Ambos se encontram sem entender muito oque havia acontecido, mas correram para o terminal que constava nas passagens. Por sorte, esse terminal ficava bem longe de onde havia ocorrido a comoção, então os garotos conseguem subir no ônibus e seguir viagem sem muita intercorrência, ou assim eles esperavam.

A longa viagem de ônibus era deveras tediosa, mas mais do que isso estressantes. Ambos sabiam que poderia ser atacados por qualquer coisa a qualquer momento. Mas ao contrário das expectativas, positivas ou negativas, a dupla se via aos pés do Monte St. Helena. Em algum lugar estariam telquines causando uma comoção. Não sabiam no entanto qual era o número de inimigos, nem o que eles estavam fazendo.

A princípio o local parecia deserto, coberto de neve com ventos bem gelados que faziam os campistas questionarem se não deveriam ter trazidos casacos de inverno para essa missão.

Os garotos tremiam-se de frio enquanto desbravavam as redondezas a procura de abrigo, e quem sabe um local que vendesse agasalhos. Eles jogam conversa fora para tentar se distraírem e ao mesmo tempo sanar algumas dúvidas. Não demoram muito a notar algumas construções a beira da estrada, se aproximando mais eles veem uma pousada, um restaurante e um posto de gasolina. Era nada mais que um posto avançado de estradas, nada muito surpreendente porém era exatamente o que procuravam.

Sem pensar duas vezes os garotos arrastam seus corpos pesados de frio, os ventos gélidos traziam consigo pontadas de dor a cada inspirada por oxigênio. Clima frio e seco, uma péssima combinação. Não demoram muito até que eles se estatelassem num tapete em frente a uma lareira acessa dentro da pousada. Uma senhora arregala os olhos ao observar os dois garotos completamente despreparados para um frio daqueles, e agradece por terem chego lá antes que o presságio da nevasca se tornasse realidade.

-Ai meu deus garotos, vocês estão bem? O que fazem aqui sem agasalhos? ... - a senhora corre para acolher os rapazes - GEORGE!!!!! TRAGA RÁPIDO DUAS CHÍCARAS DE CHÁ QUENTE E ALGUNS COBERTORES! - a mulher berra a ordem com austeridade para seja lá quem fosse esse tal de George - Desculpe por isso rapazes. Me chamo Gertrudes, mas podem me chamar de Trudy, George é meu marido e ele já está a caminho com algo que pode ajudar vocês a se aquecerem um pouco.

Apesar da situação caótica, o alívio de estar frente ao fogo era assegurador, poderiam se abrigar do frio. O local não era exuberante e aquele lobby era singelo, um cômodo não muito espaçoso, uma lareira, dois corredores laterais com a recepção entre eles. Duas escadas laterais que levavam ao segundo andar da pousada e alguns sofás e poltronas estão espalhados pelo local para acomodar os clientes. Um lugar simples e humilde, mas ao mesmo tempo bem aconchegante. Antes que pudesse pensar em muita coisa Adam, ouve de fundo a televisão que transmitia o jornal local:

-... há previsões para uma nevasca nos próximos dois dias, sugerimos que busquem os mantimentos necessários pois essa será uma das grandes, podendo durar até 5 dias. Agora segu- - sua atenção é voltada para um senhor que ele assumiu ser George

-Aqui está querida, duas xícaras de chá quente e os cobertores. - diz o homem

-Aqui está, bebam e se enrolem nisso, não quero dois garotos doentes na minha pousada. - disse Trudy, essa última parte num tom severo de reprovação.