Ruan sorri e acena. O macaquinho dá um passo à frente e as portas se abrem sozinhas, permitindo a passagem do trio. O principe do lugar segue na frente, seguido por seus dois companheiros.
Nos primeiros segundos, Criptoniano absorve o lugar. Alto. Um telhado com mais de 6 metros de altura, um átrio com mais de 50m². O chão de mármore branco tão polido que parecia um espelho, um telhado verde como jade. Colunas de 1m de diâmetro feitas de puro ouro. E do outro lado, sentado em um trono majestoso, estava o rei.
O rei observa os garotos se aproximarem, encostado confortavelmente em seu trono, apoiando o queixo sobre uma mão. O ar parecia ficar mais pesado a cada passo que eles davam na direção do senhor daquele lugar, e Criptoniano percebia cada vez mais que a aura daquela criatura era tão grandiosa quanto a de qualquer deus do Olimpo. Um diadema de luz englobava sua cabeça, igual ao de Ruan. Este, porém, era dourado. Ao lado do trono, estava um velho conhecido de Criptoniano: son Jin, em sua forma humana, sorrindo para ele com serenidade, o que, por algum motivo, deixou o filho de Ares feliz.
son Ruan caminhou até estar a 4 metros do trono, onde se ajoelhou e tocou o peito com o punho direito.
O outro macaquinho fez o mesmo, um pouco atrás de Ruan e Cripto, antes que pudesse perceber, também tinha um joelho no chão, embora continuasse olhando para o Rei. Graças a isso, pôde ver enquanto o homem (macaco?) suspirava, fechando os olhos, e agarrava o bastão encostado ao lado do trono. O rei ergueu o bastão e o desceu no ar. A arma se esticou até ter 5 metros, e bateu com ruído na cabeça de Ruan.
Criptoniano ficou surpreso com a porrada repentina. Cogitou falar algo, mas desistiu quando o Rei se levantou, exibindo seus 2 metros de altura em sua forma semi-humana, e caminhou calmamente na direção deles, descendo as escadas que levavam ao trono. Embora seus passos fossem suaves e não produzissem som algum, Criptoniano conseguia sentir uma vibração no chão passando por ele a cada vez que o rei tocava o chão. Como se tivesse tanta energia em si que liberasse uma carga dela no solo a cada passo.
-- Você foi sumiu. Fugiu para o mundo humano sozinho. Foi sequestrado. Não me contatou durante meses. E quando Jin voltou, foi apenas com a mensagem de que você ficaria por lá. Não veio me ver. Deixou a mim e ao reino preocupados.
Diferentemente dos outros dois, o rei falava com sua boca. Sua voz entrava nos ouvidos de Criptoniano como água, e reverbavam dentro de sua cabeça. Profunda, como se fosse uma caverna falando.
-- Son Ruan Etrama di Raizel -- A esta altura o rei estava parado, imponente, diante de Ruan, olhando de cima para baixo -- O que no mundo justifica suas atitudes?
Criptoniano sentiu uma gota de suor descer por entre seus cabelos. Ele não estava com medo. Ou estava? Achava que não. Mas estava, sem dúvidas, tenso. Tenso por Ruan, especialmente. A presença do rei parecia puxá-lo em todas as direções, como se estivesse em um campo de buracos negros no meio do universo.
Por um minuto, todos permaneceram em silêncio. Era quase possível ouvir os batimentos um do outro ali. O rei permaneceu imóvel diante do filho, até que este inspirou profundamente, olhos fechados. Ruan levantou-se.
-- Não tenho nenhuma justificativa para o que fiz. Fiz porque quis. Porque passar dia após dia em meu quarto aprendendo a ser uma princesa não é vida para mim. Porque eu quero aprender coisas que não sei. Quero ver mares de fogo. Quero ver as Montanhas de Ouro do Oeste. Quero ver as maiores florestas com as maiores árvores. Quero ver pessoas. Quero aprender línguas. Quero lutar. Porque um dia eu serei Rei, e quando este dia chegar, eu quero saber mais do que a droga da etiqueta real.
Era a primeira vez que Cripto ouvia a voz de Ruan com seus ouvidos. Sequer sabia que o macaquinho podia, de fato, falar.
son Ruan encarou o pai. Seus olhos, de um dourado escuro, não vacilaram contra as pedras de jade que cintilavam nas órbitas do Rei.
-- HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!
Para a surpresa de todos, o rei soltou a gargalhada mais alta e estrondosa que se podia ouvir. Riu por dois minutos inteiros até controlar seu acesso, e enxugou uma lágrima dos olhos com os dedos.
-- Ah, meu filho. É bom tê-lo de volta em casa.
son Goku puxou Ruan e o abraçou com força. O pequeno macaco retribuiu o gesto do pai, envolvendo-o com seus braços, e a tensão se desfez no ar.
-- Mas -- Disse o rei, agarrando a cabeça de Ruan -- Nunca mais suma sem avisar.
O rei então jogou o filho como uma boneca de pano na direção de Jin que, de olhos arregalados, saltou para agarrar o príncipe aturdido no ar.
-- Leve-o para tomar um banho! Está com cheiro de suor! E vocÊ... -- Disse o rei, virando-se para o surpreso Criptoniano -- Deve ser son Kal. O garoto de Ares que salvou o rabo fedido daqueles dois, hã?
A tensão sobre ombros de Cripto se desfaz, e o garoto se levanta, apresentando-se.
-- Sou Kal, Portador da Alvorada, Campeão de Hera, Con-
-- Bla, bla, bla. Você é família -- O Rei puxou Criptoniano, envolvendo seus ombros com um braço peludo -- Você salvou não só o meu melhor amigo e guardião, como também o meu filho. Sê bem-vindo a meu reino.
O rei fala com suavidade, piscando com gentileza.
-- Erias! Bom trabalho. Seus cabelos estão meio espetados. Foi atingido por um raio? HAHAHAHA.
A personalidade alegre do rei surpreende Criptoniano. Erias acena com força, sem jeito diante do rei, que lhe dá tapinhas nas costas.
-- Leve son Kal para os aposentos de Ruan. À noite nós teremos o que conversar.
Assim, Eriase Cripto partem atrás de Jin e ruan, que estava deitado em seus ombros como um saco de batata.
Nos primeiros segundos, Criptoniano absorve o lugar. Alto. Um telhado com mais de 6 metros de altura, um átrio com mais de 50m². O chão de mármore branco tão polido que parecia um espelho, um telhado verde como jade. Colunas de 1m de diâmetro feitas de puro ouro. E do outro lado, sentado em um trono majestoso, estava o rei.
- Spoiler:
O rei observa os garotos se aproximarem, encostado confortavelmente em seu trono, apoiando o queixo sobre uma mão. O ar parecia ficar mais pesado a cada passo que eles davam na direção do senhor daquele lugar, e Criptoniano percebia cada vez mais que a aura daquela criatura era tão grandiosa quanto a de qualquer deus do Olimpo. Um diadema de luz englobava sua cabeça, igual ao de Ruan. Este, porém, era dourado. Ao lado do trono, estava um velho conhecido de Criptoniano: son Jin, em sua forma humana, sorrindo para ele com serenidade, o que, por algum motivo, deixou o filho de Ares feliz.
son Ruan caminhou até estar a 4 metros do trono, onde se ajoelhou e tocou o peito com o punho direito.
Pai. Meu Rei. Estou em casa.
O outro macaquinho fez o mesmo, um pouco atrás de Ruan e Cripto, antes que pudesse perceber, também tinha um joelho no chão, embora continuasse olhando para o Rei. Graças a isso, pôde ver enquanto o homem (macaco?) suspirava, fechando os olhos, e agarrava o bastão encostado ao lado do trono. O rei ergueu o bastão e o desceu no ar. A arma se esticou até ter 5 metros, e bateu com ruído na cabeça de Ruan.
A-Ai!
Criptoniano ficou surpreso com a porrada repentina. Cogitou falar algo, mas desistiu quando o Rei se levantou, exibindo seus 2 metros de altura em sua forma semi-humana, e caminhou calmamente na direção deles, descendo as escadas que levavam ao trono. Embora seus passos fossem suaves e não produzissem som algum, Criptoniano conseguia sentir uma vibração no chão passando por ele a cada vez que o rei tocava o chão. Como se tivesse tanta energia em si que liberasse uma carga dela no solo a cada passo.
-- Você foi sumiu. Fugiu para o mundo humano sozinho. Foi sequestrado. Não me contatou durante meses. E quando Jin voltou, foi apenas com a mensagem de que você ficaria por lá. Não veio me ver. Deixou a mim e ao reino preocupados.
Diferentemente dos outros dois, o rei falava com sua boca. Sua voz entrava nos ouvidos de Criptoniano como água, e reverbavam dentro de sua cabeça. Profunda, como se fosse uma caverna falando.
-- Son Ruan Etrama di Raizel -- A esta altura o rei estava parado, imponente, diante de Ruan, olhando de cima para baixo -- O que no mundo justifica suas atitudes?
Criptoniano sentiu uma gota de suor descer por entre seus cabelos. Ele não estava com medo. Ou estava? Achava que não. Mas estava, sem dúvidas, tenso. Tenso por Ruan, especialmente. A presença do rei parecia puxá-lo em todas as direções, como se estivesse em um campo de buracos negros no meio do universo.
Por um minuto, todos permaneceram em silêncio. Era quase possível ouvir os batimentos um do outro ali. O rei permaneceu imóvel diante do filho, até que este inspirou profundamente, olhos fechados. Ruan levantou-se.
-- Não tenho nenhuma justificativa para o que fiz. Fiz porque quis. Porque passar dia após dia em meu quarto aprendendo a ser uma princesa não é vida para mim. Porque eu quero aprender coisas que não sei. Quero ver mares de fogo. Quero ver as Montanhas de Ouro do Oeste. Quero ver as maiores florestas com as maiores árvores. Quero ver pessoas. Quero aprender línguas. Quero lutar. Porque um dia eu serei Rei, e quando este dia chegar, eu quero saber mais do que a droga da etiqueta real.
Era a primeira vez que Cripto ouvia a voz de Ruan com seus ouvidos. Sequer sabia que o macaquinho podia, de fato, falar.
son Ruan encarou o pai. Seus olhos, de um dourado escuro, não vacilaram contra as pedras de jade que cintilavam nas órbitas do Rei.
-- HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!
Para a surpresa de todos, o rei soltou a gargalhada mais alta e estrondosa que se podia ouvir. Riu por dois minutos inteiros até controlar seu acesso, e enxugou uma lágrima dos olhos com os dedos.
-- Ah, meu filho. É bom tê-lo de volta em casa.
son Goku puxou Ruan e o abraçou com força. O pequeno macaco retribuiu o gesto do pai, envolvendo-o com seus braços, e a tensão se desfez no ar.
-- Mas -- Disse o rei, agarrando a cabeça de Ruan -- Nunca mais suma sem avisar.
O rei então jogou o filho como uma boneca de pano na direção de Jin que, de olhos arregalados, saltou para agarrar o príncipe aturdido no ar.
-- Leve-o para tomar um banho! Está com cheiro de suor! E vocÊ... -- Disse o rei, virando-se para o surpreso Criptoniano -- Deve ser son Kal. O garoto de Ares que salvou o rabo fedido daqueles dois, hã?
A tensão sobre ombros de Cripto se desfaz, e o garoto se levanta, apresentando-se.
-- Sou Kal, Portador da Alvorada, Campeão de Hera, Con-
-- Bla, bla, bla. Você é família -- O Rei puxou Criptoniano, envolvendo seus ombros com um braço peludo -- Você salvou não só o meu melhor amigo e guardião, como também o meu filho. Sê bem-vindo a meu reino.
O rei fala com suavidade, piscando com gentileza.
-- Erias! Bom trabalho. Seus cabelos estão meio espetados. Foi atingido por um raio? HAHAHAHA.
A personalidade alegre do rei surpreende Criptoniano. Erias acena com força, sem jeito diante do rei, que lhe dá tapinhas nas costas.
-- Leve son Kal para os aposentos de Ruan. À noite nós teremos o que conversar.
Assim, Eriase Cripto partem atrás de Jin e ruan, que estava deitado em seus ombros como um saco de batata.