Dentro da loja, pego um machado que caiba na mão esquerda, de bronze comum e uma espada de ferro, na mão direita. Pensei em pegar algumas machadinhas enferrujadas para ver se causava algum dano ou o faria contrair tétano. Mas vi que era besteira, ali havia um monstro mítico, nada serviria uma arma ''podre''.
Saindo da lojinha com uma espada de ferro na mão direita e na outra, um machadinho de bronze.
- Ei, pequenino! - gritei ao minotauro, começando a correr em sua direção, esperando que ele faça o mesmo com relação a mim, já que é irracional não seria muito difícil.
Ao distar dois metros do minotauro, distância suficiente para ele me desferir um golpe, esquivo para a diagonal do nosso plano, ficando em paralelo à trajetória dele. Pulo e finco a machadinha em seu ombro com força de modo que me faça pegar impulso e subir em suas costas, caso consiga, a agarro, aproveitando que seus musculos o dificultaria fazer algo comigo em suas costas.

O que havia pensado não dera certo. Mas que droga!
Enquanto pensava o minotauro vinha contra mim à toda, ao mesmo tempo ouvia vozes atrás.
Na dúvida de que os policiais que vinham pudiam ter interpretado àquela mensagem de vídeo de outra forma já que estava um pouco próximo dos policiais que acabaram morrendo, será que eu ficaria ali e pediria ajuda a eles novamente, com o risco de fazê-los morrer, ou sairia do aeroporto?
Achei a segunda opção mais sensata enquanto pegava impulso e corria na direção da saída do aeroporto com o pensamento cético de que aquilo não deveria estar acontecendo e muito provavelmente eu acabara me tornando um assassino de policiais esquizofrênico. Nunca alguém acreditaria na minha estória... principalmente meus companheiros de cela.
Correndo o máximo que posso para fora do aeroporto, tendo a esperança de poder lutar sem intromissões dos mortais por um tempo.
Caso houvesse mais de uma saída - o que é óbvio em um aeroporto - eu optaria para a que eu precise passar pelo minotauro para sair, faço o mesmo esquema que fizera anteriormente, me jogo para a diagonal do plano, desta vez empunhando o cabo da espada de maneira firme de modo que ela pendesse na horizontal com a perna saudável do monstro.
Logo continuaria correndo em direção da saída, imaginando que ganharia um pouco de tempo dos policiais que vinham por trás.

Dou um suspiro - mental, é claro. Não queria afundar meu belo pescoço na ponta da espada. Então respondo-a no tom mais neutro que conseguir, tentando não ofender a Srta. Viúva Negra. Decidi chamá-la assim, parece apropriado.
-- Venho do Acampamento Meio-Sangue... Nasci em Michigan. Vou para Florença. Resgatar um semideus.

Observo os olhos dela, tentando descobrir - só por curiozidade - de que cor eram. Como - e se - brilhavam. Os olhos de uma pessoa podem dizer muito sobre ela.

E o prêmio de troll do ano vai para... Sr. D

-- Ah! É... eu deveria estar ;á, mas... Como não tinha nenhum dinheiro, vendi minha passagem de Classe A, e comprei uma de classe C... Assim eu teria como me manter em Florença.

Coço a cabeça.

Minha estratégia de ferir a outra perna do minotauro havia falhado. Percebo que cinco policiais tentavam deter o monstro com seus taisers que faziam pouco efeito danoso em um humano, quem dirá num monstro mítico.
Estava sentindo uma dor um pouco não suportável, mas por conta do sangue quente não estava conseguindo sentir a real dor da fratura e conseguia ainda pensar no monstro em minha frente e de costas para mim.
Não sentia um pingo de medo, o que era um tanto incomum numa situação daquelas, mas isso era cousa a se pensar depois. Agora, tinha de evitar mais cinco mortes em meu saldo de culpas.
- Se quiserem detê-lo de fato, atirem com armas de verdade!! Este asiático é um assassino perigoso!!! - gritei aos policiais, com a esperança de que me ouvissem para assim eu me livrar daquele monstro já que o ferimento que fiz foi feito por um metal, o projétil das pistolas surtiriam efeito igual. Outra coisa que os italianos repudiam tanto quanto africanos são asiáticos, ao menos minha família me passara sempre essa impressão e quanto  aos dois, não tenho nada contra africanos.
Em meio ao pensamento familiar, puxo a machadinha que pegara na loja por ser das duas armas, a mais leve e mais fácil de manejar. Sentia uma fúria crescer em mim enquanto impulsionava o objeto para trás, o jogando com dificuldade e foco acima da cintura do minotauro, não sabia se conseguiria levantar depois de tanto esforço!

Olho pra ela meio incrédula.
-- E-eu aceito! Claro! Obrigada... Vou voltar a tempo.

Recolho minhas coisas com as Empousa e sigo-as pra o meu quarto.