O acampamento estava estranhamente movimentado para uma tarde de inverno, possivelmente pelo fato de que haveria uma caça à bandeira em 3 dias. Era a primeira vez que Adam e Argus iriam participar, e, apesar de não se conhecerem, seus caminhos estavam destinados a se cruzar.

Adam estava estudando estratégias recluso em seus livros, era estrategista nato assim como seus irmãos. Estudava as nuances que poderiam se desenrolar ao decorrer do evento, quem participaria e como contornar algumas situações problemáticas. A cada nova informação outros 3 planos já estavam se desenrolando em sua cabeça. Tão concentrado em seus estudos não havia percebido o sátiro que o chamava pronto para desistir da tarefa. Contudo Adam parece voltar a cena que se encontrava fisicamente e recebeu um bilhete o convocando a casa grande ainda naquela tarde.

Argus era uma exceção no acampamento, fazia tempo que os 3 grandes não reclamavam suas proles. No entanto o recém chegado já estava começando a se habituar as novas rotinas, se sobressaindo visivelmente de alguns de seus veteranos. O que lhe concedera muita confiança para o evento em que participaria em alguns dias... ou ao menos era o que ele esperava. Um sátiro chamou sua atenção enquanto completava sua rotina de treino vespertino:

-Bom dia, Quíron deseja falar com você em seus escritórios. - disse o garoto sem enrolação.

Os garotos chegam quase ao mesmo tempo no local:

-Ai estão... Boa tarde campistas, temo que minhas próximas palavras talvez não os agradem muito. Não participarão da caça à bandeira... não se demorarem muito em sua missão. Recebi um comunicado do acampamento Júpiter relatando a atividade dos telquines nas minas do monte Santa Helena. Gostaria que investigassem isso mais a fundo. Aqui estão $100 caso precisem. Desejo-lhes boa sorte. - diz o centauro entregando a Adam um envelope com o dinheiro mortal.

Os garotos se entreolham sem saber ao certo como se sentir sobre a situação, se demorassem muito perderiam o evento, mas se fossem descuidados poderiam se ferir gravemente... ou pior.

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Os garotos atravessam o portal que conectava os dois acampamentos. Argus se encontra com seu irmão para uma breve conversa e acaba recebendo um belo presente. Adam observa tudo curiosamente mas decide não comentar nada. Prontos para dar continuidade a sua missão a dupla seguiu para os enormes portões do acampamento Júpiter. A construção imponente se abriu ao comando de um dos guardas, que receber a permissão do Pretor para o fazer devido a missão em voga. O contraste de civilizações é atordoante para não dizer pior. Da serenidade e ordem que reinava na cidade romana para o caos generalizado das ruas de Washington. Gritos e buzinas, vendedores ambulantes, o transito infernal... a poluição sonora era visivelmente desconfortável.

Entretanto a missão continuou sem maiores problemas, seguiram rapidamente para a rodoviária. Na recepção do local, a dupla descobre que cada passagem custaria $30 numa viagem apenas de ida, o ônibus tinha o horário de saída dali 30 minutos. Enquanto Argus reunia informações com a atendente, Adam se fazia vigilante, observando seus arredores. Buscava figuras suspeitas, rotas de fuga planejava movimentos no caso de um ataque surpresa e afins. Sua cautela se paga muito bem pois ele avista do outro lado do pátio (cerca de 100 metros) uma espécie de vulto sentado nos ombros de um homem, como um encosto. Não tinha certeza do que seria aquilo, mas era algo sinistro e não parecia ter percebido a presença dos semideuses.