Os telquines são trucidados por três semideuses sedentos por sangue.

Logo tudo o que sobra no chão é o pó da rabiola dos monstros decompostos e raízes formando um muro, que agora mais parecia um túmulo.

Os garotos se entreolham, vitoriosos. Nyash com dor, Hiyori arfando de exaustão mágica, mas todos bem. Eles olham ao redor e notam que depois das pilhas de pó de mosntro serem levadas pelo vento, sobrou em cada uma um estranho tecido dobrado. quando pegaram, perceberam ser um couro escuro e resistente, igual à pele dos telquines (nojento? sim. efetivo? certamente).

+ Couro de Telquine {2m} para cada

Akali escreveu:" Vamos dar uma olhada na caverna para ver se encontramos alguma coisa útil por lá. Depois disso se quiserem voltar para o acampamento, sintam-se livre. Eu vou procurar o ninho de órfãos antes de voltar. Se eles não tiverem mãe vão estar fadados à morte, e isso é culpa nossa."

Penso por um momento se de fato poderíamos voltar, afinal de contas não tínhamos como saber se não havia mais inimigos. Nesse mesmo pensamento penso que é melhor vasculharmos a caverna só por segurança.

-De fato devemos ter certeza se não há mais nenhum inimigo dentro da caverna, e quem sabe oque mais poderíamos achar lá dentro... - MIM DE LOOT, TENHO POBRE vejo Akali guardando o couro e faço o mesmo - Quantos aos filhotes, se é que eles de fato existem, eu ajudo a procurá-los, afinal, por mais que tenha sido um acidente, eu que matei a mãe deles. - digo um pouco de pesar na voz, apesar de não saber o que fazer caso eles de fato estivessem vivos em algum lugar ali.

Faço uma breve pausa para checar meus arredores e vejo Hiyori arfando por algum motivo, e eu ainda estava com dor de ter sido jogado contra o chão.

- Acho melhor fazermos um breve descanso, ela não parece estar muito bem. - digo apontando para Hiyori, viro para ela e digo - Está tudo bem?

- Está tudo bem? - Ouço a voz de Nyash um pouco longe, embora ele estivesse bem perto de mim.
- Eu estou bem... talvez eu consiga evitar um desmaio. - Pego o couro e guardo na mochila para não esquecer. - Podem ir na frente, preciso sentar um pouco. - Digo ao mesmo tempo que desabo no chão e olho para o céu.

Enquanto descanso, repasso em minha mente os acontecimentos das últimas 24 horas. O que diabos estou fazendo da minha vida? Semana passada eu estava tranquila aprendendo sobre os animais e hoje eu estou lutando com criaturas inimagináveis e usando magia?!

Hiyori tira um minuto para recuperar o fôlego, absorta em suas reflexões. As guinadas na vida de um semideus são um ritual comum para todos, e com a garota não seria diferente.

Depois de um breve momento eles terminam de descer a colina e rumam para o interior da caverna. Lá eles encontram utenssílios de mineração e alguns minerios já colhidos em caixas. Mesas, um pouco de comida e ossos de animais também enfeitam o lugar a o fundo eles encontram uma figura acorrentada; uma rata, igual ao que eles haviam matado, com dois ratinhos encolhidos com ela.

- S-semideuses?? - Ela pergunta. Estava visivelmente fraca e magra, assim como seus filhos.

Olho ao redor, o lugar era exatamente o que parecia ser. Alguns adornos aqui e ali, picaretas, minérios já extraídos em caixas. Aproveito para tentar pegar um pouco desses minérios.

Chegamos a um lugar com uma rata acorrentada com outros dois filhotes... e a culpa acaba tomando o melhor de mim, o rato estava falando a verdade naquela hora. Procuro naquele local se haveriam chaves para libertar as criaturas, se não, destruiria as correntes na força bruta mesmo.

- Vocês estão bem? - culpa estampada na minha voz, mas ainda sim com traços de desconfiança.

Ao adentrar a caverna permaneço em estado de alerta para ter certeza que não há nenhuma armadilha ou até mesmo outro inimigo escondido. Observo os minérios recém minerados e decido guardar um pouco na minha mochila, vai que futuramente isso seja útil até mesmo para aprimorar alguma arma. Em seguida dou de cara com uma rata acorrentada e seus dois filhotes por perto... Algo esquisito apertou meu coração. Seria isso o que chamam de "compaixão"? O que diabos eu estou me tornando? Desde quando eu me importo com esse tipo de coisa?

Observo a culpa estampada na cara de Nyash enquanto ele procura as chaves. Me vi caminhando até a família de roedores sem perceber e uso o restinho de força que me sobra para quebrar as correntes com minha Telecinese. Depois olho para os filhotes e penso no sacrifício que aquele rato fez pela sua família... Isso que significa ser uma família?

- Há quanto tempo vocês estão presos aqui? - Pergunto para a mãe dos ratinhos.

Ativa:

Nyash e Hiyori se distraem catando minérios, mas Akali segue reto em frente. Os outros dois a notam parada e se aproximam mais.

Nyash não consegue encontrar nenhuma chave. Talvez estivesse perdida ou nunca tivesse existido. Hiyori, apesar de em conflito consigo mesma, se aproxima dos bixinhos com as mãos erguidas e a ratona abraça os filhotes, escondendo-os. Mas ergue os olhos confusa e assustada quando os semideuses falam com ela.

Akali passa por eles e consegue soltar as correntes sem problemas. A ratinha encolhe as pernas, aliviada do peso de suas amarras.

- Eles nos prenderam há uma semana... Obrigaram meu marido a vigiar por eles. eles eram tantos, não tinhamos como fugir.

Os ratinhos observam sem entender nada, apertados entre os trapos da mãe. Ela olha para baixo, triste.

- Ele está morto, não está?

Sua vozinha agura de roedor falha. Ela abraça os filhotes ainda mais forte e eles dão uns guinchinhos incomodados sem entender o que se passava. Ela enxugaas lágrimas nas cabeças dos filhos e olha para eles.

- Vocês vão nos deixar ir? Não causaremos problemas. Só... Vamos esperar que ele volte. Nós não temos mais onde ir.

Nyash e Hiyori não entendem bem, mas Akali percebe que nem tudo estava condenado. A dor da ratinha era visível, mas seu marido ainda era um mosntro e, como tal, deveria retornar do tártaro em algum momento... Embora houvesse um preço, e caro, a ser pago.

Akali coloca diante deles algumas comidinhas tiradas da mochila. A ratinha olha pra ela surpresa, e os ratinhos imediatamente começam a balançar os braços animadamente na direção do bolinho. A ratinha hesita, mas cede e os deixa atacar a comida. Ela olha para akali com claro agradecimento enquanto esfrega os pelos dos filhos, sem parar para comer ela mesma.

Nyash: + Minério de Bronze {5kg}*
Hiyori: + Minério de Bronze {5Kg}*

* Pode ser refinado em metade do volume em Bronze. Requer Perícia em Forjas [Inicial]

Rata escreveu:-"Vocês vão nos deixar ir? Não causaremos problemas. Só... Vamos esperar que ele volte. Nós não temos mais onde ir."

- Vamos... - digo com pesar na voz enquanto faço crescer um cacho de banana em minhas mãos - levem isto, não é o suficiente... mas espero que ajude. - não tenho coragem de dizer que fui eu quem matou o rato, mas ao menos poderia ajudar um pouco a aliviar aquela situação

Talvez não houvesse muito que poderíamos fazer na situação, eram monstros no fim das contas. Penso na possibilidade de levá-los ao acampamento, mas isso não parece uma boa ideia.

- Há algo que poderíamos fazer para ajudar?

Ativa: