola implantada em seu pescoço isso não eratão simples. Eu podia sentir que ele notaria minha aproximação mesmo disfarçado em uma sombra ou em um corvo, então precisaria confundí-lo o suficiente para que não reagisse a mim a tempo.

Dançando entre as sombras dos corvos para evitar ataques laser saídos dos olhos do monstro, eu aguardo uma oportunidade de um corvo sobrevoar suas costas, projetando sua sombra sobre elas. Neste momento me transporto imediatamente para lá, nascendo no ar atrás do monstro como um feto do demônio, e golpeando sem hesitar as duas nucas com meus Katar, visando atravessá-lo até os olhos. Uso toda a força possível, encostando meus pés nas costas dele e usando de uma Adesão das Sombras para me fixar ali e ter a firmeza necessária para atravessar aquelas cabeças duras e feias com os katar afiados, se necessário puxando-os e enfiando-os mais duas vezes seguidas simultaneamente caso o primeiro golpe não penetre fundo o suficiente (LAMINAS DESTRUIDORAS KRLH).

Fico esperto durante o deslocamento para desviar de golpes. Se vier algum hit mágico, eu faço os corvos voarem em alturas diferentes, mas cruzando suas sombras no chão deforma que eu possa me mover de um para o outro imediatamente e variar minha altitude para evadir golpes. Depois de alcançar o monstro, se conseguir fazê-lo, mantenho-me grudado às suas costas como uma aranha obscena e escura, coberto pelo meu manto negro eusando de seu corpo grande pra me ocultar em seu ponto cego impedindo-o de me atacar diretamente. Se ele usar o porrete pra golpear as costas, eu salto pro lado me pendurando em seu braço livre como o homem aranha e deixando ele se acertar antes de voltar pro ponto cego.

P.s: Se eu ver Henry com o rosto de Verônica, congelo um segundo antes de entender que era ele. Por este breve momento, arquiteto em minha mente como saltaria sobre ela, e onde poderia furá-la umas doze vezes sem matá-la. Mas analisando a situação e graças ao elo mental da tatuagem do filho de Afrodite, percebo que se trata dele e apenas odeio-o um pouco por um momento antes de seguir o baile.

Nível 3 - Adesão de Sombras: O filho de Hades consegue intensificar qualquer sombra que toque, especialmente aquelas sobre uma superfície. Ao intensificar algumas sombras shouto consegue fazer duas superfícies ficarem unidas através da sombra que se forma nas superfícies entre elas, podendo grudar objetos mais leves, e superfícies mais lisas com maior facilidade. Pode usar a habilidade com maior facilidade sobre si mesmo após desbloquear (Afinidade das Trevas). Consome entre 5 e 20 de Energia. Consome sempre 10 ao usar sobre sí mesmo (lv 6+), e de graça após intensificar mais ainda a sombra (lv 16+ com Afinidade Sombria [Intermediário]. A força de adesão e o peso suportado depende do nível de Umbracinese do Usuário.

Nível 5 – Passeio nas Sombras: O filho e Hades é capaz de DISSOLVER seu corpo nas sombras do ambiente, movendo-se por elas como se uma fosse. Pode percorrer distâncias rapidamente com esta habilidade, especialmente em casos de ambientes fechados. Não pode fazer saltos grandes de uma sombra para outra, apenas entre sombras ligadas/próximas. Neste tempo ficará imune a ataques físicos, mas ainda pode ser expulso e atingido nas sombras por ataques luminosos, como raios ou fogo. Pode percorrer uma distância de WIS/10 em metros por rodada, depois de sair das sombras a habilidade entra em espera por 1 rodada, e não é possível ativar outras habilidades de ataque dentro das sombras. Consome 30 pontos de Energia, mais 10 por rodada de uso.

Equipamentos:

Passivas Improtantes:

Ambos desviam sem maiores problemas da onda de choque, cada um a sua maneira. Os garotos porém tinham ideias diferentes do que fazer com o seu alvo. Henry pensava em enfeitiça-lo para extrair informações enquanto Shoto apenas segue para estraçalhar a criatura. Ele ordena alguma das almas ir atrás da filha de Phobos enquanto se transformaria em sombras atravessando todo aquele campo saindo nas costas do polifemo e se prendendo ali mesmo. A criatura porém, apesar de perceber o filho de Hades em suas costas não demora a ter suas cabeças dilaceradas em muitos pedaços fazendo com que o monstro explodisse numa poeira dourada, deixando para trás outro cristal rubro.

O filho de Hades estava em êxtase, como se influência de alguma droga. Isso preocupava Henry pois seu companheiro estava visivelmente fora de si.

Instantes depois, aparecem as almas carregando Verônica nos braços que demonstrava pouca resistência, sua expressão estava estranhamente calma para quem estava prestes a pagar o preço de seus atos. Henry percebe a sinceridade na expressão da garota que permanece impassível diante da situação. Shoto ao fitar a garota, termina de perder sua compostura fazendo uma expressão de raiva que tornava o ambiente sufocante, todas aquelas almas eriçadas de sede de vingança prontos para agir com seu contratante.

Dou uma risadinha satisfeito olhando para os restos mortais do polifemo. Inclino a cabeca, curioso. Com duas cabwcas, haveria uma ou duas almas naquele corpo? Investigo isso e então roubo um fragmento de cada alma disponivel, alem de fazer meus corvos se amontoarem sobre os restos para devorar sua sombra como abutres na carniça, além de ver se tem mais alguma coisa de valor ali.

Viro-me e sorrio pra Henry, satisfeito. Esperava que ele também estivesse. Mas então sinto a presença de almas se aproximando junto com...

Verônica, penso, malícia vazando como merda em fralda de bebe. Então estreito os olhos para ela. Eu adoraria ir até lá, furar ela e deixá-la sangrando. Ou talvez engolíla com minha sombra e deixá-la no vazio para morrer lentamente de fome e sede - muito interessante, inclusive -, mas por que ela tinha se deixado capturar tão facilmente? Talvez a vadia estivesse tão confiante nos próprios poderes que achasse poder amedrontar todos nós quando quisesse? Há!

Ela não era a única que estava confiante ali. Começo a caminha na direção de Verônica, mas alguma coisa estava me incomodando. Embora uma dor aguda de ansiedade apunhalasse meu peito com a vontade de matá-la, uma outra sensação parecia brigar por um lugar na minha mente. Não era apenas a suspeita dela ter se entregado fácil demais. O que era?

Olho para trás novamente e vejo Henry. De repente, sinto os lábios esquentarem lembrando-me do beijo e da promessa que ele me obrigou a fazer. Olho-o irritado, me perguntando se criaria problemas demais se eu matasse a vagabunda, mas também lembro-me da promessa que tinha feito aos meus irmãos, a Hades, às almas e a Gabe. Ela sofreria antes e depois de morrer. Só a morte não bastava.

Respiro fundo. Enfio as mãos trêmulas de irritação nos bolsos, como se tentasse prendê-las para não usá-las. Talvez eu pudesse matá-la só um pouquinho? Não faria mal, faria? Só uma facada, e eu certamente ficaria mais satisfeito. Era só não acertar um ponto vital... Mas eu conseguiria? E se eu acertasse o pescoço daquela vagabunda por engano? Hm, hehehe. rio sozinho, divertido pela ideia de assassiná-la e largar um "Opa!" depois. Mas Henry não deixaria passar com um Opa, e eu ainda tinha mais medo dele do que da vagabunda que queria matar.

Então faço o melhor que poderia fazer. Com os dedos trêmulos eu saco um cigarro da sombra e acendo-o. Foda-se o Henry. Ele devia ficar feliz de eu não puxar uma faca do bolso. Acendo e dou um trago, inspirando profundamente e curtindo a primeira bendita fumaça que inalava naquela viagem infernal.

— O que eu faço, Gabe? — Pergunto para meu diamante, ainda incerto, ainda louco para saltar sobre a filha de Phobos antes mesmo de perguntar-lhe qualquer coisa, mas contra minhas emoções natas havia a voz de Henry e de meu treinamento mandando-me manter a cabeça no lugar. Eu sabia que havia mais escortos junto a ela, e seria muito mais satisfatório a longo prazo descobrir quem eram para matá-los também. Mas a ideia de fazer o que estava ao alcance agora, matá-la agora... Era como um cigarro aceso pedindo para ser tragado.

Dito isso tento controlar-me enquanto aguardo para ver se Gabe daria-me uma luz... Talvez ele estivesse louco de vingança como eu, ou talvez estivesse mais calmo como Henry certamente estaria. Talvez ele me dissesse para esperar. Mas se ele disser que a quer morta, então, ele a teria.

Se a ordinária, vagabunda, puta, bucetuda da Verônica tentar afetar minha mente, se eu por algum momento sentir minha confiança vacilar diante de algum medo, eu busco blindar minha mente com ódio, e imediatamente abaixo-me tocando o solo e fazendo uma Rocha do Tártaro brotar sobre ela, pelas costas, furando-a direto pelo cú terço mais baixo da coluna, num golpe não mortal, mas definitivamente dolorido e debilitante.

Se eu conseguir manter a cabeça "fria", caminho até Henry e olho-o significativamente, passando a bola para ele. Com um toque de "seja breve".

Nível 13 – Devorasombras: O garoto possui um elo enigmático com sua sombra, a qual possui as próprias propriedades peculiares mesmo dentre os filhos de Hades. Assim como o diamante das almas absorve as almas e o ferro estígio a essência dos corpos dos mosntros mortos, o semideus consegue absorver suas sombras para a sua própria, fortalecendo-a. A cada sombra devorada (requer contado sombra-com-sombra após a morte) o semideus recebe 1 Stack. Cada 5 Stacks fornecem 1% de WIS bônus ao utilizar a própria sombra. Cada Stack fornece 1 WIS base que pode ser utilizado por rodada para ser utilizada com habilidades/umbracinese usando a sombra do garoto, sem consumir sua energia para tal (ou seja, com 50 stacks poderia usar umbracinese equivalente a 50 WIS sem gasto de energia, ou utilizar sua habilidade Chamado da Noite para invocar a quantidade equivalente de corvos de sua sombra sem gasto de energia, etc).

Nível 7 – Rochas do Tártaro I: O filho de Hades consegue fazer uma estaca de pedra brotar do chão ao redor, extremamente afiada. Consome 35 pontos de Energia e entra em espera por 5 rodadas.

A situação é delicada, Henry sabe disso mais do que todos ali pois seu objetivo poderia ser frustrado pela sobrecarga de poder que o filho de Hades estava sofrendo. Ele podia sentir a malícia vazando de seu aliado e oscilando entre uma compostura e sua sede de vingança. Ele percebe no entanto, que o ato de acender e tragar seu cigarro de alguma forma rendeu aquela energia caótica dentro dele. cingaro da curse

Ele laceia o pescoço da filha de Phobos e no mesmo instante ela abre o sorriso zombeteiro dizendo:

-Eu não faria isso se fosse você. - sua voz provocava o filho de Afrodite, que faz pouco caso da tentativa frustrada da garota, embora não pudesse deixar de lado a ideia do que poderia acontecer se ele de fato a matasse.

Henry então sussurra uma ideia a Shoto, de libertar todas aquelas almas para prevenir o surto do filho de Hades. Porém ele se vê genuinamente surpreso ao intensificar ainda mais o caos na mente do jovem.

Shoto tentava, com todos os seus artifícios, manter o controle sobre sua sede de vingança com certo sucesso até então. Mas ao ouvir as palavras de Henry, ele entra num breve transe, deixando cair seu cigarro no chão. Duas vozes preenchem sua mente numa dissonância caótica. As suas próprias palavras e o "buff" de seu Pai diziam para torturar Verônica ali mesmo desmembra-la lenta e dolorosamente para que ela sofresse da forma mais cruel possível. E havia a voz de Henry que lhe aquecia os lábios, uma voz que o trazia de volta a razão, ou pelo menos a uma dada pelo filho de Afrodite. As duas porém eram conflitantes, pois Shoto sabia que não poderia simplesmente mandar as almas embora sem lhes entregar o que foi prometido. Também sabia que Henry queria extrair informações da filha de Phobos por quaisquer motivos que não importavam ao filho de Hades.

Tudo isso ocorre num instante entre largar o cigarro e o mesmo tocar o chão, Shoto estava ainda mais agitado. Sua mente prestes a rachar. A situação se complica muito além dos cálculos de Henry quando Verônica libera sua aura de medo tomando vantagem do estado fragilizado da mente do guarda. Uma terceira voz adentra a mente mergulhada em caos de Shoto fazendo-o ter visões de atrocidades tão vis, que começa a destroçar a sanidade dele. Henry percebe imediatamente o que está acontecendo e sente a aura de sombras de seu companheiro tremular selvagemente, descontrolada, como chicote de sombras se debatendo querendo sair de seu pequeno recipiente.

A cúpula de alma antes eriçadas torna seu olhar a Verônica, o mesmo motivo pelo qual as trazia até ali estava se repetindo. O ódio cru e violento emanando de todas aquelas almas deixavam o ambiente tão denso que mesmo Henry tendo sua mente blindada começa a suar frio. A garota de olhos carmesim se arrepende no mesmo instante pois uma sombra selvagem saída de Shoto acerta o olho direito da filha de Phobos que agora urra de dor com o sangue quente escorrendo pelo seu rosto pálido. Aquele grito acalmou todas as dúvidas na mente de Koda, ele sabia exatamente o que fazer e como fazer. Num movimento instintivo e involuntário ele ergue a sua mão e um casulo de sombras envolve todo o corpo de Verônica, deixando somente a cabeça a mostra. Ele puxa aquele casulo para perto a ponto de sentir o bafo quente e completamente aterrorizado da garota. Ele abre a boca para falar, mas as palavras não saem dela, saem em uníssono das bocas de todas aquelas almas:

-Saiba que nunca mais terá um segundo sequer sem que se arrependa de suas decisões. Quando eu acabar com você aquele, você será escoltada ao submundo por todas essas almas que farão de você um belo objeto para ser torturado. E eu a visitarei sempre que puder, para regozijar com a cena da sua pífia existência implorando por nunca sequer ter existido.

No instante em que os músculos de Shoto começam a se contrair num ato para esmagar Verônica viva, seu cristal de almas vibra violentamente e Gabe se liberta do cristal e entra em um dos corvos de Shoto fazendo se materializar em sombras sólidas. Em seguida ele pousa no braço dele e diz:

-Eu entendo os seus sentimentos, e compartilho deles caro irmão. Mas seu amigo ali também tem assuntos a tratar com a garota, deixe ele conseguir o que quer e ai selaremos o destino pecaminoso dessa desgraçada.

O semblante carregado de malícia de Shoto se abranda um pouco e ele abre a boca novamente antes de aproximar a garota de Henry:

-Não testaria minha paciência se fosse você, responda a todas as perguntas dele. - a voz macabra que ecoava da cúpula de almas era uma cena morbidamente impressionante.