Adam deixa seu lado guardião falar mais alto e muda totalmente de estratégia. Ele olha para o campo de batalha e vê os outros cães lutando contra seus companheiros. Com um sorriso, ele percebe que os cães que atacavam Orlando estavam mais próximos um do outro. Rapidamente, o filho de Deméter usa seu domínio sobre aquele solo fértil e cria um buraco de 2m de profundidade, largo o suficiente para fazer ambos os cães caírem.

O filho de Tânatos se espanta com o aparecimento repentino do buraco e o término de sua luta, desgostoso por não poder terminar a luta como gostaria, ele apenas acena a cabeça rapidamente para Adam.

O conselheiro rapidamente retorna sua atenção para o cão contra o qual batalhava. O cão estava entre ele e seus companheiros, mas mais para o lado, dando um pouco de passagem à Adam. Aproveitando-se disso, ele corre na direção dos amigos, fazendo o cão disparar contra ele. Inteligente e rápido, assim que chega perto do buraco, o garoto salta para o lado, fazendo o cão cair na cratera, fazendo os outros cães que estavam ali rosnarem ao terem suas tentativas de escapar frustradas.

Todos os cães estavam dentro do buraco. Enquanto Adam corria, Sebastian conseguiu enganar seu próprio cão sem muitas dificuldades.

Os três companheiros olharam para o buraco, os cães rosnando e tentando pular para fora. Apesar de apertado e ter uma profundidade considerável para um humano, os semideuses souberam que aquilo não seguraria os cães por muito tempo. Mesmo que os animais não fossem atrás deles, seria perigoso para os mortais deixa-los vivos ou soltos.

Sebastian propõe um fim definitivo para os cães, mas Adam logo soluciona o problema sem sacrificar os animais. Tranquilos quanto à isto, os três campistas seguem seu caminho, sendo orientados pelas árvores do Central Park.


Depois de poucos minutos, Adam para, confuso.

“É aqui.” – os pensamentos das árvores ecoavam repetidamente na cabeça do conselheiro, que repassa a mensagem para os amigos.

Os três fazem uma varredura em volta até que encontram um aglomerado de rochas. Eles olham para ela com dúvida, mas logo todos sentem um arrepio gélido e mórbido. Aquela era a entrada. Agora eles precisavam de um jeito para abri-la.

Sebastian rapidamente começa a cantar e a bater palmas, criando um ritmo e melodia conhecidos no mundo todo. Logo Adam ajudou-o a cantar e a manter o ritmo, enquanto Orlando apenas murmurava a letra e batia a foice no chão, dando ainda mais força à música.

Não demorou muito para que o aglomerado de rochas se transformassem na entrada de um túnel. Satisfeitos com o sucesso, Orlando entra primeiro. Aquela era uma região que lhe causava bem estar e parecia aflorar seus poderes, enquanto intimidava os demais, principalmente Sebastian, que sentia-se como um intruso.

A escadaria era íngreme, estreita e escorregadia. Não havia nenhuma fonte de luz exceto o bronze celestial de suas armas. Depois de longos e intermináveis minutos, eles surgem na base de um penhasco, em uma planície de areia vulcânica negra. À direita deles o Rio Styx corria enquanto à esquerda, muito longe, as fogueiras nas plataformas de Érebos, as grandes muralhas negras do reino de Hades, brilhavam assustadoramente.