Cripto se aproxima. Tudo aquilo era novo para ele. A aparição do macaco estranho, a mudança na aparência de Ruan, aquela lua esverdeada.

Enquanto se aproxima, Criptoniano observa os macacos em silêncio. Ele se dá conta de que deviam estar tendo uma conversa em suas mentes, assim como Ruan fazia com ele. Ele para ao lado de seu companheiro quando o segundo macaco ergue a cabeça de repente, parecendo notar sua presença ali pela primeira vez.

Criptoniano vê apenas um brilho dourado e selvagem nos olhos do macaco antes de receber uma joelhada no nariz e ser jogado para trás. Os instintos de cripto o fazem girar no ar, caindo no chão deslizando. Seus pés abrem sulcos na terra batida.

Ao olhar an direção do macaco hostil, Criptoniano vê algo indo em sua direção com agilidade.

Cripto salta e voa. Mas o que passa abaixo dele é um bastão que, para sua surpresa, se alongara 7 metros da mão de seu oponente. Ele lembra de dragonball.

Cripto observa o bastão encolher de novo, e o macaco salta em sua direção, como previsto. O macaco sobe vários metros no ar, provando a força e agilidade que possuía nas pernas. Criptoniano já se preparava para invocar o caixão, quando o macaco estica o bastão mais uma vez, desta vez contra o chão, se empurrando para cima como um foguete; e é assim que criptoniano ganha a segunda joelhada no nariz daquela noite.

O macaco sobe, girando no ar. O bastão se encolhe novamente, mais rápido do que os olhos podem ver, e por um momento ambos, semideus e guerreiro macaco, flutuam no ar, se encarando. O macaco aponta o bastão para criptoniano. O filho de Ares sente o ar ao seu redor estalar e a pressão cair.

A sorte desse macaco é que eu sei controlar minha fúria, caso contrário ele seria 3 pedaços de carne no chão.

Mesmo com a pressão alterando ao meu redor, dou um giro com o corpo, acumulando energia na garganta, pronto para fazer o que eu faria a seguir.

Assim que eu arrumar meu corpo no ar, olho diretamente para o macaco e dou um grito de guerra, ao mesmo tempo em que invoco minha montante e armadura. O brilho de minha principal arma contrastava com o verde da lua.
Então eu falo com minha voz amplificada:

'Para trás, maldito. Você está encarando Kal-El, portador da alvorada, destruidor da escuridão, campeão de Hera, filho de Ares com a primeira estrela da existência e por fim... AMIGO DE SON RUAN.'


Aponto minha montante para ele. Caso ele tente atacar novamente, não hesitarei em desviar e cortá-lo ao meio.




Nível 7 - Grito de Guerra: Ao acumular tensão da batalha você pode soltar um grito terrível. O som desencorajará qualquer inimigo em um raio de seis metros e fortalecerá seus aliados assim como você (+5 FOR). A cada turno em batalha os efeitos da habilidade são aumentados (+2 por turno). Dura 4 rodadas. Custa 45 pontos de energia, entrará em espera por três Rodadas.

Cripo se prepara pra pistolar. O cajado do macaco se incinera, pronto para golpear o filho de Ares. Então,


Um raio branco desce dos céus. Ele atravessa ambos os lutadores; semideus e macaco, aproveitando o Ângulo em que estavam - Macaco acima, Criptoniano flutuando abaixo. O filho de Ares sente seu corpo dormente e leve, e despenca dos céus junto ao seu oponente, tão indefeso quanto.

Porém, ao invés do impacto contra o chão duro, ambos sentem seu corpo bater contra algo macio e fofo. Parecia algodão. Criptoniano levou algum tempo para perceber que caíra em cima de uma nuvem.


O tom de Ruan era solene. Fala como um general, um comandante, um... Rei. Criptoniano conseguiu mover-se o suficiente para se sentar, e olhou para son Erias, que continuava deitado sobre a nuvem, imóvel, os olhos arregalados encarando o príncipe macaco.

Me desculpe, Kal. Não podia deixar que se machucassem daquele jeito. Não vi outra forma de pará-los.

Criptoniano ouve a voz do macaquinho em sua cabeça, e sabia que daquela vez apenas ele podia ouví-la. Havia agora um tom de tristeza nos pensamentos de Ruan, e sua expressão era de uma tranquilidade serena que beirava a conformidade.

Você me disse uma vez que gostaria de visitar minhas terras, não é? Parece que esta oportunidade chegou cedo. Mais do que eu desejaria.

Ruan ergue a mão e a nuvem particular deles se desloca para cima, ganhando velocidade até os ventos uivarem nos ouvidos de Cripto, que tenta se segurar nas dobrinhas fofas de seu "automóvel".

Ruar ergue a mão, e a nuvem segue em direção à lua. Ele segura na mão o macaquinho dourado, que brilha intensamente.

Mostre-me a passagem. Mostre-me Yu Yang.

A lua os engole. E tudo fica verde.

A claridade verde desaparece, dando lugar a um céu azul. Nuvens. Sol. Não... Sóis. Dois deles brilham no céu.

Criptoniano se levanta, olhando para a paisagem ao seu redor, e nada daquilo se encaixa em sua realidade.


Rochas flutuavam. Grandes pedaços de terra do tamanho de montanhas, unidos por galhos e cipós, se sustentavam no ar com tranquilidade. Os ventos tinham cheiro de eucalipto, e abaixo deles se estendia um grande rio. Eles sobrevoam um região montanhosa e cheia de árvores, passando por montanhas flutuantes, até que a paisagem se abre.

Spoiler:

Bem-vindo, son Kal. Ao reino de Yu Yang, o Sol Esmeralda, e ao palácio do Rei Macaco.

Eles voam na direção da cidade flutuante. No centro um grande palácio se erguia, majestoso, reluzindo a luz do sol em suas paredes verdes. Era uma visão bela e grandiosa.

son Kal - Fala uma voz na cabeça de Criptoniano, surpreendendo-o. Aquele nao era Ruan.

Cripo olha para o lado e vê o macaquinho abaixado ali, os dois joelhos colados à nuvem. Ele abaixa a cabeça.


Ele toca os lábios com o dedão, e então pressiona a mão fechada contra o peito. Criptoniano percebe que devia ser um gesto comum de desculpas em seu povo.

Ruan guia a nuvem sem desviar o olhar do castelo, que se aproxima rapidamente.

O filho de Ares se ajoelha e responde o macaquinho com dignidade. O jovem guerreiro primata olha para o semideus com surpresa e admiração, os olhos dourados cheios de sincera satisfaçao.

Chamo-me Cadis son Erias, filho de son Jin, Guardião do Trono, e Cadis Raizel, minha mãe.
Fui enviado pelo Rei para chamar seu filho de volta para casa. Eu não esperava encontrá-lo
em companhia de um humano, então assustei-me com sua presença...

Ele fala as ultimas palavras meio sem graça. Erias olha para o palácio com satisfação.

Mas, cumpri meu dever. É uma honra tê-lo aqui conosco, Kal, Guardião do Príncipe.


Cripto ja havia entendido que para os macacos nomes e títulos eram coisas importantes. Era até confuso gravar tantos nomes, sobrenomes, títulos, honrarias, etc. Deu de ombros.

Ruan dirigiu (?) sua nuvem até o castelo, onde pousou em uma plataforma de pedras esverdeadas a vários metros do chão. Uma ponte ligava aquele bloco de pedra flutuante até a torre principal do castelo. Ele salta da nuvem, seguido por Erias e Cripto, e a nuvem desaparece diante de seus olhos.

O Rei o espera, senhor - Fala Erias.

Ruan suspira.

É. Eu sei.

Eles seguem andando pela ponte de pedras na direção da torre. Criptoniano absorve mais alguns detalhes; Muito abaixo uma cidade se espalhava pela base do palácio. Em montanhas flutuantes ficavam mais algumas construções grandes, outras menores. em algumas havia apenas casas. O reino crescera próspero ao redor do castelo do rei, ele podia perceber.

Ao entrarem no castelo ele percebeu o tamanho das portas. Pareciam apropriadas para gorilas, não para humanos, o que fez bastante sentido quando ele notou os guardas no interior do castelo; Gorilas de armaduras, portando bastões e lanças, com mais de três metros de altura, os pelos marrons ou castanhos. Todos se curvaram quando notaram a presença do Principe, e Kal pode ouvir suas vozes em sua cabeça:


Ruan inclinava a cabeça a cada cumprimento, mas não parou em nenhum momento. Eles seguiram por corredores colossais e se atravessaram átrios gigantescos. Até que pararam diante das portas douradas que, certamente, dariam ao salão do Rei. Criptoniano sentia algo ali. Uma presença. Era como se respirasse ela, e fosse pressionado de dentro para fora.

Ruan virou-se para olhá-lo, a expressão séria se suavizando por um momento.

Desculpe por toda esta confusão. Se preferir, pode esperar aqui fora. Mas acredito que meu pai irá gostar de conhecê-lo.