Vejo a criatura desaparecer por entre os tuneis, e meu primeiro instinto é correr atrás daquele impostor e fazê-lo pagar por querer destruir os espíritos e as plantações do acampamento, mas não posso naquele momento, outras criaturas precisavam de mim. Levanto a mão direita para o teto, e a mão esquerda em direção aos korpoi. Utilizo o máximo que consigo de l Forças l, para criar três estacas pontiagudas de terra que corte os korpoi presos, e utilizo o restante para estabilizar o máximo que conseguir do teto.

- Se acalmem! Eu vou segurar o máximo que conseguir, me ajudem a chegar a superfície do mesmo jeito que viemos para cá, me carreguem, juntos conseguiremos escapar!

Espero que minha magia dê alguns poucos momentos de paz, e que os korpoi queiram cooperar comigo, se não estou ferrado. Se o teto começar a desabar, invoco uma l Barreira de Terra l para segurar os escombros e torno a pedir ajuda aos espíritos dos grãos. Enquanto eles forem me carregando pelos túneis, continuo a utilizar minha magia para que sairmos vivos dali.

Forças: O filho de Hécate manipula um dos cinco elementos em quantidades de acordo com o número total de WIS do semideus. Por exemplo: Pode usar uma tocha pra disparar uma bola de fogo básica ou fazer uma labareda gigantesca. Requer no mínimo 20 pontos de energia que podem ser acrescidos de acordo com a quantidade de elemento controlado, a decisão ficando ao encargo do narrador. Essa habilidade poderá ficar ativa por mais de uma rodada, como por exemplo para fazer uma esfera de água flutuar no ar, caso isso ocorra o custo por rodada será igual ou semelhante ao custo inicial, tudo definido pelo narrador.
 Barreira Elemental [Inicial]: Invoca uma barreira elemental que segue os movimentos do personagem por dois turnos. Custa 50 de energia, a habilidade entrará em espera durante três turnos após terminar seu efeito. [Dura uma rodada a mais para o Elemento Especializado]

Minha cabeça latejou para em seguida ficar leve como uma pena, efeito colateral de usar muita magia ao mesmo tempo. Quando emergimos do buraco sinto o ar gelado da noite invadir os meus pulmões e quase choro de felicidade. Lógico que não tive meio momento de paz, pois no instante seguinte meus novos amigos estavam presos em redes e um filho de Deméter vinha me dar palmadinhas nas costas. Tusso, sentindo meu mundo girar mais uma vez antes de começar a falar.

- Libertem esses espíritos. - digo, a voz firme e deixando minha aura mágica aumentar – Eles foram enganados por um monstro que NOSSAS DEFESAS deveriam deixar para fora. Foram vítimas, usados e descartados na primeira oportunidade. E eles SALVARAM A MINHA VIDA. Eles não só vão poder ir embora, como vamos erguer um campo de trigo, cevada e nata para eles, para compensar por termos sido tão grosseiros e falhos em proteger as criaturas que vivem ao nosso lado.

Me mantenho firme, a luz da lua me fortalecendo, minha aura desprendendo poder. Eu não iria lutar contra os filhos de Deméter a toa, mas se fosse necessário usaria meus poderes para ter a certeza que os korpoi sairiam livres de lá.