Sebastian coordena o plano de ação e se coloca na reta guarda. Lando se distancia e começa a falar com as almas, tentando confundi-las e dispersá-las, mas elas nem ao menos olharam para ele, seguindo depressa seus caminhos e deixando o semideus irritado. Adam, enquanto isso, aproximara-se de Cérbero, que facilmente o vê e começa a rosnar para ele.

Logo em seguida, uma flor surge abaixo do guarda dos portões e um aroma incrivelmente horrível preenche o ar. O cérbero rosna e late para a fumaça esverdeava que subia. Poucos segundos foram precisos para perceber que ele estava lento e sonolento.

Os campistas se reúnem novamente e Adam diz que teriam poucos minutos até que o Cérbero se recuperasse totalmente. As almas seguiam seus caminhos, andando depressa por qualquer uma das três filas.

Eles passaram pelo Cérbero sem muitos problemas, seguindo uma das filas. Tudo parecia estar bem, até que eles passaram por aparelhos semelhantes a detectores de metais. Alarmes dispararam e antes que os semideuses pudessem reagir, eles já estavam cercador por um grupo de cinco guardas fantasmas, armados de formas mistas, desde espadas até metralhadoras.

- Ah, vivos invadindo o Submundo. – grunhiu um dos guardas, fazendo os outros chiarem de desprezo – Deveriam saber que apenas os mortos podem cruzar o Érebos. Últimas palavras?

Ao som da pergunta, as armas dos guardas foram erguidas. Eles mantinham-se à uma distancia curta e ao mesmo tempo segura, totalmente defencivel.

Sebastian falou, forte e determinado. Os guardas abaixaram as armas por um instante, surpresos com o que ele dissera. Então o líder avançou um passo e Sebastian mostrou-lhes o pergaminho, que estava selado em vermelho sangue. Imediatamente os guardas chiaram de raiva.

- Tens sorte, invasor. Irás até os juízes, mas eles não se sentirão intimidados pelo selo do Senhor do Submundo. – grunhiu o guarda líder – Sigam-me.

Ele se virou e começou a se afastar. Os outros guardas cercaram os campistas, ainda com as armas perigosamente prontas para lhes atacarem. Eles cruzaram uma das entradas dos portões e viram-se em um largo pavilhão. As almas caminhavam até uma arquibancada, onde havia três figuras de túnica preta e máscaras de ouro. As almas paravam em frente à eles e em poucos segundos recebiam seu julgamento.

Seja lá como isso acontecia, os juízes realmente não estavam levando a sério seu trabalho. Quase todas as almas começavam a espernear e brigar depois da sentença, sendo levadas embora por guardas fantasmas.

Os campistas acompanharam os guardas em silêncio até que estivessem em frente aos juízes. O líder dos guardas aproximou-se do juiz central e começou a falar-lhe em particular.

Os campistas ficam em silêncio e atentos, posicionando-se de forma a proteger Sebastian de qualquer coisa. Não demorou para que o líder dos guardas se afastasse da arquibancada. O juiz central trocou algumas palavras com os outros dois e todos voltaram suas máscaras douradas para os garotos.
No mesmo instante, os garotos sentiram suas lembranças e memórias sendo revistadas. Os juízes viram toda a vida dos semideuses em poucos segundos, deixando-os assustados.

- Um filho de Deméter, um de Tânatos e um de... interessante, uma equipe muito improvável de ser reunida para a tarefa que lhe determinaram. – disse o juiz da direita, sua voz era calma e aristocrática.

- Igualmente improvável que o Olimpo fosse envolvido nesta.. situação. – disse o juiz da esquerda, sua voz era grossa e forte.

- Isso só nos prova o quão fraco o “Senhor” do Submundo está. – a voz do juiz central era fria e ríspida – Muito tempo faz desde que ele merecia lealdade ou servidão. A intervenção do Olimpo reforça ainda mais o que eu há muito tenho dito, que o Submundo é fraco sob as mãos de Hades.

Os outros dois juízes assentiram.

- Partam semideuses ou serão julgados. – determinou o juiz central.