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O pecado do gigante - Leonardo - Página 3 Empty Re: O pecado do gigante - Leonardo

por Hera 21/01/20, 06:42 am

Hera

Hera
Deusa Olimpiana
Deusa Olimpiana
Não tinha como esconder que Leonardo era um estrangeiro. Quando desceu das arquibancadas e pisou na arena, sentiu que foi percebido pelo Jarl que havia discursado anteriormente, e como não seria? Sua armadura era medieval, feita de ossos de dragão, soltava vapor naquele frio e fazia com que chamasse atenção, mais pelo mistério do que pela força, aqueles nórdicos pareciam valorizar bastante os músculos como se fossem sinal de grandeza. Não foi vaiado ao descer, pelo contrário, emanava respeito.


"Corajoso". Ouviu alguém dizer por suas costas, e aos olhos da cultura viking, realmente não havia nada mais bravo do que morrer em batalha, e todos acreditavam que este era o destino do desconhecido vanir que havia vindo de terras estrangeiras e usava uma armadura estranha. O homem na sua frente. O filho de Atena tinha um azar danado, porque até então, todos os guerreiros que lutavam pareciam ir direto ao ponto, já aquele ali, queria se mostrar um pouco e soltou um sorriso de desdém.


- Corra, Vanir, como todos da sua espécie. - Apontou com o dedão da mão livre - esquerda - para seu peito. - Sou descendente dos Jotun. Esmagarei seu corpo com um golpe. - Ele não estava mentindo, realmente parecia ter força pra isso.


Ao seu redor, o campista percebeu que os que permaneciam sentados na arquibancada desaprovavam aquilo. Luta era o que importava, machados e força, isso sim era poder digno de respeito, e apesar de demorar o seu adversário também percebeu isso e rosnou para os que estavam ao seu redor.


Tambores tocaram, e a batalha começou. O filho de Atena - como sempre - estava certo, o seu inimigo era impulsivo e corria em sua direção já erguendo o grande machado de guerra. A neve não parecia atrapalhar nenhum dos dois, ao nórdico por ser descendente dos gigantes de gelo, e ao grego por sua armadura derreter o gelo próximo aos seus pés, entretanto isso poderia ser um prolema posteriormente.


Escudo e lança em riste, o semideus preparou-se para receber o ataque, não foi nada complexo, ele simplesmente brandiu o machado verticalmente e Leonardo deu um passo para o lado para desviar, percebeu alguns detalhes nesse movimento. Primeiro: Ele era forte. Mesmo sob a neve, o garoto sentiu o chão rachar. Segundo: Ele era rápido. Parecia familiarizado com os grandes músculos, e se movimentava de forma simples para que eles provavelmente não lhe fossem empecilho. Terceiro: A neve que havia sido derretida sob os pés do grego congelou com a aproximação do machado, virando gelo liso e firme. O inimigo retirou o machado do chão seu muita dificuldade, e como o filho da sabedoria estava perto, preparava-se para desferir um golpe horizontal, visando parti-lo ao meio.

#21

O pecado do gigante - Leonardo - Página 3 Empty Re: O pecado do gigante - Leonardo

por Leonardo 21/01/20, 08:01 am

Leonardo

Leonardo
Filho(a) de Atena
Filho(a) de Atena
Assim que seu machado toca o solo ao meu lado, dou mais um passo para trás para ganhar distância do inimigo. Aquilo seria difícil, principalmente pelas observações que eu tomei. Percebi que eu não poderia deixá-lo me acertar em cheio, senão nem escudo e armadura seriam suficientes. Porém, se ele me acertasse de raspão, talvez eu pudesse suportar. Por isso, primeiro analiso a altura que ele me golpearia. Como ele era muito alto, provavelmente seu golpe seria na altura do meu peito, portanto flexiono os joelhos, me abaixando um pouco e firmando meus pés no chão da arena de modo que suportasse mais a força de impacto, usando a perícia corporal em batalha que adquiri ao longo dos anos. Meu objetivo era colocar o escudo na diagonal em frente ao meu tronco e cabeça, com a saída para cima. Ou seja, mais abaixado e com o escudo nessa posição, no ângulo ideal para receber o golpe, provavelmente a lâmina se chocaria tangencialmente ao escudo, reduzindo a força do impacto e fazendo o machaco subir com muita força.

Se isso desse certo, aproveitaria que sua arma teria sido erguida com toda a força que ele pôs no golpe, para longe, e contra ataco rapidamente, tentando fincar minha lança o mais próximo da sua axila do braço direito que eu alcançasse. Se percebesse que ele não conseguia reagir rápido, fincaria a lança fundo, mas se ele mostrasse reflexo, seria apenas uma estocada. Tão rápido quanto o ataque seria a troca de braços que eu faria, puxando a lança para trás e empurrando o escudo para frente. Caso ele me golpeasse com a outra mão ou um chute, eu ainda aproveitaria esse movimento do escudo para me impulsionar para trás, saindo do alcance do machado. Se meus movimentos dessem certo, provocaria:

- Para me esmagar, primeiro você precisa me acertar, bebezão!

Sabia que para seres presunçosos e impulsivos a raiva era a cereja do bolo de suas derrotas, pois os tornava estúpidos e previsíveis.

Caso eu perceba que não vou conseguir defender o golpe do machado daquela maneira, tentaria me abaixar mais ou me afastar mais do golpe, ou até mesmo saltar o machado se o movimento fosse baixo o suficiente. Em qualquer situação, primo pela minha defesa. Sobre qualquer risco de ser acertado por ele, mudo de tática para lhe dar uma escudada no membro usado para me defender e me afastar. Usaria toda a minha habilidade para não ser atingido, mas quem sabe causar algum dano.

Tomo cuidado para, em minhas movimentações, não pisar no local congelado por ele, e também prestaria atenção no meu próprio solo, já que a neve derretida poderia me atrapalhar. Caso conseguisse me afastar, continuaria me movendo lateralmente, obrigando-o a se virar para me encarar, nunca o deixando de frente para mim.



Passivas:

#22

O pecado do gigante - Leonardo - Página 3 Empty Re: O pecado do gigante - Leonardo

por Hera 21/01/20, 08:47 am

Hera

Hera
Deusa Olimpiana
Deusa Olimpiana

Certamente não haveria necessidade de se colocar em pauta se Leonardo era ou não filho de Atena, seus atos provavam a ligação consanguínea, afinal de contas, não existiria outro semideus capaz de calcular tão bem os resultados e os possíveis direcionamentos da batalha, se não o próprio filho da Deusa da estratégia.


Leonardo curvou as costas, para se defender do ataque veloz do adversário nórdico, e seu escudo ficou firme sobre seu corpo, fazendo-o parecer uma tartaruga. O machado de guerra do adversário bateu na égide soltando um alto tinido de metal, e sendo redirecionado como uma bala ricocheteando. A arma do Nórdico foi para o alto, e por um momento ele quase a deixou sair voando, tamanha era a surpresa daquele movimento, porém sua força foi tamanha que aquele golpe foi o suficiente para desequilibrar brevemente o filho de Atena, fazendo-o perder o controle daquela posição defensiva e bater com as costas no chão cheio de neve.


Ainda assim, o campista era ágil o suficiente para se colocar em posição de ataque novamente em poucos segundos e realizar uma estocada na costela do seu adversário. A sensação era a de ter perfurado a carne resistente e dura de um churrasco mal preparado, mas sangue jorrou no rosto do semideus enquanto ele retirava a lança do corpo do descendente dos Jotun e colocava novamente seu escudo na frente do corpo.


Não era um inimigo esperto, ele mais resmungou do que pensou em contra-atacar, por isso o grego não teve dificuldades em recuar. Com o sangue e o calor de sua armadura, boa parte da neve da região em que trocaram os primeiros golpes estava derretida e começando a congelar com a mera proximidade do corpo do nórdico.


Urros foram ouvidos ao redor deles. Aparentemente, o Vanir desconhecido estava impressionando o público.

#23

O pecado do gigante - Leonardo - Página 3 Empty Re: O pecado do gigante - Leonardo

por Leonardo 21/01/20, 09:39 am

Leonardo

Leonardo
Filho(a) de Atena
Filho(a) de Atena
Cuspo o sangue que estivesse em minha boca e brinco com o inimigo:

- Onde está o esmagador? Não consigo vê-lo...

Imediatamente partiria para o ataque. Eu esperaria ele reagir. Meu escudo me protegeria de chutes e socos, mas eu imaginava que ele ergueria o machado, morrendo de ódio, para me rasgar no meio. Quando visse seu golpe armado, ficaria a ponta da minha bota direta no chão e usaria sua força para impulsionar meu próximo passo para o meu lado esquerdo, o do machado dele (direita dele), buscando escapar do seu ângulo de acerto com o salto, a não ser que quebrasse o próprio braço. Se o golpe fosse na diagonal, seria da minha esquerda para a direita, o que significaria que até a arma chegar ao alcance do meu corpo, provavelmente a cabeça, meu salto já teria sido executado. Se necessário, inclino o tronco mais para a esquerda para desviar. Logo que meu pé esquerdo tocasse o chão, usaria ele mesmo para impulsionar um salto na direção do gigante, fazendo um zigue zague de saltos. Calcularia para chegar na sua lateral/costas, e então bateria a parte de baixo do meu escudo com toda a minha força na lateral do seu joelho. Esperando um golpe com o braço direito dele, talvez do cotovelo, ergo o escudo para me defender e deslizo meu corpo na direção das suas costas, para então fincar a lança onde devia ser seu pulmão. Se ele tentasse se virar para mim, não largaria a lança, girando junto com ele, causando mais dano ao local ferido. Dançaria nas suas costas até perceber que ele havia recuperado o reflexo e tentasse me pegar com a mão ou me golpear com o machado. Nesse momento, faria o mesmo movimento de antes: puxaria a arma e empurraria o escudo para pegar impulso num salto para trás, fora do seu alcance. Nesse caso, mesmo fora do seu alcance, ficaria mais alerta a possível contra ataques imediatos dele, saltando para os lados e para trás, além de usar o escudo.

Caso em algum momento algo saia do que eu previ, analiso a situação para fazer os movimentos necessários para concluir os golpes, mas se não for possível mesmo assim, executo um ataque simples na sua perna e me dedico então à minha defesa.

Animação


Nível 13 - Golpe Duplo: O filho de Atena pode efetuar dois golpes no mesmo turno desde que seja no mesmo inimigo e os golpes sejam complementarem (um sendo continuação ou reação do outro). O uso desta habilidade requer 25 pontos de energia. A habilidade entra em espera por 3 rodadas.


Passivas:

- Todas as anteriores.
- Nível 15 - Regeneração de Batalha II: Os heróis regeneram 10 pontos de vida & 10 pontos de energia por turno, quando estão em batalha.

#24

O pecado do gigante - Leonardo - Página 3 Empty Re: O pecado do gigante - Leonardo

por Hera 21/01/20, 01:56 pm

Hera

Hera
Deusa Olimpiana
Deusa Olimpiana

O viking rosnou às zombarias. Se Leonardo estivesse tentando provocá-lo, estava conseguindo. Os movimentos dele pareciam ainda menos controlados do que já eram, porque o olhava com fúria e ela era o combustível para seus ataques. Enquanto isso, o filho de Atena permanecia gelado e calmo, como se a vitória fosse inevitável.


Não se deixando levar pelo ego, o semideus encarou ao seu adversário ainda em posição de batalha e avançou. A arena era pequena, e a distância entre eles era vencida em poucos segundos, mas era perceptível que a agilidade de Leonardo era um destaque nas suas capacidades físicas.


Novamente, sua predição estava livre de equívocos e ele viu o nórdico balançando o machado em sua direção num ataque diagonal, de baixo para cima, simplesmente brandindo a arma bárbara na direção do grego tentando desesperadamente cortá-lo. Num salto, o campista desviou do ataque e se disparou contra o inimigo zigue-zagueando e deixando-o tonto. A montanha de músculos mal percebeu quando o filho de Atena se posicionou em suas costas e acertou seu joelho.


Talvez a benção do Deus da Guerra fosse forte o suficiente no campeão para explicar o barulho de osso quebrando e o grunhido de dor do viking. Urros de empolgação cresciam em meio aos tambores, enquanto o inimigo de Leonardo caía de joelhos e deixava também a sua arma escapar pelas mãos e afundar na neve. Foi aí que o semideus percebeu que seu adversário não se tratava de um grande guerreiro, era só um valentão tentando abusar dos fracos.


Mas Leonardo não era fraco.


Cravou sua lança no pulmão do descendente dos Jotun. Ele gritou e tossiu, já não tinha palavras de deboche, não era inteligente o suficiente para isso e algo sombrio nascia em seu rosto impedindo-o de subestimar ao grego, algo que Leo conhecia muito bem. Desespero.


Tateou a neve, tentando recuperar o machado que estava na neve. Com o joelho quebrado, dois furos no seu tronco, todos percebiam que era o fim daquele cara. Os nórdicos das arquibancadas batiam os pés junto aos tambores, afinal de contas havia acontecido algo inesperado, o Vanir desconhecido subjugou um Aesir. Isso parecia ser raro.


Mas a regra era clara. Era uma luta até a morte, e enquanto seu inimigo estivesse de pé, o filho de Atena não podia se considerar vencedor.

#25

O pecado do gigante - Leonardo - Página 3 Empty Re: O pecado do gigante - Leonardo

por Leonardo 21/01/20, 04:02 pm

Leonardo

Leonardo
Filho(a) de Atena
Filho(a) de Atena
O acerto do meu movimento não havia me ludibriado. Nem mesmo os urros da arquibancada tiravam a minha concentração. Meu inimigo estava vivo, e isso era tudo que importava. Caso ele conseguisse pegar seu machado, ainda poderia me matar. Se me agarrasse com um braço, poderia me quebrar ao meio. Eu jamais o subestimaria, enquanto não estivesse caído e morto no chão.

Com toda essa concentração, notando que o grandão tateava o chão, rapidamente coloco a lança no seu compartimento da armadura e saco a minha espada. Ergueria o braço do pro lado esquerdo, mas imaginando que ele ainda podia usar seu reflexo para agarrar meu braço, mesmo de costas para mim, desço a espada mudando o golpe para a direita e cortando seu pescoço, empurrando a espada para a esquerda novamente. Não faria um golpe exagerado, para decapitá-lo, pois isso poderia ser mais arriscado. Apenas cortaria o pescoço o suficiente para que ele se afogasse em sangue e morresse rapidamente.

Caso ele conseguisse evitar o golpe ou me atacar de alguma forma, tentaria me esquivar ou defender com o escudo, se possível, e então voltaria com velocidade para tentar executar o golpe derradeiro.

#26

O pecado do gigante - Leonardo - Página 3 Empty Re: O pecado do gigante - Leonardo

por Hera 22/01/20, 08:35 am

Hera

Hera
Deusa Olimpiana
Deusa Olimpiana

Leonardo guardou sua lança e desembainhou sua espada. O aço estava gelado, e na neve ele pôde sentir o metal da lâmina lisa embaçando pelo frio. Aproximou-se de seu inimigo e não precisou de muito esforço para desferir um ataque em seu pescoço. Não conseguiria o decapitar mesmo se tentasse, era uma carne dura e grossa, mas o filho de Atena conseguiu realizar um corte tão profundo, que a garganta daquele viking mais parecia um tronco recém atingido por um machado.


Aquele corpo gigante caiu para o lado, mas não pense que sua morte foi simples, ele levou a grande mão ao pescoço e sua língua e garganta começaram a soltar sons semelhantes aos que os mortais fazem ao tomar grandes goladas de água, daquelas que chegam a machucar, a diferença era somente que este se afogava no desespero e no sangue.


Seu corpo se debatia por sobrevivente, muito sangue saía daquele homem, isso porque era grande e resistente. Devido ao frio, vapor começou a sair de suas mãos ensanguentadas que tentavam desesperadamente cobrir o ferimento, e o líquido vermelho se espalhava ao seu redor como uma poça. Ele não conseguia sequer amaldiçoar o filho de Atena.


Depois de alguns segundos, não houve força para resistir, e o braço que cobria seu ferimento caiu para o lado. O corpo ainda deu um ou dois espasmos involuntários antes de finalmente ficar imóvel, não era uma cena com a qual o semideus estivesse acostumado, este inimigo não se dissolveu em poeira dourada, e poderia se perguntar se alguém esperava por este homem em seu lar. Silencio pairou pela arena, como o veneno de uma serpente peçonhenta sendo inoculado no ar.


Ali estava uma cena incomum para os bárbaros, e até o Jarl se endireito em seu banco. Viram um Æsir caído no chão, e um vanir portando uma armadura branca e fosca, toda suja de sangue que expelia calor. Deram-se conta, e tornaram a urrar em comemoração. Havia sido uma grande batalha, e alguns até se ergueram em suas arquibancadas para comemorar a vitória do grego. Leonardo havia percebido isso anteriormente, mas o barulho que aquela arena fazia agora era muito mais fraco do que o que havia feito no momento em que as batalhas começaram, isso porque mais da metade dos competidores já havia morrido.


Dois homens, fortes como touros, ergueram o corpo desfalecido do descendente dos Jotun, que já começava a perder sua temperatura e ficar azulado por culpa do frio. Ao erguê-lo, sua cabeça pendeu como uma bola presa por cordas na direção em que seu pescoço havia sido cortado. O filho de Atena pôde enfim se sentar, não havia sido uma batalha grande e muito menos difícil.


Não havia como negar, agora todos o percebiam e respeitavam, afinal de contas acreditavam que ele era um Vanir e estes não demonstravam ter grandes poderes de batalha, apesar de existirem um ou outro com coragem para tal. Sendo assim, vê-lo vencer era como ver uma caça rara, um animal violento e colorido, e agora os olhares se dirigiam ao grego constantemente.


O palco das batalhas agora já era dominado por um tapete de neve avermelhada, e o cheiro de ferro e morte era razoavelmente desagradável. Não se demoraram, mais nórdicos se jogaram naquele lugar se desafiando. A cada instante, as batalhas pareciam mais sérias, mais duras, e as mortes tinham custos maiores. Cabeças eram decepadas, braços e pernas perdidos, e os urros diminuíam, assim como os urradores.


Se no início do dia existiam por volta de 200 homens naquele lugar, ao entardecer não haviam mais do que 50. E as batalhas continuavam, mas só quando o sol decidiu que estava cansado e que já era hora de se retirar para ir dormir, pintando o céu de um alaranjado tamanho que fazia os mais poetas acreditarem que o sangue estava começando até mesmo a pintar as nuvens geladas do norte, que Leonardo novamente foi desafiado.


Desceu das arquibancadas um homem grande e gordo. Não tinha o braço direito, era menor e mais novo que os demais. Sua barba não passava do pescoço e o cabelo era raspado. A pele havia escurecido, como se constantemente trabalhasse sob o sol e carregava no braço esquerdo e até então ele não tinha desafiado pessoa alguma. Vestia uma roupa marrom de inverno e suas costas eram cobertas com a pele de um Urso, não portava armadura alguma e trazia na mão esquerda um machado de batalha ainda menor do que o adversário anterior. Em sua cintura tinha ainda uma espada curta e uma adaga.


IMAGEM DO ADVERSÁRIO:


O filho de Atena era dotado de grande conhecimento, então não pôde deixar de comparar aquela figura ao Deus nórdico Æsir Tyr, que também não tinha um braço, mas era um oponente formidável. Se aquele homem era seu filho, porém, ele não saberia dizer.


Ao descer das arquibancadas por ser desafiado, o grego sentiu seus instintos gritando. Aquele homem tinha um porte físico relativamente inferior ao dos seus conterrâneos, e era facilmente subestimável, mas talvez pela forma como ficava de pé, ou pelo seu olhar tão esmagador quanto um trem carregado de aço, o filho de Atena sentiu algo que há muito tempo não lembrava como era. Um sentimento tão frio e áspero, que o fez hesitar um passo ou dois antes de se preparar para batalha.


Medo.

#27

O pecado do gigante - Leonardo - Página 3 Empty Re: O pecado do gigante - Leonardo

por Leonardo 22/01/20, 10:08 pm

Leonardo

Leonardo
Filho(a) de Atena
Filho(a) de Atena
Matar aquele homem foi uma experiência com a qual eu precisava me acostumar. Não que eu não houvesse matado outros seres não-monstros antes, mas a morte daquele guerreiro fora chocante. Meu ódio pelos Aesires parecia ter sido aplacado pelo acontecimento, mas foi só os meus olhos cruzarem com os do Jarl para minha raiva voltar ao que era. Meu orgulho estava ferido e muitos outros teriam que morrer antes de eu recuperar o item roubado de minha mãe. Só aí minha raiva seria abrandada.

Assisto aos outros combates, ainda com a mesma atenção de antes, pois conhecimento nunca era demais e nunca se esgotava. Não ligava para os olhares dos presentes na arena. Não me sentia mais forte do que era e nem mais especial. Tinha plena consciência que as batalhas ficariam mais difíceis e eu voltaria a lutar, afinal, somente um seria o vencedor. Eu precisava estar totalmente centrado no próximo combate até encarar o último oponente.

Quando sou escolhido novamente, não me espanto com a estatura do adversário. Afinal, se ele me escolheu, é porque achava que podia me vencer, e agora minhas habilidades não eram mais surpresa para ninguém. Outra coisa que não me deixava aliviado, embora à princípio devesse, era o fato de ele não ter um dos braços. As pessoas costumam lutar do lado mais fraco do oponente, onde não há uma mão, um olho, um braço, porém se esquecem que quanto mais alguém tem uma fraqueza, mais luta para superá-la, o que acaba levando a uma pessoa ser mais forte justamente naquilo que ela parecia mais frágil. Dito isso, obviamente ficaria sempre do lado do braço, pois ele dificilmente estava acostumado a lutar com inimigos daquele lado. Por fim, eu sabia que aquele inimigo não podia ser enganado ou irritado com minha provocações. Naquela luta eu precisava de silêncio e concentração. Ele não executaria movimentos precipitados e nem perderia a cabeça diante de uma situação. Teria que tratá-lo como um combatente sério e habilidoso e só me vangloriar se conseguisse matá-lo.

Dessa vez usaria o escudo e a espada. O peso daquela arma, carregada por mim há 10 anos, era tão familiar que ela fazia parte do meu braço, e naquele momento eu precisava do máximo de familiaridade com os meus recursos. Bato a espada no meu escudo, chamando a atenção do oponente ao mesmo tempo que faço barulho para animar a platéia. Talvez os gritos deles incomodassem mais ao vinking do que a mim. Manteria a postura de combate que eu tanto estava acostumado: joelhos flexionados, escudo em frente ao tronco, espada em riste à frente, olhos fixos no inimigo e cuidado onde piso. Me manteria em movimento para a lateral equivalente ao lado do seu braço, para evitar que ele corra até mim em linha reta e espero.

#28

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por Hera 23/01/20, 12:44 pm

Hera

Hera
Deusa Olimpiana
Deusa Olimpiana
"
Os nórdicos pareciam olhar para aquele Æsir da mesma forma que olhavam para ele antes de derrotar o descendente dos Jotun, como um perdedor. Não era algo estranho, afinal ele não tinha um braço e parecia ser realmente mais fraco que os outros. Mas não havia desrespeito em seus olhos, ele não parecia ter escolhido Leonardo por achar que o filho de Atena era fraco. Havia algo naquele homem, algo bárbaro.


O semideus não o subestimou, na verdade, tentou ler seus movimentos tendo ciência de que este oponente poderia lhe surpreender, e era uma decisão que só um filho da sabedoria teria tomado. Bateu a espada em seu escudo na tentativa de animar o público ou provocar o adversário, não funcionou. O que os empolgava eram socos, cortes e sangue.


Por um momento, tudo que era ouvido na Arena era o forte som do vento indicando que uma nevasca estava por vir. Nem os tambores eram tocados, antes de darem o primeiro passo e nenhum deles deu. Tanto o grego esperava que seu adversário avançava, quanto o mesmo não dava nem um passo e mantinha-se em uma posição relativamente aberta aos ataques do filho de Atena.


Algumas vaias foram ouvidas. E o bárbaro começou a caminhar na sua direção, de um jeito relativamente desajeitado, não parecia tão familiarizado com a neve e nem tão empolgado com a luta. O campista se posicionava na direção do braço de seu adversário, esperando que este soubesse como lidar com os seus problemas físicos.


Mas quando o nórdico se aproximou, desferiu um golpe tão preguiçoso com aquele machado, que Leonardo poderia jurar que estava sendo desrespeitado. Parecia que ele estava tentando lidar com um inimigo imóvel e morto, e não com o ex-conselheiro do Chalé dos Filhos de Atena, que desviou sem esforço algum.

#29

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por Leonardo 23/01/20, 05:45 pm

Leonardo

Leonardo
Filho(a) de Atena
Filho(a) de Atena
Eu não conseguia entender o que estava acontecendo, e isso era algo, visto que eu entendia de muitas coisas. As atitudes do meu adversário não faziam o menor sentido para mim. O fato de ele não parecer estar interessado em lutar não me trazia nenhum raciocínio lógico. Era óbvio que ele não entrara na arena para se matar, portanto, aquilo não era o máximo que ele podia fazer. Mas por estava fingindo "corpo mole"? Mesmo que ele fosse o mestre do contra ataque, não faria sentido somente me esperar atacar.

Resolvo que não iria entrar no seu jogo. Me esquivo de seus golpes preguiçosos e falo baixo para que só ele escute:

- Qual é o seu problema?

Não lhe atacaria. Apenas me dedicaria à minha defesa total, esperando que ele executasse algum movimento digno de contra ataque, ou ao mesmo até que eu entendesse o que o motivava a tomar aquelas atitudes.

Sempre que for possível, ou seja, que ele não esteja perto o suficiente e eu não estivesse de costas para o ponto específico da arquibancada, olho de esguelha para o Jarl para analisar se havia algum traço nele que me indicasse o que poderia estar acontecendo. Alguém devia saber quem era aquele homem, nem que fosse o próprio rei daquela terra, e eu não duvidava que ele tinha um dedo nessa estranha situação.

#30

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