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Fórum de Mitologia Grega baseado em Percy Jackson e os Olimpianos e Os Heróis do Olimpo!


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O pecado do gigante - Leonardo - Página 2 Empty Re: O pecado do gigante - Leonardo

por Hera 17/01/20, 09:33 am

Hera

Hera
Deusa Olimpiana
Deusa Olimpiana

- Exilado, é? - Achou isso estranho, mas não questionou, principalmente porque foi distraído por um ronco de sua barriga. - Cara, como eu odeio aquela Deusa maldita. Tu tem noção que ela só me deixa comê uma vez a cada dez anos? - Entretanto, ele pareceu cativado pela proposta de Leonardo. - Acho que tu quer ir pro torneio, né? Pra pegar aquele medalhão lá, num é? Igual todo mundo. Eu iria, se estivesse com meu antigo corpo. Mas num tem como. Olha, se tu conseguir me ajudar, eu te levo, eu sô o porteiro, sabe? Eu faço os portais que levam pra lá mais rápido. É que os Aesires num sabem mexer com magia e essas coisas, tu até parece sabê mas eu te levo mais rápido. Pode sê? - Esperou a resposta, mas antes dela chegar, continuou. - Aí depois do torneio tu encontra o mestre das runas, é um meio-sangue, igual tu! Ele entende de runas, deve saber fazê alguma coisa pra tirar essa maldição, e aí, o que acha?


Parecia uma boa proposta. Leonardo sentia sinceridade nele, aquele cara realmente parecia querer se livrar daquela maldição. Era uma situação deplorável, realmente, qualquer um aceitaria qualquer ajuda pra conseguir voltar ao normal.

#11

O pecado do gigante - Leonardo - Página 2 Empty Re: O pecado do gigante - Leonardo

por Leonardo 17/01/20, 10:09 am

Leonardo

Leonardo
Filho(a) de Atena
Filho(a) de Atena
Apesar de o velho não ter caído na minha conversa, eu havia conseguido o que queria dele. Enfim aceito sua proposta, até porque realmente queria ajudar aquele pobre infeliz.

Estava acostumado a ser teleportado de um lado do mundo para o outro, e não era nada agradável. Porém, estaria pronto para, ao chegar ao destino, estar o mais preparado possível, tanto para o frio, quanto para a paisagem e criaturas que pudessem estar à minha volta.

Antes de viajar, chamo Orion para ir comigo e invoco minha armadura, para me proteger do frio. Quando chegar, analiso o local para decidir que direção tomar e o que fazer, fazendo uso da minha experiência e sabedoria para decidir pelo melhor.

#12

O pecado do gigante - Leonardo - Página 2 Empty Re: O pecado do gigante - Leonardo

por Hera 18/01/20, 10:10 am

Hera

Hera
Deusa Olimpiana
Deusa Olimpiana



OFF - ESCUTE A MÚSICA ENQUANTO LÊ A POSTAGEM



- Trato feito, então. - Por cima da fogueira, estendeu a mão num cumprimento para Leonardo. Como se estivesse hipnotizado, o filho de Atena fez o mesmo movimento e apertaram as mãos. Aquele homem, não a soltou. A fumaça do fogo parecia tomar a forma de uma lâmina e nas costas das mãos dos dois, foi cauterizado um X. Quando saiu do transe, Leonardo puxou a mão bem rápido, por causa da dor, e ainda sentia arder como se fosse marcado a ferro. O filho da sabedoria era inteligente o suficiente para saber de que se tratava. Era uma runa nórdica de nome GEBO. E significava, em termos práticos, bons negócios. - Então... Vamos começar? - O rosto esquelético daquele homem soltou um sorriso sombrio, que fez Leonardo se perguntar se tinha feito uma boa escolha. Aquela criatura faminta se encheu de energia e colocou-se de pé. Seus braços se abriram, e sua cabeça apontou aos céus com tamanha brutalidade, que o garoto escutou asas farfalhando. Corvos?. Não tinha certeza. De sua cintura magra, o velho enrugado tirou uma adaga mal afiada, feita de ossos e de cordas. Ele colocou a língua para fora, e então o campista percebeu que a mesma era cheia de cicatrizes. Com sua adaga, desenhou outra runa.


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Graças ao seu vasto conhecimento, Leo também a conhecia. O nome era ALGIZ, e significava viagens, novos caminhos. O homem começou a cantar, com uma voz grossa e em uma língua que o garoto desconhecia. Isso era incomum, para ele, afinal, conhecia cada língua já inventada e a grande maioria das esquecidas. Mas aquela parecia ser protegida do seu conhecimento, como se não tivesse padrão, nem significado lógico. De uma coisa ao menos ele sabia, era antiga.


O fogo da fogueira ardeu mais forte, tanto Leo quanto seu cavalo se assustaram. As chamas tomaram a altura de um homem de três metros e por incrível que pareça, ficaram brancas e frias... O canto continuava, e o rapaz foi sábio o suficiente para invocar sua armadura, por ter sido criada a partir dos ossos de um Dragão, manteve-o aquecido, sendo assim ele quase não sentiu frio algum quando as árvores ao redor do fogo começaram a congelar parte de seus troncos. O fogo tinha barulho de vento. Vento do norte.


"Entrem".


Pareceu dizer o homem por trás das chamas. Leo puxou seu cavalo pela corda, ele parecia assustado, mas seguiu seu dono. Eles entraram no fogo, a realidade se derreteu em um desespero tempestuoso, as chamas se apagaram, e os dois desapareceram.  
Ato I - O Torneio



Antes do princípio, não havia nada - nem terra, nem paraíso, nem estrelas, nem céu -, existia apenas o mundo feito de névoa, sem forma nem contorno, e o mundo feito de fogo, eternamente em chamas.




Não foi uma viagem turbulenta, na verdade, o que foi difícil de suportar foi o que veio depois dela. A mudança térmica foi tão bruta que o garoto teve uma sensação semelhante a de entrar numa loja com o ar condicionado na temperatura mais baixa possível, em um dia onde o sol está em seu ápice no meio do verão, a diferença é que nessa viagem a temperatura baixou pelo menos uns 30 graus. Não fosse sua armadura, ele teria congelado até a morte, mas ainda assim estava frio. Respirar era difícil, ele precisou de um esforço até que seus pulmões se acostumassem com o ar gelado, seu peito chegou a doer um pouco.  


Quando conseguiu respirar direito, pôde olhar ao seu redor e... bem, o movimento era semelhante a de um distrito nova iorquino, a diferença era que ao contrário do Acampamento Meio-Sangue e Nova Roma, aquele lugar era relativamente medieval. E as pessoas... Talvez o filho de Atena nunca tivesse encontrado tantas pessoas grandes reunidas num único lugar. Eram literalmente gigantes, homens de dois a quatro metros de altura, com corpos tão fortes que fariam os filhos de Ares sentirem inveja. O barulho também era grande, tinha música, vozerio. Ele percebeu que estava no centro de uma cidade, haviam barracas que vendiam armas e armaduras, em geral... eram objetos grosseiros, mas úteis para quem tem a força de um hipopótamo. Haviam lojas de poções e pessoas vestindo armaduras das mais diversas. Todos tinham uma pele relativamente branca ou avermelhada, e barbas longas e chamativas.


Não era à toa que esse garoto tinha sido conselheiro do Chalé de Atena uma vez, Leonardo percebia diversos detalhes. Era sim, uma grande cidade, cheia de pessoas, mas nenhuma delas era um humano normal, ao menos não completamente. O garoto não era nenhum descendente de Hécate, mas seus anos como semideus o fazia entender como a névoa trabalhava, e ao redor daquela cidade ela era tão bruta e firme quanto o ar de um pântano. Poderia supor que aquele lugar era para os nórdicos o que nova roma era para os romanos, ou o que o acampamento meio-sangue era para os gregos.


Haviam diversas casas de madeira antiga e palha, pareciam ser lojas de todos os tipos, que se estendiam por uma rua reta que ia até uma montanha congelada ao norte daquele lugar. Lá, havia uma grande construção de madeira e couro, como um grande coliseu improvisado, e todos se dirigiam para lá. Próximo de Leonardo, um velho, completamente diferente daquele que o havia levado até ali, pois era tão forte quanto um Touro e tão alto quanto Quíron, gritava.


- VENHAM! VENHAM! Últimas inscrições para o torneio de Æsires de Nova Valhalla!! - Segurava um panfleto. - O prêmio é uma Joia usada pelo próprio Ymir! VENHAM!


No bolso de Leonardo, o guardanapo que sua mãe lhe deu brilhou. Por curiosidade, ele o tomou em sua mão, o abriu e viu uma seta, como numa bússola, apontando diretamente para aquele Coliseu.

#13

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por Leonardo 18/01/20, 03:01 pm

Leonardo

Leonardo
Filho(a) de Atena
Filho(a) de Atena
Aquela cena havia sido a mais fantástica que eu já havia presenciado, dentre todas as ocasiões que assisti em tantos países que havia visitado. Aquele homem, aquela música, aquela marca em minha mão, o fogo... Tudo era quase inacreditável, mas seria tolice acreditar que nós, gregos e romanos, conhecíamos todas as verdades do mundo ocidental. Civilizações e reinos deixaram seus legados através dos milênios e nós éramos apenas um deles. Talvez o mais vasto legado, mas não necessariamente o mais antigo e poderoso.

Ao chegar à cidade secreta, olho novamente para a runa impressa na minha pele. Aquele havia sido um acordo perigoso, mas mesmo não sendo um filho de Ares ou atleta de Héracles, eu não temia, pois estava servindo minha mãe e iria até as últimas consequências para satisfazê-la, caso fosse necessário.

Aqueles seres gigantes poderiam ser assustadores para muitos, mas eu não estava com medo, muito menos com receio. Subo no meu cavalo e aperto seu pescoço para lhe transmitir confiança. Havíamos enfrentado outras viagens perigosas antes, mas sempre saíamos bem, e agora não seria diferente. Agora em cima de Orion, não me sentia mais tão mais baixo que os outros. Estufo meu peito e começo tocar meu corcel na direção do falso Coliseu, para onde o pano de Atena indicava. Não olharia ninguém nos olhos, mas não deixaria de olhar em volta, tentando colher todos os detalhes possíveis daquela cultura rica na qual estava imerso.

Cada pessoa, cada palavra, cada objeto ou cena particular poderia ser uma oportunidade futura para eu me safar de algo, e eu não deixaria de guardar tudo organizadamente em meu cérebro. A minha mente era minha maior arma, e eu não abriria mão de utilizá-la ao seu extremo para investigar aquele lugar e honrar o nome de minha mãe, recuperando o que lhe foi roubado pelos infames.

#14

O pecado do gigante - Leonardo - Página 2 Empty Re: O pecado do gigante - Leonardo

por Hera 19/01/20, 11:40 am

Hera

Hera
Deusa Olimpiana
Deusa Olimpiana
Enquanto caminhava, Leonardo percebeu que não havia muito que ele não conhecesse. O filho de Atena dominava a história dos escandinavos assim como todas as artes, então conhecia bem as coisas que via ali. Montado em seu cavalo, estava acima de todos mas não recebeu nenhum olhar estranho por causa disso, eles não pareciam julgá-lo fraco por sua falta de músculos nem nada do gênero. As casas, bem, eram simples, feitas de madeira resistente, como se quem as tivesse construído não planejasse sair daquele lugar tão cedo. Quase todos ali pareciam guerreiros, haviam apenas uma pessoa ou outra que não tinha pelo menos um machado amarrado na cintura ou nas costas, e as lojas eram ao ar livre, vendendo armaduras de couro e roupas de frio.


Inclusive, a única coisa que chamava atenção era a armadura de Leonardo, certamente indicando que ele era um estrangeiro, mas mesmo assim ninguém se comportou de forma estranha, e quando deu por si ele já estava chegando no Coliseu. Quando se mexia, vapor saía das articulações quentes de sua armadura, e por isso quando desceu de seu cavalo ele parecia estar fervendo. Isso se dava pelo calor do osso de Dragão naquela cidade invernal.


Aquela região era montanhosa, norte, sul, leste e oeste eram cercados por grandes montanhas cobertas de gelo, não havia sinal de civilização longe daquela cidade, mas de uma coisa o garoto teve certeza, aquela cidade presenciou um bom número de lutas. Quão mais próximo do Coliseu, mais ele percebia estragos de grandes batalhas, fossem garras de dragões enormes no chão, pegadas de gigantes ou um grande vão aberto no meio de uma montanha, como se uma espada do tamanho de um prédio a tivesse cortado ao meio. Aparentemente, eles aproveitaram o estrago para fazer uma estrada por lá, e era de onde a maioria vinha.


Algo do qual sentiu falta, foi barcos. Mas quando ele se colocou de pé na fila da entrada, olhou para os céus e jurou ter visto um ou dois barcos vikings voando. Entretanto, as nuvens eram tão densas que ele não pôde ter essa certeza. A fila avançava rapidamente, e Leonardo reparou também nos detalhes do Coliseu. Por fora era uma construção relativamente simples, feita da mesma madeira que as casas daquela cidade e coberta com uma grande colcha de retalhos feita de diversos couros, como que para enfeitar. Ainda na fila, o semideus ouviu alguém chamando sua atenção.


- Ei, garoto! - Virou-se e viu um cara grande. Tinha pelo menos dois metros e meio, se destacava entre todos, mas sua barriga grande e a barba branca o fazia parecer tão simpático quanto o papai noel, e não portava armas em sua cintura, só cordas e alguns martelos de construção. - Você não pode levar cavalos para a Arena! - Ele estava distante, então todos ouviam-no gritando. - Deixe aqui no Estábulo! - Leonardo se aproximou, o senhor realmente parecia ser muito simpático, e assoviou ao ver Orion. - É um belo cavalo, quer que eu cuide dele? São só duas moedas de prata. Aliás, você não é daqui, é? Parece ser Vanir.

#15

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por Leonardo 19/01/20, 12:08 pm

Leonardo

Leonardo
Filho(a) de Atena
Filho(a) de Atena
Os detalhes da cidade me deixavam estupefato. Se eu não conhecesse o Olimpo, certamente estaria fascinado, mas não era o caso, portanto continuei focado no percurso e na minha tarefa. Nem mesmo os supostos barcos voadores me impressionavam tanto, afinal, eu poderia esperar qualquer coisa daquela mitologia.

Ao me aproximar e ouvir o simpático homem me admoestando, me aproximo dele para conversar devidamente. Acho engraçado que eles me compare com os Vanir, já que eu não era nem um pouco gigante e possuía equipamentos bélicos, mas não queria causar encrenca logo de cara. Talvez ele fosse um aliado, no começo.

- Talvez eu seja. - Digo, dando um sorriso descontraído, como que para fazer uma piada interna que eu não fazia ideia se fazia sentido. - Aceita uma moeda de ouro? Não estou acostumado a usar moedas de prata de onde eu vim... - Lhe entrego um dracma e espero sua reação, aproveitando para descer de Orion, lhe dando umas palmadas leves para transmitir confiança e paciência.

- Será que o senhor pode me esclarecer... Senhor... Como devo chamá-lo? - Faço sinal de interesse em conhecê-lo melhor. Não sei até que ponto os nativos paravam para conversar com ele, mas quem sabe seria bom demonstrar cordialidade, por enquanto.

- Do que se trata exatamente esse torneio? Recebi rasas recomendações e vim, porém sem tantas informações precisas... - Os Vikings eram orgulhosos de sua história, portanto imagino que falaria largamente sobre o coliseu, o evento e talvez até sobre a cidade.

Eu estava desconfiado que podia estar em Asgard, ou alguma outra cidade pertencente aos Aesir, mas não podia arriscar nada para não ofender o educado senhor.



Passivas a considerar:

#16

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por Hera 19/01/20, 04:13 pm

Hera

Hera
Deusa Olimpiana
Deusa Olimpiana
- Ouro? Ora, parece até aqueles ocidentais, hahaha! - Ele aceitou a moeda sem muita resistência, era realmente um cara legal. Ele levou Orion com muito cuidado para os estábulos, e o abrigou por lá. Haviam outros cavalos naquele lugar, fortes e grandes, mas o animal de estimação de Leonardo não perdia nem um pouco para eles. - Me chamo Nicholas, é um nome estranho, não é? Minha mãe não é nórdica, sabe?... - Ele começou a se explicar sorridente e empolgado, mas a nova pergunta de Leonardo lhe chamou mais a atenção. - Você realmente está perdido, não é? Aliás, quer uma cerveja? - Tomou para si um chifre cheio de bebida e ofereceu outro ao semideus. - Este é o torneio de Æsires, ele tinha parado de funcionar nos últimos anos, sabe? Por causa do ataque dos dragões à nossa cidade. Demoramos a nos recuperar e as pessoas estavam desanimando, ninguém mais queria lutar até a morte para receber as glórias em Valhalla. - Deu um baita gole, que esvaziou o chifre, e o encheu novamente em um barril próximo. O cheiro de cavalos tornava desconfortável beber, mas ao menos aquele lugar era aconchegante e quente. - Mas aí, em uma das expedições o Jarl encontrou uma jóia antiga, muito antiga. Diz ele, ter pertencido ao próprio Ymir. Eu acho que é baboseira, mas isso uniu novamente os nossos povos, e o torneio agora se iniciou novamente. O vencedor, leva a jóia. Ouvi dizer que esse ano tem até um Berserker, hehe, vai ser interessante.


Olhando para o chifre com a cerveja, Leonardo percebeu que aquele lugar era um pouco mais bruto do que a terra de onde vinha. Afinal, colocar pessoas para lutarem entre si até a morte por uma joia e usar isso como meio de diversão parece ser um pouco sádico. Mas então, lembrou-se dos romanos, seus vizinhos, e de repente se sentiu um pouco mais familiarizado com aquelas práticas.


- E você, garoto? É um Vanir, né? Vai lutar?

#17

O pecado do gigante - Leonardo - Página 2 Empty Re: O pecado do gigante - Leonardo

por Leonardo 19/01/20, 05:01 pm

Leonardo

Leonardo
Filho(a) de Atena
Filho(a) de Atena
Aquelas informações bastavam para mim. Será que aquela joia era o que minha mãe buscava? Se fosse, aqueles nórdicos me pagariam caro por estarem brincando com ela. Atena me disse que haveria inimigos e aquilo era exatamente o que não faltava no local. Talvez existissem mais do que simplesmente os competidores, mas eu enfrentaria qualquer um para sair vitorioso e voltar pra minha terra com o que eu havia sido incumbido de buscar: o item perdido e a cura para a maldição da vítima de Freya que havia encontrado.

Sorrindo para o senhor que me ajudara, apenas disse:

- Digamos que vim de muito longe para conquistar algo muito grande, mas não posso lhe dizer agora. Vou lutar sim e nós voltarem a nos encontrar, com certeza.

Dou um aceno com a mão, agradeço a ajuda dele e digo até logo para Orion. Então parto para a arena, em busca do que me esperaria naquele recinto.

#18

O pecado do gigante - Leonardo - Página 2 Empty Re: O pecado do gigante - Leonardo

por Hera 20/01/20, 08:57 am

Hera

Hera
Deusa Olimpiana
Deusa Olimpiana


Misterioso. Era assim que Leonardo parecia ser, e Nicholas percebeu isso, o semideus tinha um porte incomum, principalmente naquele lugar, mas ainda assim o respeito que emanava o fazia parecer no mínimo, admirável. Orion parecia bem cuidado naquele momento, e por isso ele se retirou até a fila novamente. Um homem magro, o que parecia raridade naquele lugar, recolheu o seu nome e o inscreveu para o torneio, marcando o elmo fechado do semideus com uma tinta branca, indicando que ele era um dos desafiantes.


Não havia um lugar específico para os competidores, todos ficavam na arquibancada e qualquer um que quisesse saltar para a Arena na intensão de desafiar os guerreiros, poderia fazê-lo. E por falar em arquibancadas, elas também eram de madeira coberta por couro. A arena, que se apresentava logo abaixo, era basicamente um piso irregular, coberto de neve e que tinha no máximo 15 metros de diâmetro, parecia o lugar perfeito para uma luta rápida.


O filho de Atena escolheu uma fileira, e se aconchegou entre aqueles bárbaros para aguardar o início do torneio. Mais pessoas chegavam, e havia um ou outro homem da estatura do campista, seriam esses os vanires? Eram no máximo três, e vestiam roupas chamativas mas nada úteis, como vestes feitas de prata brilhante e tinham algumas espadas cheias de adornos.


Do lado oposto da entrada, havia uma única cadeira que era maior que os bancos da arquibancada, nela se sentava um homem com uma veste de couro que cobria todo o seu corpo, ele parecia se misturar em meio à Arena, mas quando se levantou o semideus percebeu que ele tinha um corpo bem grande, maior do que a maioria. Sua barba era longa e castanha, seu cabelo também, e o Campeão de Hera tinha a certeza de que ele não tomava banho haviam meses.


- Sejam bem vindos. - Clamou o homem, e a arquibancada urrou de forma que o garoto se sentiu cercado de ursos. - Como sabem, nossa cidade se recuperou de uma violenta batalha há pouco tempo, e os últimos torneios não saíram como planejado. - Caminhou por entre a Arena, olhando todos nos olhos. Sua voz era a de um velho, mas não parecia se portar como um. - Mas os Deuses nos mandaram um sinal. Eles querem que lutemos. - Se dirigiu novamente até seu banco, e de um pequeno baú que estava sobre ele, retirou um colar com um cristal de gelo. - Contemplem, o medalhão de Ymir.


Leonardo poderia amaldiçoar aos Deuses por sua obviedade, ao olhar o medalhão ele teve certeza, Ymir era uma ova, aquilo era helênico. Havia sim uma magia incomum em torno do medalhão, mas olhar para ele era como olhar para seu próprio chalé, como havia chego ali e o que ele fazia era ainda uma incógnita, entretanto, o filho de Atena soube que este era o objetivo de sua missão.


- O vencedor do torneio, terá a honra de portá-lo e fazer uso de seus poderes místicos. Os perdedores, não temam, acordarão em Valhalla, banqueteando-se com nossos Deuses e tornando-se parte de seu grande exército de heróis. - Urraram novamente, e alguns tambores foram tocados com fervor enquanto o Jarl levava a joia e se dirigia ao seu trono. - Comecem.


Deveria ter uma regra, mas não tinha. As eliminatórias funcionavam mais ou menos assim, um daqueles caras grandes pulava no meio da Arena, apontava o dedo pra outro desafiante e esses se digladiavam com machados e martelos até que um não pudesse se levantar. A morte era comemorada com gritos, como se tanto o vencedor fosse digno, quanto o perdedor, afinal este morreu em batalha.


Houve um momento, em que um dos Vanires foi desafiado, e ele se lançou contra seu adversário gigante sem covardia. A luta foi rápida, e Leonardo pôde perceber algumas coisas ali. Eram semideuses, afinal, utilizavam técnicas mágicas que pareciam muito com as que ele via em seu acampamento, como os raios que emanavam do martelo do Æsir e os raios de sol que o Vanir usava para tentar cegar seu inimigo. Percebeu também, que isso pouco adiantava, afinal, houve um momento em que o gigante com o martelo pegou o rapaz com sua armadura prateada pelo pescoço e socou seu rosto com brutalidade tamanha, que quando caiu no chão a feição orgulhosa havia sido substituída por uma cara desesperada e ensanguentada. - Eu desi... - Tentou falar, mas antes que terminasse o nórdico mais forte lhe deu outro soco, mesmo estando no chão, dentes voaram, e mais um soco foi desferido, mais um, mais um, até que o corpo fosse só um boneco imóvel e sem vida, jorrando sangue que fervia sobre o gelo.


Levaram aquele corpo dali, sob vaias. Não parecia ser tão nobre matar um Vanir, mas mesmo assim, minutos depois um homem com uns dois metros, vestindo nada além de uma roupa de couro que o protegia apenas do frio, e portando um machado de guerra relativamente grande em uma de suas mãos, apontou para Leonardo, e o desafiou.

#19

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por Leonardo 20/01/20, 06:37 pm

Leonardo

Leonardo
Filho(a) de Atena
Filho(a) de Atena
A arena era ainda mais impressionante por dentro. Não só pelos gigantes musculosos que ocupavam a maior parte dos acentos da arquibancada, mas também pelo tamanho do campo de batalha, que era menor até mesmo que a arena de treinos do acampamento. Observo o Jarl tagarelando, que para mim parecia um filho de Ares que tomou anabolizantes, forte e arrogante, o que provavelmente era seu tendão de Aquiles. Tudo estava indo bem e eu estava tranquilo, até que ele mostrou a joia que estava em sua posse.

Meu instinto mais primitivo naquele momento era saltar de meu lugar na arquibancada para arrancar a joia das mãos do usurpador insolente, mas eu sabia que isso não era possível. Portanto aguardo, pois deveria utilizar minha inteligência para conquistá-la aos poucos.

As batalhas começam e eu utilizo o tempo para me concentrar na movimentação e golpes dos combatentes, principalmente dos Aesires, que eram maioria. Meus longos anos de experiência em batalhas me tornaram um conhecedor de técnicas de batalha e leitor de movimentos durante um combate, aumentando as minha chances de reagir aos ataques adversários. Mesmo que eles possuíssem técnicas diferentes das vistas no sul, eu imaginava que podia utilizar ganchos em seus movimentos para aprender rapidamente de que forma eles se comportavam nas lutas.

Não me espanto com o fato de eles usarem poderes como nós, gregos, e de repente fico feliz em me lembrar que o velho em Nova Iorque havia me dito que eles não sabiam lidar bem com magia. Talvez até utilizassem os poderes dos deuses nórdicos, mas não controlavam eles com maestria. Isso sem contar que eu estava acostumado a treinar contra todos os tipo de poderes e elementos, portanto não era para mim nenhuma novidade chocante.

Quando sou selecionado, desço calmamente até o campo de batalha, ignorando possíveis vais ou o que for, de posse de todas as notas mentais feitas anteriormente. Naquele momento, toda a minha concentração estava no meu oponente. Não me daria ao luxo de me distrair com fatos externos ou com expectativas futuras. Toda a minha mente e todo o meu ser, com os conhecimentos do passado, estariam agora concentrados naquela luta, como se fosse a última de minha vida. Analiso o solo e o espaço que teria para combate, tentando me familiarizar rapidamente com o terreno.

Estaria usando o escudo e a lança, naquele primeiro momento. O braço de cada dependeria do inimigo. Se o seu braço principal fosse o direito, eu usaria a lança no direito e o escudo no esquerdo. Como eu era ambidestro, queria usar a arma de ataque do lado oposto que meu adversário devia estar acostumado a lidar.

No mais, apenas mantenho minha postura, observando. Flexionaria os joelhos, usando o escudo em frente ao corpo, enquanto a ponta da lança estaria furando a defesa, apontada para o inimigo, como os espartanos faziam há séculos. Me movimentaria lentamente para os lados, estudando a movimentação do inimigo e esperando seu avanço. Ele provavelmente era impulsivo, e eu estaria pronto para me esquivar ou me defender com o escudo quando ele atacasse. Não usaria sequer a tática do contra ataque. Queria que ele pensasse que eu não conseguia atacar, além de cansá-lo um pouco, enquanto me perseguia em vão. De quebra, poderia analisar os padrões da sua movimentação e golpes particulares, guardando recursos para futuramente.

Também estaria pronto para o uso de possíveis poderes. Como estava me concentrando exclusivamente na defesa, ficaria atento ao uso de elementos como também a golpes especiais para tentar reagir rapidamente ao estímulo do adversário, nem que para isso eu tivesse que usar a própria lança para aparar algum golpe.



Passivas:

#20

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