Argus escreveu:
Vamos sair. O mais depressa possível. Inventa uma desculpa qualquer e engana os donos da pousada se for preciso... Enquanto você faz isso eu quero revistar o quarto como você fez ontem, e nos encontramos lá fora daqui a 10 minutos no máximo. Comemos enquanto subimos o monte.

Quando ele fala em revistar o quarto novamente e sair rápido, fico ainda mais receoso e congelo por um momento. Será que aconteceu alguma coisa enquanto eu dormia? Ou pior, será que eu fiz alguma coisa errada quando inspecionei o cômodo, ou esqueci algum detalhe que ele percebeu e agora vai ser jogado na minha cara? O bom humor que tive quando acordei se torna tensão e não consigo pensar em nada no momento além de fazer o que me foi instruído.

- S-Sim Argus. Vou fazer o que você me pediu, por favor me desculpe se eu fiz algo errado. - Digo em voz baixa e olhando para o chão e para os lados, ainda desnorteado.

Saio do quarto para falar com a Sra. Trudes transtornado, mas sigo as instruções, que pelo menos ainda estavam no meu plano inicial. Vou para o lado de fora da pensão e aguardo pelo filho de Zeus, enquanto reviso todas as minhas ações do dia anterior em busca de alguma coisa em que eu tenha deixado a desejar além de ter desmaiado de sono.

Faço uma cara de

- Você me fez surtar porque não queria compartilhar informações? Se tivesse me falado que era um sonho, eu poderia ter te explicado como isso é valioso... - Respiro fundo e mentalmente praguejo (ou agradeço) por não ser agraciado com uma força descomunal como a dos filhos de Ares ou do próprio Zeus, porque minha vontade era esganar Argus quando ele abre a boca. Em seguida fico com vontade de me esganar por não ter previsto algo tão simples.

Bem que dizem que em momentos de raiva as palavras saem. Eu, que estava receoso de conversar, pareço colocar tudo pra fora de uma vez, mesmo que de forma passivo-agressiva.

- Pra isso funcionar, nós temos que nos comunicar. Preciso te lembrar que quem viu o parasita primeiro na rodoviária fui eu, e eu te contei sobre a existência dele? E outra, não é porque estamos em uma missão pra abater telquines que os outros monstros vão nos deixar em paz. Não sei se você é inocente ou... burro deixa pra lá... Só coloca uma coisa na cabeça: Nessa missão, não existem seus problemas ou meus problemas. Existem NOSSOS problemas, e o parasita é só um deles.

Eu estava visivelmente irritado. Se eu soubesse com antecedência que o parasita ia aparecer, jamais iria andar tão próximo de Argus e ficaria no modo camaleão logo de cara, mas agora, precisava pensar no que fazer sem estar mentalmente preparado. Respiro fundo afastando os maus pensamentos e tudo o que estava me incomodando. Era necessário focar e pensar em algum plano.

- A primeira coisa é confirmar se aquele rapaz está infectado ou não. Na outra vez, na rodoviária, deu pra ver claramente a sombra do bicho sobre o homem, mas não notei nada de estranho naquele ali. De qualquer forma, é bom que você esteja preparado e atento pra ser atacado, seja por ele ou por telquines, porque já estamos no quartel general deles, mesmo que ainda não tenham aparecido.

Observo novamente o mortal em busca de algum detalhe que possa ter deixado passar, já que não foquei nele de primeira, pra saber se o parasita está ali. Além disso, passo mais um conceito básico para Argus que talvez ele não saiba ou ainda não tenha aprendido, uma vez que não sabia sobre o quão reveladores podem ser os sonhos:

- Outra coisa que talvez você não saiba. As nossas armas de bronze celestial não ferem humanos, apenas monstros. Então não precisa hesitar em atacar com sua lança se aquele cara vier pra cima de você. Se ele for um monstro, vai ser atingido, se for só um cara normal, não vai. E aí você pode derrubar ele no soco (?). Eu vou me afastar por enquanto pra observar, mas não se preocupe, apesar de você não merecer, vou te dar cobertura dessa vez.

Entro em modo [Camaleão] e puxo minha zarabatana, repetindo a estratégia da rodoviária, de atirar no mortal um dardo venenoso de uma direção e rapidamente me esconder para não ser notado.

Nível 1 - Sabedoria: Por ser filho de Atena, você é o mais sábio entre os campistas, e saberá usar sua inteligência em batalha. Também pode ler muito rapidamente, e em qualquer língua ou dialeto. (+5 INT)

Nível 2 - Gênio: Sendo filho da deusa da sabedoria, você é bem mais capacitado mentalmente do que os demais semideuses. Consegue assimilar as coisas e raciocinar com mais agilidade que todos os outros, o que pode lhe permitir melhor desempenho nas batalhas. (+5 INT)

Nível 4 - Flexibilidade com Armadura: O filho de Atena, poderá se locomover bem em batalhas, de forma que a armadura não lhe causa algum problema, desconforto ou atrapalhe. (+4 FOR)

Nível 5 - Regeneração de Batalha I: Os heróis regeneram 5 pontos de vida e 5 pontos de energia por rodada, quando estão em batalha.

Nível 5 - Habilidade com as mãos: Atena também é deusa dos artesãos, por isso seus filhos terão maior facilidade em lidar com desafios manuais.

Nível 2 - Camaleão: O filho de Atena sabe como procurar um esconderijo. Normalmente se camufla muito bem, conseguindo encontrar um lugar pra fugir do perigo. O uso da habilidade requer 20 pontos de energia.

Elmo do estrategista. - O Elmo auxilia na interpretação de até 3 movimentos do adversário, sendo gasto 5 de energia para cada um deles.