Lhokita não demora muito para avistar o casal seguindo na mesma direção que diversos aracnídeos. Ela desce e se junta a eles para obter mais informações. Os três agora seguem em direção e a quantidade de aranhas começa aumentar exponencialmente, eles começam a ver diversas formações de teias nas árvores, mas até o momento nenhuma delas é um problema.

O agora trio de repente sentem uma energia divina emanando fortemente cerca de 1 quilômetro mais a frente, no mesmo instante as aranhas do local começam a ficar extremamente inquietas seguindo em grande velocidade em direção àquela energia. Os três sabem que Aracne estava prestes a reviver visto tamanha pressão que pairava os semideuses.

Depois de encontrar meu irmão e minha... cunhada? deixo Kahllie descansando na mochila em forma de gato e sigo a pé com eles.

-- Vcs montaram um plano?

Os semideuses apertam o passo desviando e destruindo diversas teias ao longo do caminho e logo se deparam com a entrada da caverna. Completamente tomada por espessos e resistentes fios de teia que davam ao lugar um quê de horror arrepiante.

Spoiler:

Aquela visão desperta uma inquietação nos três ao ver incontáveis aracnídeos adentrando a caverna que, pela distância do epicentro da energia, parecia bem profunda. Além disso, apesar da visão aguçada de Lhokita e mesmo sendo capaz de enxergar no escuro, sua visão não vai muito além da entrada por ela percebe que o caminho que se estendia a frente estava coberto de padrões desconexos de teias de aranha, como meias cortinas ou tiras grossas que se assemelhavam a pilares nos mais diversos ângulos.

Apesar de toda comoção, o local estava estranhamente quieto para além do barulho de milhares de aracnídeos correndo para a caverna.

A sensação de perigo iminente, a presença ensurdecedora de uma entidade com poder esmagador a frente. Sim, parecia mais uma caçada que condizia com as que eu estava habituada a fazer. Percebo que Kahllie acorda e fica de prontidão com a cabeça fora da mochila. Sabia que ela estava pronta e atenta aos arredores, mas perderia tempo com meras aranhas.
Escuto Enzo pedir para avisar caso eu precisasse fazer algo que atravesse a parede acento com a cabeça, no mesmo momento vejo a salamandra de Dite ir na frente queimando as teias, o que ia liberando a visão à frente. Não seria o suficiente para ver tudo que eu gostaria, mas já ajudaria muito.
Aproveito aquele momento raro que era ter aliados que conseguiam lidar com as necessidades ao redor e apenas sigo andando com os sentidos e audição em alerta caso eu precise atirar em alguma coisa que viesse na nossa direção, afinal imagino que em termos de sentir perigo se aproximar eu era a mais qualificada para detectar e reagir a tempo.

O trio segue os caminhos que a salamandra de Dite que ia queimando as teias dispostas no local. O grupo avançava num ritmo bom, mas percebem que o ritmo está desacelerando a medida que a aura intensa aumentava. Eles percebem que aquele ritual estava absorvendo a energia de tudo ao seu redor para si. As chamas da salamandra começam a ter dificuldades em queimar o emaranhado de teias que agora parece estar cada mais mais resistente.

A cúpula de luz de Enzo parece começar a falhar e os três percebem algumas aranhas gigantes se esgueirando pelas paredes da caverna, que agora se ampliou consideravelmente, e os três conseguem ver o símbolo de uma viúva negra capturando uma coruja estampado nos corpos peludos das enormes aranhas.

-Parece que vocês são um empecilho maior do que eu havia previsto, mas tudo bem, a energia de vocês servirá para o renascimento de minha mãe. - uma voz feminina que Dite e Enzo reconhecem ser da criatura presente no leilão.

Doze aranhas gigantes cercam os campistas disparando um emaranhado de teias prateadas contra eles. Os três sem nenhuma dificuldade percebem uma sutil energia divina vindo daquelas aranhas e de seus fios.